Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Ipea lança estudo sobre a dinâmica da inflação

Ipea lança estudo sobre a dinâmica da inflação


Comunicado mostra que alimentos, as bebidas e os serviços foram os vilões da inflação

 

Foto: João Viana
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Thiago Martinez, Vanessa Petrelli e Cláudio Hamilton durante apresentação do Comunicado n°101

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quinta-feira, dia 21, em Brasília, o Comunicado 101 – A dinâmica da inflação brasileira: considerações a partir da desagregação do IPCA. O estudo trata da trajetória inflacionária brasileira na última década, tendo como foco a decomposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com ênfase nos grupos de preços mais influentes e como estes podem se relacionar às mudanças recentes na trajetória de crescimento da economia brasileira.

A partir de um levantamento do período que vai de 2007 ao primeiro semestre de 2011, o estudo concluiu que os alimentos, as bebidas e os serviços foram os maiores responsáveis pelo aumento da inflação nos últimos quatro anos. Nos anos de 2007, 2008 e 2010, a variação dos alimentos e bebidas foi superior a 10% ao ano. Apenas em 2009 os preços de alimentos e bebidas cresceram em ritmo abaixo do centro da meta do IPCA, em virtude da queda dos preços de commodities com a crise internacional. Mas em 2010 tais preços já recuperaram o patamar anterior.

Com relação aos serviços, cujos preços são particularmente sensíveis ao salário mínimo e à redução do desemprego, as taxas foram superiores ao centro da meta de inflação em todos os anos. A análise demonstrou que a pressão inflacionária neste campo se tornou mais intensa desde 2008, com IPMI de ao menos 0,40 pontos percentuais. As taxas se mantiveram acima da meta mesmo em 2009, ano de recessão, e em 2010 com indícios mais claros de pressões inflacionárias no setor de serviços resultantes do aquecimento excessivo da economia, com IPMI superior a 0,70 pontos percentuais.

Por sua vez, as taxas dos monitorados e produtos industrializados mantiveram-se em um patamar inferior às metas para o IPCA. Seus preços foram contidos pela apreciação do câmbio, mas também por ganhos de produtividade na indústria de bens de consumo duráveis, especialmente na automobilística.

Participaram da apresentação do estudo os coordenadores de Regimes Monetários e Cambial, Thiago Sevilhano Matinez,  e de Finaças, Cláudio Hamilton Matos dos Santos, e Vanessa Petrelli de Correa, diretora  de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, e Luciana Acioly, chefe da Assessoria Técnica da Presidência do Ipea.

Confira a íntegra do Comunicado do Ipea n° 101 - A Dinâmica da inflação brasileira: Considerações a partir da desagregação do IPCA

Ipea lançou em São Paulo 7º boletim internacional

Ipea lançou em São Paulo 7º boletim internacional


Lançamento ocorreu durante encontro da Associação Brasileira de Relações Internacionais

A sétima edição do Boletim de Economia e Política Internacional do Ipea (Bepi) foi lançada nesta sexta-feira, 22, em São Paulo, durante o encontro da Associação Brasileira de Relações Internacionais (Abri). O boletim é uma publicação periódica por meio da qual a Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte) apresenta a um público mais amplo os temas da conjuntura global que estão em sua agenda de pesquisas e debates.

Nessa nova edição, o Bepi traz sete artigos, quatro deles escritos por pesquisadores do Ipea e o restante por professores e pesquisadores convidados. Entre os temas abordados estão o comércio internacional de armas, os impasses vividos pela OMC com o insucesso da Rodada de Doha, a estratégia de desenvolvimento econômico da Rússia e a integração Brasil-Venezuela.

Quatro trabalhos foram apresentados e debatidos por seus autores no lançamento em São Paulo. Rodrigo Fracalossi de Moraes, técnico do Ipea, abordou o paradoxo de uma governança global que busca estabelecer a paz, por meio da atuação das forças de intervenção da ONU, ao mesmo tempo em que ignora a necessidade de controle sobre o comércio mundial de armas convencionais (que não são de destruição em massa). 

“O comércio de armas convencionais demonstrou ser um obstáculo às missões de paz. A grande questão é que os Estados não querem ceder espaço de sua autonomia de venda de armas no mercado internacional, por esse meio eles atingem objetivos políticos e econômicos os mais variados possíveis”, afirmou.   

