Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Estudo analisa financiamento da educação pública

Estudo analisa financiamento da educação pública

Divulgação será durante seminário que discute o Plano Nacional de Educação.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai divulgar nesta quarta-feira, 14, o Comunicado nº 124 – Financiamento da educação: necessidades e possibilidades. O estudo será apresentado, às 9h, pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann, durante a abertura do seminário Financiamento da educação pública no Plano Nacional de Educação (2011-2020), que ocorre em Brasília (SBS, QD. 1, Bl. J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo).

O Comunicado relaciona os dados sobre o desempenho da educação brasileira para montar um diagnóstico sobre as necessidades da área, além de trazer algumas simulações que apontam possíveis fontes de financiamento para as metas propostas pelo Plano Nacional de Educação 2011-2020 (PNE).

Seminário
Em parceria com a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), o Ipea organizará, no dia 14, o seminário Financiamento da educação pública no Plano Nacional de Educação (2011-2020). O evento tem como objetivo reunir representantes do governo e entidades do setor para discutir as propostas apresentadas no Plano Nacional de Educação (PNE), com destaque para os mecanismos de financiamento da expansão da educação pública no Brasil.

Acesse a íntegra do Comunicado nº 124 - Financiamento da educação: necessidades e possibilidades

Veja mais informações sobre o seminário Financiamento da educação pública no Plano Nacional de Educação (2011-2020)

 

Ipea lança quatro livros sobre Comunicação

Ipea lança quatro livros sobre Comunicação
Intelectuais reuniram-se na representação do Instituto no Rio de Janeiro para autografar as obras

O auditório da representação do Ipea no Rio de Janeiro ficou cheio para o lançamento de quatro obras paradigmáticas do campo comunicacional na noite de sexta-feira, 9 de dezembro. Cerca de 150 pessoas estavam presentes, entre intelectuais das áreas de Comunicação, Ciências Sociais e Economia.

O Ipea e a Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom), com a participação da EdUFRJ, EdUFAL, EdiPUCRS, lançaram os livros Nelson Werneck Sodré, um perfil intelectual, escrito pela antropóloga Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros (Maceió/Rio de Janeiro, EdUFAL e EdUERJ, 2011), Brasil Democrático: Comunicação e Desenvolvimento (Brasília, Ipea, 2011), de autoria do professor José Marques de Melo. Este último, resultado da parceria do Instituto e da Socicom, foi apresentado também na 2° Conferência do Desenvolvimento do Ipea, em Brasília, como parte do debate realizado em novembro com 11 entidades de pós-graduação sobre Comunicação e desenvolvimento.

No lançamento no Rio de Janeiro, também foi apresentada a coletânea organizada por José Marques de Melo e Sônia Jaconi - Luitgarde, uma voz dos silenciados (São Paulo, Intercom, 2011), além da nova edição da clássica História da Imprensa no Brasil (São Paulo e Porto Alegre, 2011), publicada pela Intercom, em parceria com a EdiPUCRS.

O assessor-chefe de Imprensa e Comunicação do Ipea, Daniel Castro, abriu o evento lembrando que o Instituto não tinha área de pesquisa sobre Comunicação, mas atualmente esse tema também é contemplado. Ao seu lado, o presidente da Socicom, José Marques de Melo, ressaltou que a parceria com o Ipea é importante para fortalecer o campo comunicacional no Brasil. Ele mostrou-se otimista e reconheceu que “há indicadores que mostram o crescimento da indústria midiática no Brasil, o que está contribuindo para o desenvolvimento do País”.

Sônia Jaconi revelou estar muito alegre em organizar um livro sobre Luitgarde de Oliveira, “essa mulher sertaneja e do mundo ao mesmo tempo”. Também estava à mesa o diretor editorial da Intercom, Osvando de Morais.

Por fim, Luitgarde de Oliveira tomou a palavra contando sobre seus 44 anos como pesquisadora e 41 anos como professora, desde os tempos em que morava em uma casa em Santana de Ipanema, em Alagoas, que depois foi vendida, por coincidência, a José Marques de Melo.

Ela afirmou que “não acreditava em biografia, mas o José Marques aqui me fez ver que é possível e estou muito feliz”. Antropóloga com Doutorado em Mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1997 e 1980), com Pós-doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ (2008), Pós-doutorado em Antropologia pela Unicamp (1999), Luitgarde atualmente é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Baixe o livro Brasil Democrático: Comunicação e Desenvolvimento

 

Relatório aborda relação Brasil-África Subsaariana

Relatório aborda relação Brasil-África Subsaariana

 

Documento trata das potencialidades para o país em meio ao processo de desenvolvimento das nações do sul da África

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Banco Mundial, realiza nesta terça-feira, 13, a partir das 14h, o lançamento do relatório Ponte sobre o Atlântico – Brasil e África Subsaariana: parceria Sul-Sul para o crescimento, elaborado pela Diretoria de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais (Dinte). Será na sede do Ipea, em Brasília (SBS, Quadra 1, Ed. BNDES/Ipea, auditório do subsolo).

