Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Repasses federais a ONGs são discutidos em estudo

Repasses federais a ONGs são discutidos em estudo

Comunicado do Ipea nº 123 foi apresentado nesta quarta-feira, 7, na sede do Instituto em Brasília

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira, 7, o Comunicado nº 123 – Transferências federais a entidades privadas sem fins lucrativos (1999-2010). O estudo foi apresentado pelo técnico de Planejamento de Pesquisa e chefe de Gabinete da Presidência do Ipea, Fabio de Sá e Silva, pelo diretor-adjunto de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), Antônio Lassance, e pela asseor técnico da Presidência do Instituto, André Calixtre, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bl. J, Ed. BNDES/Ipea, auditório do subsolo).

O estudo pretende contribuir com a recente discussão acerca do marco legal que regulamenta a parceria entre o Estado e organizações da sociedade civil para a execução de políticas públicas federais. Para este debate, o Comunicado utiliza como base de dados as transferências federais feitas para entidades privadas sem fins lucrativos de 1999 a 2010.

Acesse a íntegra do Comunicado nº 123 - Transferências federais a entidades privadas sem fins lucrativos (1999-2010)

Assista ao vídeo da coletiva - Transferências federais a entidades privadas sem fins lucrativos (1999-2010)

 

Ipea lançou, na COP 17, livro sobre mudança climática

Ipea lançou, na COP 17, livro sobre mudança climática

 

Climate Change in Brazil foi apresentado na sexta, 2, por técnicos do Instituto durante o evento na África do Sul

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou na sexta-feira, dia 2, durante a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Durban (África do Sul), o livro Climate change in Brazil: economic, social and regulatory aspects. Os editores são os técnicos de planejamento e pesquisa Ronaldo Seroa da Motta, Jorge Hargrave, Gustavo Luedemann e Maria Bernadete Sarmiento Gutierrez.

O principal objetivo do livro é proporcionar um panorama de políticas brasileiras no combate às mudanças climáticas. Ele oferece uma visão ampla das discussões sobre esse tema no Brasil, com textos analíticos escritos por 38 especialistas brasileiros, representando 18 instituições nacionais, muitas das quais participaram das negociações da COP e são membros do IPCC.

Em 19 capítulos, são discutidos aspectos regulatórios nacionais e internacionais por meio de perspectivas econômicas, institucionais, setoriais e sociais. A Parte I do livro, Climate change in Brazil, aborda esses tópicos relacionando-os com o contexto brasileiro em nível de políticas nacionais e subnacionais, como os perfis das emissões de gases causadores do efeito estufa e impactos da mudança climática na economia brasileira e sociedade, incluindo aspectos de eficiência, equidade, comércio, distribuição de renda e justiça climática.

Na Parte II, Brazil and the international climate change regime, é discutido como atores brasileiros percebem e participam da Convenção, com foco nas últimas conquistas e nos principais tópicos discutidos na COP 15 e COP 16, como o segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto, REDD, financiamento e transferência de tecnologia.

“O lançamento do livro na COP apresenta para a comunidade científica e de tomadores de decisão mundiais como a questão da mudança do clima tem sido estudada e combatida pelo governo e pela sociedade brasileira”, afirmou Jorge Hargrave, um dos editores. “O livro é, com certeza, a publicação mais completa em língua inglesa sobre a mudança do clima no Brasil. Ele organiza o debate sobre o que se pesquisa e se faz no Brasil em relação ao tema, trazendo subsídios e abrindo caminhos para o aperfeiçoamento das políticas em curso.”

O livro foi apresentado durante a mesa Business iniciatives for carbon management in Brazil. As versões da obra em português e inglês estão disponíveis no Portal Ipea (www.ipea.gov.br, seção Publicações/Livros).

Instituto analisou gastos federais nos últimos 10 anos

Instituto analisou gastos federais nos últimos 10 anos
Comunicado 122 realizou macrodiagnóstico das despesas da União. O estudo foi divulgado nesta quinta, 1º

O Comunicado nº 122 Governo gastador ou transferidor? – um macrodiagnóstico das despesas federais (2001 - 2011) foi apresentado na tarde desta quinta-feira, 1º, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, pelo técnico de Planejamento e Pesquisa Rodrigo Orais e pelo assessor técnico da Presidência do Instituto André Calixtre.

Segundo Orais, no senso comum, a análise vigente dá conta de que o governo federal vem aumentando os gastos públicos sem melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população. “Diferentemente do que se afirma, cresceram os investimentos públicos, e a redução do consumo intermediário abriu espaço para a expansão desses investimentos”, disse.