Os dilemas da OMC e do comércio multilateral foi o tema discutido por Ivan Tiago Machado de Oliveira, pesquisador do Ipea e editor do Bepi. Para Oliveira, a possibilidade concreta do fracasso da Rodada de Doha traz perspectivas pessimistas para o multilateralismo nos próximos anos.

“Temos que ser pessimistas se pensarmos que mesmo a busca por uma agenda mínima na OMC, para fechar a rodada e não deixá-la morrer, não tem dado resultado. Essa estratégia minimalista não tem evoluído muito”, argumentou.

Raphael Padula, professor da UFRJ, falou sobre a integração Brasil-Venezuela e o Eixo Orinoco-Amazônia. De acordo com ele, as cadeias produtivas e as relações econômicas entre o norte do Brasil e o país vizinho são mínimas e deveria haver um esforço de construção de uma infraestrutura de produção comum às duas nações. “A integração de infraestrtura também tem um aspecto geopolítico, para gerar uma coesão político-social que permita a manutenção do controle territorial”, enfatizou.

O lançamento do Bepi foi encerrado com a participação da professora da USP Lenina Pomeranz. Ela traçou um retrospecto das políticas de desenvolvimento econômico adotadas pela Rússia e analisou como as mudanças políticas e a crise econômica mundial direcionaram os esforços do governo do país. “A crise afetou brutalmente a economia russa. 2% do PIB foram usados para o salvamento da economia. O governo busca a construção de uma moderna sociedade pós-industrial, com a modernização dos setores tradicionais e a transformação da inovação no principal fator de crescimento”, explicou.

Confira a 7° edição do Boletim de Economia e Política Internacional do Ipea 

2ª Code: último dia para envio de trabalhos

2ª Code: último dia para envio de trabalhos

Propostas devem ter relação com uma das 11 áreas temáticas definidas pelo Ipea. Acesse o hotsite e saiba mais

Professores, pesquisadores e estudantes têm até esta sexta-feira, 30, para enviar propostas de trabalhos para o evento que será realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), entre os dias 23 e 25 de novembro. Os trabalhos devem ter relação com uma das 11 áreas temáticas, definidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com as associações brasileiras de pós-graduação da área de humanidades (ABA, ABEPSS, ANPEC, ANPED, ANPOCS, ANPUH, Anpur, Compedi, Intercom, SBS e ABPC).  

A Code reúne os mais diversos setores da sociedade, autoridades públicas e especialistas para debater temas ligados ao desenvolvimento brasileiro. “O Ipea quer fomentar um debate sobre o desenvolvimento com caráter multidisciplinar, produzindo estudos variados podemos melhor assessorar o Estado em suas políticas públicas”, afirmou Aristides Monteiro, assessor-chefe de Planejamento do Ipea, durante a solenidade de lançamento da chamada de trabalhos.

Serão escolhidos de 200 a 300 artigos para a Conferência. As comissões avaliadoras em cada área temática são compostas por membros das respectivas associações de pós-graduação e técnicos do Ipea. Cada autor poderá enviar apenas um trabalho e a seleção será feita pelo sistema blind review, preservando-se o anonimato da proposta. Detalhes sobre o formato de envio dos trabalhos e informações sobre as áreas temáticas podem ser consultados no hotsite da chamada de trabalhos (www.ipea.gov.br/code/chamada2011).

Acesse o hotsite da Chamada de Trabalhos para a II Conferência do Desenvolvimento

Nível de atividade e inflação desaceleram, segundo Ipea

Nível de atividade e inflação desaceleram, segundo Ipea


Divulgada no Rio de Janeiro, a Carta de Conjuntura analisa a trajetória inflacionária e o mercado de trabalho

O Ipea divulgou nesta quarta-feira, 20, no Rio de Janeiro, sua análise do cenário macroeconômico na Carta de Conjuntura do mês de julho, contendo dados divulgados até o dia 19 do mês. A apresentação do documento ficou por conta do coordenador do Grupo de Análise e Previsões (GAP), Roberto Messenberg, que apontou uma desaceleração no nível de atividade, conforme o esperado diante das políticas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central. “Essa estratégia envolve a adoção de um espectro mais amplo de instrumentos que visam atuar sobre setores específicos, por meio de diferentes mecanismos de transmissão da política monetária, em contraste com a estratégia de política monetária que privilegia um único instrumento, a taxa de juros.”