“A reaproximação dos dois lados do Atlântico Sul é facilitada por fortes semelhanças geográficas, históricas e culturais, aliadas a interesses comuns e a perspectivas e visões de mundo semelhantes. O relatório busca compreender essa cada vez mais complexa relação ao longo da última década, com destaque à troca de experiências, comércio e investimentos”, justificou a técnica de planejamento e pesquisa da Dinte, Vitória Gehre.

O evento terá a participações de autoridades e estudiosos do assunto, como o diretor da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (MRE), ministro Marcos Farani; o chefe do Departamento da África do MRE, ministro Nedilson Jorge; Boris Utria, Susana Carrillo e Eduarda Passarelli Hamann, todos do Banco Mundial; José Flávio Sombra Saraiva, Universidade de Brasília (UnB); Marcos Cintra, diretor da Dinte, e Fernanda Lira Goes, técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea.

Confira a íntegra da apresentação do relatório sobre a relação Brasil-África Subsaariana

Leia a versão em português do relatório Ponte sobre o Atlântico – Brasil e África Subsaariana: parceria Sul-Sul para o crescimento

English version

Ipea divulga Carta de Conjuntura de dezembro

Ipea divulga Carta de Conjuntura de dezembro

Publicação será apresentada nesta quinta-feira, 15, na representação do Instituto no Rio de Janeiro

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta suas análises sobre o momento e as perspectivas da economia brasileira, no lançamento da quarta Carta de Conjuntura, em coletiva de imprensa na quinta-feira, 15 de dezembro, às 11h, no Rio de Janeiro (Avenida Presidente Antônio Carlos, 51, auditório do 10º andar, Centro).

A Carta de Conjuntura é uma publicação trimestral de responsabilidade do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do Ipea, que tem como objetivo acompanhar a conjuntura econômica brasileira por meio de seus principais indicadores.

O boletim traz dados e estimativas sobre nível de atividade (demanda, oferta, produção industrial e comércio), emprego, inflação, setor externo (balança comercial, balanço de pagamentos), crédito e mercado financeiro (política monetária e taxas de juros, mercados de capitais e de crédito) e finanças públicas.

Leia a íntegra da Carta de Conjuntura de dezembro de 2011

 

Seminário debate o financiamento da educação

Seminário debate o financiamento da educação pública

Evento nesta quarta-feira, dia 14, reúne entidades para discutir o Plano Nacional de Educação (PNE)

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), organiza na próxima quarta-feira, 14, de 9h às 17h, o seminário Financiamento da educação pública no Plano Nacional de Educação (2011-2020). O evento ocorrerá na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Qd. 1, Bloco J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo).

O seminário tem como objetivo reunir representantes do governo e entidades do setor para discutir as propostas apresentadas no Plano Nacional de Educação (PNE), com destaque para os mecanismos de financiamento da expansão da educação pública no Brasil. O projeto de lei que cria o Plano Nacional de Educação (PNE) para vigorar de 2011 a 2020, enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010, prevê dez diretrizes e 20 metas que orientarão o planejamento da educação no país.

A mesa de abertura do evento terá o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, o secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino do Ministério da Educação, Carlos Augusto Abicalil, e a presidente da Anped, Dalilia Andrade Oliveira. Ao longo do dia, ocorrerão outras três mesas de discussão com representantes do Congresso Nacional, da UNE, do Conselho Nacional de Educação, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, do Conselho Nacional dos Secretários de Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e da Anped.

Veja a programação do seminário Financiamento da educação pública no Plano Nacional de Educação (2011-2020)

 

Cai a confiança das famílias brasileiras, revela IEF

Cai a confiança das famílias brasileiras, revela IEF

 

Índice de Expectativas das Famílias teve redução de um ponto, mas continua na faixa de moderado otimismo

De outubro a novembro, houve redução no otimismo das famílias brasileiras, revelou o Índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgado nesta quinta-feira, 8, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O índice, no entanto, permanece na faixa de otimismo moderado, acima de 60 pontos.

Em novembro, o IEF registrou 63,7 pontos, contra 64,7 no mês anterior. Em relação a novembro de 2010, a queda foi mais acentuada: 1,9 ponto. “A piora nas expectativas dos brasileiros está em linha com as condições gerais da economia do país que, no terceiro trimestre, registrou uma estagnação”, afirmou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.