“Outra parte do aumento não vem por gasto direto, e sim por transferências intergovernamentais, às instituições privadas, mas principalmente às famílias”, esclareceu. As transferências intergovernamentais ligadas a programas de saúde e educação cresceram, de acordo com ele, de 5,1% para 5,8% do PIB.

As transferências às famílias englobam, principalmente, benefícios previdenciários e de garantia de renda, seguro desemprego e programas de redistribuição de renda. “Esse grupo corresponde a mais de 70% do avanço total dos gastos, o que corresponde a 2% do PIB”, pontuou o técnico.

Ele afirmou ainda que a política de valorização do salário mínimo não causou distorções no mercado de trabalho, ao contrário, permitiu redistribuir melhor a renda e proporcionou maior dinamismo econômico.

Calixtre ressaltou que o estudo do Ipea contribui para o debate a respeito dos gastos ao interpretar dados disponíveis à população. “Dados os pressupostos, o perfil do gasto federal tem se transformado cada vez mais de um perfil gastador para um perfil transferidor”, alegou.

Leia a íntegra do Comunicado 122 Governo gastador ou transferidor? – um macrodiagnóstico das despesas federais (2001 - 2011).

 

IpeaGEO é vencedor do Prêmio TI & Governo 2011

IpeaGEO é vencedor do Prêmio TI & Governo 2011

 

 

Software de análises estatísticas e espaciais desenvolvido pela Dirur/Ipea é contemplado na edição de 2011

Desenvolvido pela Assessoria de Métodos Quantitativos da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanos e Ambientais (Dirur) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o software IpeaGEO foi contemplado este ano com o Prêmio TI & Governo. O projeto será publicado no Anuário TI & Governo 2011, a ser lançado pela Plano Editorial, responsável também pela publicação.

O IpeaGEO funciona como uma ferramenta gratuita de análises estatísticas, voltada especialmente a análises espaciais. A inclusão de técnicas espaciais consolidadas e foco no território nacional são alguns dos diferenciais do programa.

A comissão julgadora que avaliou os projetos foi integrada pelo secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Delfino Natal de Souza Neto, pelo membro do Departamento de Antropologia Política e Filosofia da UNESP José Luis Bizelli, por Juarez Quadros do Nascimento, da Orion Consultores Associados, Vanda Scartezini, da Pólo Consultores Associados, Armando Dal Colletto, diretor da Business School São Paulo (BSP), e o jornalista Paulo Brito, da Plano Editorial.

Os projetos foram classificados em três categorias: e-Administração Pública, e-Serviços Públicos e e-Democracia. Na avaliação, foram considerados critérios como caráter inovador, relevância social e envolvimento de recursos humanos.

Comunicado analisa as despesas federais de 2001 a 2011

 Comunicado analisa as despesas federais de 2001 a 2011

Estudo realizado pelo Ipea foi apresentado nesta quinta-feira, dia 1º, em Brasília

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira, 1º, às 14h30, o Comunicado nº 122Governo gastador ou transferidor? Um macrodiagnóstico das despesas federais (2001 - 2011). O estudo foi apresentado pelos técnicos de Planejamento e Pesquisa do Ipea Rodrigo Orair e André Calixtre, na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bl. J, Ed. BNDES/Ipea, auditório do subsolo).

O Comunicado procura realizar uma análise das despesas públicas federais entre os anos de 2001 a 2011, referentes a custeio, investimentos e transferências a famílias, estados e empresas.

Leia a íntegra do Comunicado do Ipea n° 122 - Governo gastador ou transferidor? - um macrodiagnóstico das despesas federais (2001-2011)

Ipea participa de debate sobre ocupação no setor público

Ipea participa de debate sobre ocupação no setor público

Evento será na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), em Brasília, nesta quinta-feira, dia 1º

O auditório da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) recebe nesta quinta-feira, 1º, mais uma edição da série de eventos Café com Debate. Desta vez, o tema será Ocupação no setor público brasileiro: tendências recentes e desafios. José Celso Cardoso Júnior, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, será um dos debatedores, ao lado de Ana Lúcia Amorim de Brito, secretária de Gestão do Ministério do Planejamento.

José Celso é organizador do estudo Burocracia e ocupação no setor público brasileiro. O debate na ENAP terá a moderação do presidente da ENAP, Paulo Carvalho. O Café com Debate enfoca questões candentes e polêmicas da administração pública, fortalecendo a capacidade de servidores públicos federais, estaduais e municipais no Brasil.