O PIB expandiu-se em 6,2% no primeiro trimestre de 2011, abaixo do que ocorreu no mesmo período do ano passado, que teve a média acumulada no ano todo de 7,5%. Esse é um dos reflexos dessa política, revelou o pesquisador do Ipea. Os dados do primeiro semestre do ano mostram um comportamento otimista do mercado de trabalho, mesmo considerando-se a desaceleração da atividade econômica do país. O nível do desemprego, de acordo com pesquisa revelada nesta semana pelo IBGE, está em queda, mas mostra acomodação na margem, segundo a série com ajuste sazonal. Para o restante do ano, a perspectiva é de continuidade da acomodação no mercado de trabalho.

Messenberg compara o erro analítico usual do estabelecimento de um padrão de relacionamento estável entre taxa de juros e inflação na economia, à busca do principal personagem do filme Pi (1998), do diretor Darren Aronofsky, pela identificação de padrões numéricos em todos os eventos naturais e sociais que o cercam. “As pessoas tendem a buscar uma regularidade estável entre o aumento da taxa de juros e a contenção da inflação, o que pode ser um engano.” A inflação em 12 meses está em trajetória ascendente, porém apresenta queda na variação mensal desde abril, o que pode ser explicado pela queda das cotações de commodities nos mercados internacionais ocorrida nesse período.

Os preços de alimentos, que impactaram fortemente o IPCA na segunda metade de 2010, e os preços dos combustíveis, que puxaram os preços no início de 2011, já demonstram diluição na trajetória de crescimento das variações mensais. Outra fonte inflacionária no comportamento recente dos preços domésticos advém do setor de serviços e resulta da política de recuperação dos salários mínimos, conforme mostra o documento.

Leia a íntegra da Carta de Conjuntura de julho de 2011

 

Seminário aborda a rede urbana no Nordeste

Seminário aborda a rede urbana no Nordeste


Evento em parceria com a SEI, em Salvador, terá lançamento de livro sobre a dinâmica urbano-regional

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) realizam em Salvador, na quinta-feira, dia 28, o seminário de lançamento do livro Dinâmica urbano-regional: rede urbana e suas interfaces. O evento ocorrerá das 13h30 às 18h, no auditório da Embasa (Av. Juraci Magalhães Júnior, 832 – Rio Vermelho).

A obra, organizada pelos técnicos do Ipea Rafael Henrique Moraes Pereira e Bernardo Alves Furtado, faz uma análise da dinâmica urbano-regional de nove estados brasileiros. A publicação é resultado de uma pesquisa desenvolvida, em rede, por um grupo formado pelo Ipea e outras instituições estaduais de pesquisa, integrantes da Associação Nacional das Instituições de Planejamento, Pesquisa e Estatística (Anipes).

Durante o lançamento, a mesa redonda Rede urbana de cidades do Nordeste: questões históricas e processos recentes terá a participação de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal de Alagoas, SEI, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.

Participarão da abertura do seminário os secretários do governo baiano, Zezéu Ribeiro (Planejamento) e Cícero de Carvalho Monteiro (Desenvolvimento Urbano e Regional), o diretor-geral da Sei, Geraldo Reis, e o assessor da presidência do Ipea Marco Aurélio Costa. 

Na ocasião, o Ipea fará ainda o lançamento do novo ciclo de projetos da Rede Ipea-Anipes. Amparada pelo Programa de Apoio a Redes de Pesquisa (Proredes), a iniciativa tem como objetivo fortalecer as instituições estaduais de pesquisa e integrar pesquisadores para estudar áreas temáticas definidas pelo plano estratégico do Ipea.  

Mais informações pelos telefones (61) 3315-5108 (Ipea) ou (71) 3116-1780 (SEI).

Instituto lançará chamada pública para a 2ª Code

Instituto lançará chamada pública para a 2ª Code


Ipea vai selecionar os melhores trabalhos em parceria com 11 associações nacionais de pós-graduação

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulga nesta quinta-feira, 21 de julho, às 10h, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo), a Chamada de Trabalhos Científicos para a 2ª Conferência do Desenvolvimento (Code), uma realização do Ipea em parceria com 11 associações nacionais de pós-graduação (ABA, ABEPSS, ANPEC, ANPED, ANPOCS, ANPUH, Anpur, Compedi, Intercom, SBS e ABPC).

A Code é uma conferência que reúne os mais diversos setores da sociedade, autoridades públicas e grandes especialistas em temas ligados ao desenvolvimento brasileiro para um amplo debate, em Brasília. A coletiva pública desta quinta-feira será transmitida ao vivo pelo Portal Ipea, e os interessados previamente cadastrados pelo endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. poderão enviar perguntas para este mesmo e-mail.