A maior contribuição para a piora no índice foi dada pela região Centro-Oeste, com queda de 6,6 pontos de um mês para o outro. Norte e Nordeste também apresentaram menor otimismo, ao contrário da Sul e Sudeste, que se mostraram mais confiantes no bom desempenho da economia brasileira.

Mesmo com a redução, o IEF sustentou-se na faixa de otimismo porque a maior parte das famílias ainda acredita em melhoras na sua situação financeira e no desempenho econômico do país no curto prazo. 82,73% dos entrevistados preveem que terão situação financeira melhor nos próximos 12 meses. Da mesma maneira, 60,08% acreditam em um bom desempenho da economia brasileira no próximo ano.

Endividamento
Outro fator que contribuiu para a permanência neste patamar foi a redução no endividamento. Na pesquisa, 55,6% das famílias revelaram não ter qualquer tipo de dívida, resultado oito pontos percentuais acima do encontrado no mesmo mês do ano passado. A dívida média declarada foi, em novembro, 1,2% menor que em outubro. “Desde o início do ano, as famílias vêm ajustando sua situação, reduzindo o endividamento”, disse o presidente do Ipea.

Com dívida menor, os brasileiros estão mais propensos a comprar bens duráveis. 55,6% entendem que o momento atual é bom para compras desse tipo. “O IEF ainda não captou as últimas medidas do governo de estímulo ao consumo, é provável que no próximo esse número seja ainda maior”, comentou Pochmann.

Índice
O IEF é uma pesquisa mensal realizada em 3.810 domicílios, em 214 municípios, abrangendo todas as unidades da federação. A pontuação do IEF para a situação socioeconômica brasileira resulta da combinação de cinco diferentes dimensões consideradas, a saber:

(i) a expectativa da família sobre a situação econômica nacional;
(ii) a percepção da família sobre a condição financeira passada e a expectativa sobre a condição futura;
(iii) a expectativa da família sobre decisões de consumo;
(iv) a expectativa da família sobre o endividamento e condições de quitação de dívidas e contas atrasadas; e
(v) a expectativa da família sobre o mercado de trabalho, especialmente nos quesitos segurança na ocupação e sentimento de melhora profissional futura.

Confira a íntegra do Índice de Expectativas das Famílias, edição 16

Assista na íntegra à apresentação do 16º IEF

 

Boletim analisa o cenário político brasileiro

Boletim analisa o cenário político brasileiro
Lançado nesta sexta-feira, 9, o Boletim de Análise Político-Institucional é a nova publicação semestral da Diest

A Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou oficialmente nesta sexta-feira, 9, a primeira edição do Boletim de Análise Político-Institucional. O novo periódico tem o objetivo de divulgar os trabalhos da Diest para os públicos interno e externo, além de fomentar o debate sobre a política institucional do desenvolvimento, afirmou o diretor Alexandre Gomide, que abriu o evento.

A técnica de Planejamento e Pesquisa Luseni de Aquino, que integra o Comitê Editorial da Diest, fez a apresentação da publicação ao lado do diretor-adjunto, Antonio Lassance. Ela ressaltou que o boletim é resultado do trabalho de quase um ano, período em que foram discutidas várias possibilidades para o produto, que é destinado para a mídia, gestores públicos, acadêmicos e qualquer pessoa interessada.

Objetivos e formato
“Um objetivo é termos um veículo que registre o acompanhamento da Diest sobre o debate do desenvolvimento público. Outro é apresentar os resultados de estudos e análises produzidos pela diretoria, de forma mais rápida, antecipando ou reforçando publicações mais extensas, de forma qualificada, porém mais palatável ao público que vai além dos pesquisadores”, definiu Luseni.

O boletim conta com um comentário sobre o panorama da conjuntura próxima - a Agenda Político-Institucional; um espaço reservado para a opinião, que apresenta texto com visões mais particulares sobre temas do debate político; outro para reflexões sobre o desenvolvimento, com caráter mais ensaístico; além de notas sobre pesquisas em andamento.

Segundo Lassance, a proposta consensual é de que a publicação seja semestral. "Gastamos pelo menos um semestre para termos resultados parciais das nossas pesquisas", justificou. Ele ainda frisou que os períodos de recessos do Poder Legislativo são grandes oportunidades para fazer o balanço dos temas em tramitação, o que proporciona “maturação dos assuntos em voga”.

Na opinião do diretor-adjunto, “todo mundo faz análise política, é um exercício trivial”, mas ele adverte para a complexidade da tarefa. Nesse sentido, o Boletim constitui um panorama para aprofundar o debate de curto prazo, feito principalmente pela imprensa e grupos sem acesso a informações mais conjunturais. “O exercício é olhar menos os partidos e mais lançar um olhar adiante”, afirmou.