Esta edição abordará a evolução do número de servidores públicos ativos e inativos; o tamanho do gasto com o funcionalismo; a distribuição desses contingentes entre os diferentes níveis de governo e nas diferentes frentes de atuação do Estado e dos governos; as formas de recrutamento e seleção; e os tipos de vínculos empregatícios.

As vagas são limitadas. Inscreva-se pelo Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O auditório fica no SAIS, Área 2-A. O telefone para mais informações é (61) 2020-3438.

2ª Code promoveu o debate nacional em Brasília

2ª Code promoveu o debate nacional em Brasília

 

O evento, promovido pelo Ipea, reuniu um público que discutiu temas ligados aos eixos do desenvolvimento

Durante três dias (23, 24 e 25 de novembro), a Conferência do Desenvolvimento, organizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), reuniu mais de mil palestrantes em cerca de 100 mesas de debates no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. Autoridades, especialistas, pesquisadores, gestores públicos e legisladores de todo país estiveram presentes no evento, além de estudantes que vieram das cinco regiões brasileiras. Foram realizados 70 lançamentos de livros, nove painéis, 109 mesas, 12 oficinas e mais de 60 estandes de entidades de todo o Brasil (ministérios, governos estaduais e municipais e representantes da sociedade). Ao final dos três dias da Conferência, participaram 14,6 mil pessoas.

Grandes nomes participaram dos painéis e mesas da Conferência, como o Conselheiro do Ipea Luis Carlos Bresser Pereira, os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, e Wellington Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Alto Representante-Geral do Mercosul, o Secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, o pesquisador doutor José Marques de Melo, presidente da Socicom, o músico Chico César, secretário de Cultura da Paraíba, entre outros.

Nesta edição, as novidades da Conferência foram o espaço digital Arena Code (um local de 1.000m2 de debate sobre as economias criativas e conteúdos digitais) e a apresentação de 260 trabalhos inéditos sobre desenvolvimento, produzidos por especialistas de todo o país por meio de chamada pública. A programação cultural contou também com inovações com a 1° Série de Mostras de Cinema da Code e a Mostra Fotográfica.

Diversos aspectos do desenvolvimento foram abordados, seguindo os eixos temáticos, que norteiam o trabalho do Instituto (inserção internacional soberana; macroeconomia para o desenvolvimento; fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; estrutura tecnoprodutiva integrada e regionalmente articulada; infraestrutura econômica, social e urbana; proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental).

Para mais informações sobre a 2ª Code, acompanhe o blog da conferência

Ipea lançou o Comunicado n° 100 sobre os desafios do país

Ipea lançou o Comunicado n° 100 sobre os desafios do país

 

O estudo foi divulgado na abertura da 2° Conferência do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto em Brasília

Durante a abertura da segunda edição da Conferência do Desenvolvimento, no dia 23 de novembro, o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, divulgou o Comunicado do Ipea n° 100 - Mudanças na ordem global:desafios para o desenvolvimento brasileiro. O estudo apresenta e analisa os grandes desafios colocados para o Brasil frente às mudanças na economia mundial e às transformações socioeconômicas vividas pelo país nos últimos dez anos, dentro de um projeto de desenvolvimento de longo prazo.

Entre as questões analisadas estão o papel do Brasil nos BRICS, inserção no padrão de competição monopolizado e a revolução tecnológica global, desenvolvimento com a sustentabilidade ambiental e maior participação na governança global.

Também estavam presentes na mesa de abertura da Code Wellington Moreira Franco, Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, José Narciso Sobrinho, superintendente do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), Luis Otávio Neves, Secretário de Turismo do DF, o senador federal Eduardo Suplicy, o deputado federal Paulo Rubem Santiago, Paul Singer, secretário Nacional de Economia Solidária, e Celso Lisboa, presidente do INCRA, representando o MDS.

Confira a íntegra do Comunicado do Ipea n° 100 – Mudanças na ordem global: desafios para o desenvolvimento brasileiro

Ipea e Incra firmam acordo durante a 2ª Code

Ipea e Incra firmam acordo durante a 2ª Code

A parceria, assinada em 23 de novembro, na capital federal, objetiva desenvolver o meio agrário

Foto: João Viana

Público na cerimônia de abertura da 2° Code, quando o acordo entre Ipea e Incra foi assinado

Avaliar a qualidade dos serviços públicos como acesso a água, luz, educação e estradas disponibilizados em assentamentos; pesquisar mecanismos para aprimorar o crédito para beneficiários do programa de reforma agrária e estudar a legislação para acelerar o processo de instalação de áreas para realizar reforma agrária são alguns dos pontos que norteiam o acordo de cooperação técnica entre o Incra e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), firmado nesta quarta-feira (23), em Brasília.