Sua participação, mais que proporcionar ao Ipea uma ocasião de prestar contas sobre o trabalho desenvolvido recentemente, será um exemplo de cidadania e dedicação ao debate de temas caros ao futuro do País.

Acesse o hotsite da Chamada de Trabalhos para a 2ª Code

Ipea avalia inflação do Brasil na última década

Ipea avalia inflação do Brasil na última década


Estudo analisa relação entre os grupos de preços que compõem o IPCA e o crescimento econômico dos últimos anos

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada divulga nesta quinta-feira, 21, o Comunicado do Ipea nº 101 - A dinâmica da inflação brasileira: considerações a partir da desagregação do IPCA. O estudo será apresentado pelo técnico Thiago Sevilhano Martinez e pela diretora de Estudos e Políticas Macroeconômicas, Vanessa Petrelli de Correa, às 14h30, na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Qd. 1, Bl. J, Edifício Bndes/Ipea, auditório do subsolo).

O comunicado aborda o comportamento da inflação brasileira na última década, com maior destaque para o período após 2007. Os pesquisadores do Ipea fizeram a decomposição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, para analisar quais são os grupos que mais influenciaram a inflação e como eles estão relacionados à trajetória recente de crescimento da economia brasileira. 

Desde 2004, o país vive uma fase de crescimento mais acelerado. No período, houve aumento nos preços das commodities e melhorias no mercado de trabalho e na distribuição de renda. O estudo avalia o impacto dessas mudanças nos preços dos grupos alimentos, bebidas, serviços, monitorados e industrializados, que formam o IPCA.

Confira a íntegra do Comunicado do Ipea n° 101 - A Dinâmica da inflação brasileira: Considerações a partir da desagregação do IPCA

Ipea lança 7ª edição de boletim internacional

Ipea lança 7ª edição de boletim internacional


Publicação será apresentada em São Paulo, no  encontro da  Associação Brasileira de Relações Internacionais

Durante o 3° Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), será lançada a sétima edição do Boletim de Economia e Política Internacional (BEPI). A publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) traz sete artigos sobre as relações internacionais e a inserção externa do Brasil. O evento ocorrerá nesta sexta-feira, 22 de julho, às 9h, na Escola Politécnica da USP (Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa 3 nº 380, sala C1-3), em São Paulo.

Participarão do lançamento os técnicos de Planejamento e Pesquisa do Instituto Ivan Tiago Machado Oliveira, editor do BEPI, e Rodrigo Fracalossi de Moraes. Oliveira apresentará o artigo Multilateralismo comercial em xeque: que regulação do comércio internacional no século XXI?, escrito em parceria com a professora Vera Thostensen. O trabalho analisa os desafios ao regime multilateral de comércio à luz do impasse em Doha, identificando como o multilateralismo comercial está sendo colocado em xeque e apresentando cenários possíveis para a regulação do comércio internacional no século XXI.

Já Moraes, autor do artigo Missões de paz e comércio de armas: governança e “desgovernança” internacional na gestão de conflitos, explicará como a falta de governança sobre o comércio internacional de armas convencionais e armas leves e de pequeno porte tem sido um empecilho aos objetivos de missões de paz. Os professores convidados Lenina Pomeranz, da USP,  e Raphael Padula, da UFRJ, apresentarão os artigos Os condicionantes políticos de uma nova estratégia de desenvolvimento econômico da Rússia e A integração Brasil – Venezuela e o eixo Amazônia – Orinoco, respectivamente.

Esta edição do boletim traz ainda o retrato do comportamento do saldo em transações correntes da China a fim de apresentar os fatores que embasaram a evolução de seu superávit entre 2002 e 2008, por André Pineli, e uma avaliação da nova lei de segurança de alimentos dos Estados Unidos e suas possíveis externalidades para o comércio internacional, por Thiago Lima. O artigo final, assinado por Stephany Griffith-Jones e Kevin P. Gallagher, avalia os mecanismos de restrição aos fluxos de capitais especulativos que deveriam ser utilizados pelas nações industrializadas, com a permissão para que nações em desenvolvimento possam desenvolver regulamentação prudencial a fim de proteger a economia real.

 

Ipea divulga a segunda Carta de Conjuntura de 2011

Ipea divulga a segunda Carta de Conjuntura de 2011


Dados e análises abordam temas como PIB, emprego inflação, exportações, importações, juros e finanças públicas

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentará suas análises para o cenário econômico brasileiro no lançamento da Carta de Conjuntura, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 20 de julho, às 11h, na Avenida Presidente Antonio Carlos, 51, auditório do 10º andar, no Rio de Janeiro.

A Carta de Conjuntura é uma publicação de responsabilidade do Grupo de Análises e Previsões (GAP) do Ipea e que a sociedade sempre aguarda como referência para suas análises do futuro econômico brasileiro.

Publicação trimestral, a Carta de Conjuntura tem como objetivo acompanhar a conjuntura econômica brasileira por meio de seus principais indicadores. O boletim traz dados e estimativas sobre nível de atividade (demanda, oferta, produção industrial e comércio), emprego, inflação, setor externo (balança comercial, balanço de pagamentos), crédito e mercado financeiro (política monetária e taxas de juros, mercados de capitais e de crédito) e finanças públicas.

Leia a Carta de Conjuntura na íntegra

 

Rússia foi destaque em IDE durante a crise

Rússia foi destaque em IDE durante a crise


Comunicado do Ipea avaliou a internacionalização das empresas transnacionais russas

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quinta-feira (14) o Comunicado do Ipea n° 99 – Ameaça ou oportunidade? Desdobramentos da crise financeira global para as empresas transnacionais russas. Apresentado em Brasília pelo técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto André Pineli, o estudo mostra que a Rússia, na primeira década deste século, foi o país emergente que mais se destacou no que diz respeito ao investimento direto estrangeiro. “Entre todos os países considerados emergentes, a Rússia ficou atrás somente de Hong Kong. Mas este é um caso a ser visto com cautela, porque boa parte dos seus investimentos é feito na China Continental e, se o considerarmos como a própria China, talvez esse investimento não devesse ser considerado como direto”, explicou o pesquisador.

Pineli fez uma análise da situação enfrentada por várias das principais empresas transnacionais (ETN) russas, a partir da eclosão da crise financeira global no segundo semestre de 2008. Segundo ele, o fluxo da saída de investimento estrangeiro naquele país entre 1999 e 2002 foi relativamente baixo, com uma tímida acelerada em 2003. A partir de 2006, esses investimentos começaram a se destacar, chegando ao seu ápice em 2008, ao atingir US$ 56.091 bilhões, com uma leve queda em 2009 e retomando o crescimento em 2010.

Fazendo um comparativo com os demais países que então compunham a sigla Building Better Global Economic (BRIC) - Brasil, Índia e China, Pinelli destacou que ao se analisar os fluxos acumulados de saída de investimento entre 2000 e 2009, a Rússia fica com a primeira colocação, alcançando US$ 170,7 bi. A China registrou US$ 126, 7 bi, o Brasil US$ 70,8 bi e a Índia US$ 60,6 Bi.

Ameaça ou oportunidade?

O estudo deixa claro que após anos de políticas agressivas de expansão internacional impulsionadas pela elevação dos preços internacionais das commodities, na eclosão da crise global de 2008, algumas das maiores ETN russas estavam bastante endividadas. Muitas empresas concederam parte de seus ativos mais valiosos e, em alguns casos, até mesmo suas próprias ações como garantias em empréstimos contratados no exterior, muitos deles com vencimento em curto prazo. E grau de vulnerabilidade dessas aos efeitos da crise dependeu fundamentalmente de três grupos de fatores, relacionados aos respectivos países de origem e de atuação, ao setor e/ou próprio empreendimento. As empresas menos alavancadas ou com maior grau de liquidez, por exemplo, tiveram nesse período mais oportunidades de expansão.

No que diz respeito a intervenção do Estado, a pesquisa mostra que, ao contrário do esperado por muitos, que viam na crise uma oportunidade de estatização de ativos privatizados a preços ínfimos nos anos de 1990, não ocorreram grandes nacionalizações de empresas privadas. Entre os motivos que teriam feito o Kremlin descartar o caminho da reestatização estão “a pouca disposição dos policy makers em assumir as dívidas das firmas problemáticas e a preocupação com possíveis convulsões sociais decorrentes do fechamento de fábricas nas monocidades”.

Confira a íntegra do Comunicado do Ipea n° 99 - Ameaça ou oportunidade? Desdobramentos da crise financeira global para as empresas transnacionais russas

Assista ao lançamento do Comunicado

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