O presidente do Incra, Celso Lacerda, e o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, firmaram a parceria durante a abertura da 2ª Conferência do Desenvolvimento (Code), realizada pelo Ipea no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. Na ocasião, Lacerda participou do Painel I - Erradicação da Pobreza Extrema com o senador Eduardo Suplicy (SP), o professor emérito da UnB Pedro Demo, e o Secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer.

Para Lacerda, o acordo representa uma parceria importante para aprofundar as análises levantadas na pesquisa de avaliação da qualidade dos assentamento da reforma agrária, iniciada em 2010. “Estou convencido da importância da reforma agrária como uma ação de médio e longo prazo para a inclusão produtiva e para o combate à miséria rural, com distribuição de terras, renda, serviços, conhecimento e oportunidade”, afirmou.

Para Marcio Pochmann, a parceria entre Incra e Ipea vai contribuir para reforçar a importância da reforma agrária como inclusão produtiva no meio rural brasileiro, combatendo a miséria extrema. “O meio rural brasileiro é, historicamente, um produtor de pobreza, o que tem uma relação muito intensa com a pobreza urbana e a migração do campo para a cidade. A reforma agrária de hoje pressupõe não apenas a distribuição de terra, mas uma série de medidas integradas para combater a origem da miséria no meio rural, como a estrutura fundiária”.

Inclusão produtiva
No painel Erradicação da Pobreza Extrema, o pesquisador Pedro Demo considerou a pobreza como uma característica estrutural do modelo capitalista. Já Paul Singer ressaltou a exclusão estrutural de comunidades tradicionais como índios, quilombolas, negros, ribeirinhos entre outras. Ele enfatizou a importância de considerar a inclusão produtiva, a elevação da renda e acesso a serviços como saúde e educação a fim de garantir a estabilização desta população e dar as condições necessárias de participação plena na sociedade.

Técnico do Ipea vence o Prêmio Haralambos Simeonidis

Técnico do Ipea vence o Prêmio Haralambos Simeonidis

 

Um dos mais importantes prêmios em economia foi concedido ao autor de trabalho que relaciona violência e PIB

A melhor tese de doutorado em economia no Brasil em 2011 pertence ao técnico de planejamento e pesquisa Daniel Cerqueira, do Ipea, vencedor do Prêmio Haralambos Simeonidis, concedido pela ANPEC. Fundada em 1973, a Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC) congrega as instituições brasileiras que desenvolvem atividades de pesquisa e formação em nível de pós-graduação na área de economia. A ANPEC reúne atualmente 21 centros de excelência acadêmica de diversos estados do Brasil.
 
“Aproveito para agradecer a colaboração de todos, seja com as boas sugestões nos seminários, seja nas conversas de corredor, ou nas palavras de incentivo e encorajamento. Com certeza, o trabalho desenvolvido em grande parte foi fruto do ambiente de pesquisa que temos aqui em nossa casa e que dão peso ao nome Ipea”, disse Daniel Cerqueira, ao receber a notícia da premiação. Ele chamou a atenção para o grande número de profissionais do Instituto que também já receberam o prêmio (leia a relação mais abaixo).
 
A tese do técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Causas e Consequências do Crime no Brasil, teve a orientação e co-orientação dos professores João Manoel Pinho de Mello e Rodrigo Reis Soares, do Programa de Pós-graduação em Economia do Departamento de Economia da PUC-Rio. O trabalho reúne informações sobre a violência no Brasil, onde ocorrem 47 mil homicídios a cada ano. “Um milhão de homicídios no Brasil. Esta é a triste marca a ser alcançada em 30 anos de informações disponíveis”, afirmou Daniel Cerqueira na primeira frase da tese, que destaca o custo econômico da violência, visto que nas localidades mais violentas o valor dos imóveis diminui e, eventualmente, os negócios e a produção são prejudicados.
 
O estudo discorre sobre a história dos homicídios no país, desde 1981, quando foram produzidos diversos indicadores básicos que não existiam no Brasil, como a prevalência de drogas ilícitas, de bebidas alcoólicas e de armas de fogo, entre outros.  Segundo o técnico de planejamento e pesquisa, o objetivo era elaborar políticas públicas efetivas e eficientes: “a intenção era saber se o conhecimento que dispomos na academia poderia ajudar concretamente no entendimento da questão, no sentido de documentar os determinantes mais importantes que alimentaram a dinâmica dos homicídios no Brasil e o seu grau de importância a cada década”, afirmou Cerqueira.

De acordo com o pesquisador, a arma de fogo aparecia sempre como um elemento central. Por isso, uma parte do estudo analisa com maior nível de detalhamento e rigor científico a relação causal entre armas e crimes violentos e contra o patrimônio. “Com base em um método de aferir a disposição marginal para evitar a violência letal, estimamos que, a cada ano, os custos das mortes violentas representam 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB)”, disse.

Sobre a premiação, o economista afirmou estar honrado pelo fato de o prêmio ser um dos mais importantes na área de economia no Brasil. “É também um reconhecimento aos nossos esforços, em certa medida pioneiros, de tentar analisar o problema sob uma perspectiva econômica, o que temos feito desde 1999”, informou.

Para Daniel Cerqueira, o Ipea é um dos mais importantes centros de formação de massa crítica e de produção de pesquisas de qualidade no país. Com seus 30 anos, o Prêmio Haralambos Simeonidis contemplou 11 técnicos da instituição. “Prêmios como esses são incentivos a nos mantermos fiéis à nossa história de produção de pesquisas acadêmicas de qualidade voltadas ao entendimento da realidade brasileira, para gerar diagnósticos, propor e avaliar as políticas públicas”, concluiu.

A cerimônia de premiação ocorrerá no 39º Congresso da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC), que será em Foz do Iguaçu, Paraná, de 6 a 9 de dezembro. O Prêmio Haralambos Simeonidis tem por objetivo estimular as atividades de reflexão e pesquisa em economia no Brasil. São premiados, anualmente, os melhores trabalhos nas categorias artigos, livros e teses de doutorado.


Trabalhos de pesquisadores do Ipea ganhadores do Prêmio Haralambos Simeonidis

Categoria Tese
2011 - Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, Causas e Consequências do Crime no Brasil.
2009 - Carlos Henrique Leite Corseuil, Labour market dynamics under imperfect information.
1995 - Thompson de Almeida Andrade, Distributional Aspects of Public Utility Pricing with Reference to Brazil.
1991 - Lauro Roberto Albercht Ramos, A Distribuição de Rendimentos no Brasil: 1976/8.
1984 - Wilson Suzigan, Investiment in the Manufacturing in Brazil (1869/1939).

Categoria Artigo
2008 - Cláudio Ferraz e Frederico Finan, “Exposing corrupt politicians: the effects of Brazil's publicly released audits on electoral outcomes”.
1995 – Rosane Silva Pinto Mendonça; Ricardo Paes de Barros, "The Evolution of Welfare, Poverty and Inequality in Brazil Over the Last Three Decades: 1960-1990".
1994 - Octavio Antonio Fontes Tourinho, The Demand for Money in High Inflation Processes.
1988 - Regis Bonelli; Eustáquio Reis; Sandra Rios, Dívidas e Déficits: Projeções para o Médio Prazo.
1984 - Cláudio Monteiro Considera, Comportamento Oligopolista e Controle de Preços Industriais: O Caso do Gênero Meterial de Transporte (1969/1982).
 
Menções Honrosas
1985 Gervásio Castro de Rezende, Interação entre Mercados de Trabalho e Razão entre Salários Rurais e Urbanos no Brasil.


Saiba mais sobre o prêmio Haralambos Simeonidis


Saiba mais sobre o vencedor do prêmio
Daniel Cerqueira é doutor em economia pela PUC-Rio, mestre em economia pela Escola de Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas e bacharel em economia pela Universidade Santa Úrsula. Foi analista do Banco Central do Brasil (1994 a 1996). Desde 1994 é professor visitante da FGV nos cursos de MBA, tendo ainda atuado como coordenador acadêmico do MBA de Economia e Finanças e do curso preparatório para a ANPEC. Trabalhou na Coordenadoria de Segurança Pública do RJ (1999 a 2000). Desde 1996 é pesquisador do Ipea, onde tem desenvolvido uma agenda de pesquisas em violência e criminalidade no Brasil, tendo inúmeros artigos e capítulos de livro publicados sobre o tema.

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