Previsões
Durante a apresentação do boletim, Antonio Lassance abordou alguns assuntos que constam, nesta primeira edição, da agenda político-institucional. Sobre a reforma política, ele pontuou que o sistema judiciário continua a ser o grande reformador do sistema político brasileiro. “É ruim que isso fique solitariamente com o Judiciário, e por conta desse processo de judicialização da política, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alcança maior peso no cenário judicial”, avaliou.

A questão a divisão dos royalties do petróleo da camada pré-sal deve ser, na análise do diretor-adjunto, muito mais debatida. Mas ele adianta que entende que prefeituras e governos estaduais dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo – os estados produtores - não têm estrutura institucional para gerir a quantidade imensa de recursos advindos da extração desse petróleo, o que facilita “o jogo predatório nesses espaços de gestão pública”.

Cenário governamental
Como é próprio de todo ciclo presidencial, o segundo ano de governo é o momento de se mostrar definitivamente os macroobjetivos do gestor, no caso, a presidenta Dilma Rousseff, acredita Lassance. Para que a conjuntura seja mais favorável, o adjunto explica que os partidos que compõem a base do governo federal precisam obter bons resultados nas eleições municipais de 2012.

É também no segundo ano de governo que ficam claros, segundo Lassance, os programas sociais e de infraestrutura que tiveram destaque, e aqueles que serão abandonados, incentivado, ou resgatado. Brasil Sem Miséria e Minha Casa Minha Vida terão, na prospecção dele, performances mais expressivas no decorrer do próximo ano.

Acesse o Boletim de Análise Político-Institucional

Ipea discute repasses do governo federal a ONGs

Ipea discute repasses do governo federal a ONGs
Comunicado aborda transferências feitas de 1999 a 2010. No último ano, 0,5% do orçamento foi destinado às ONGs

Qual o lugar que as organizações da sociedade civil (OSCs) ocupam na alocação de recursos públicos? A questão feita pelo chefe de Gabinete da Presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fabio de Sá e Silva, foi o mote da coletiva pública de apresentação do Comunicado nº123 – Transferências federais a entidades privadas sem fins lucrativos (1999-2010), ocorrida na tarde desta quarta-feira, 7, na sede do Instituto, em Brasília.

Também participaram da coletiva o diretor-adjunto de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), Antônio Lassance, e o assessor técnico da Presidência do Ipea, André Calixtre. Lassance afirmou que o Comunicado se insere na linha de pesquisa da diretoria que volta atenções para as organizações civis em suas várias denominações e escopos.

Segundo Sá e Silva, nos últimos meses o tema abordado no estudo tem movimentado a agenda pública e ensejado medidas administrativas de bastante austeridade, que incorporaram exigências adicionais na constituição de parcerias entre Estado e entidades dessa natureza, além da criação de um grupo de trabalho para refletir sobre o marco que regulamenta esses contratos.

O estudo do Instituto, explicou ele, sistematizou dados sobre transferências feitas entre 1999 e 2010, obtidos nos portais Orçamento Brasil e Siga Brasil, alimentados pelo Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Não foram considerados repasses estaduais e municipais, apenas recursos federais direcionados às OSCs.

Evolução
Em 2010, R$ 4,1 bilhões do orçamento liquidado foram para as OSCs, informou Sá e Silva. O montante representa 0,48% do PIB. “Em termos proporcionais, essas transferências ocupam um espaço menor do que ocupavam há 10 anos”, disse.

A três principais áreas de destaque na atuação dessas entidades são ciência e tecnologia, educação e saúde, o que, evidencia Fábio de Sá, é sintoma de que as políticas sociais, antes monopólios do Estado, passam cada vez mais a ser objeto de cooperação.

“Percebe-se que há um universo de instituições que recebem muito, e se o governo quiser, com esforço pequeno, pode fiscalizar melhor, acentuou. Segundo ele, até março do próximo ano, o Ipea apresentará um estudo aprofundado e qualitativo sobre a relação dessas entidades com o Estado.

Para ele, a discussão do marco legal que regulamenta as parcerias com as OSCs vai mexer com interesses, setores de cooperação, “o que significa a redefinição das fronteiras entre estado, mercado e sociedade”.

Confira a íntegra do Comunicado nº123 – Transferências federais a entidades privadas sem fins lucrativos (1999-2010)

Ipea divulga, em Brasília, a 16ª edição do IEF

Ipea divulga, em Brasília, a 16ª edição do IEF

Índice de Expectativas das Famílias (IEF) relativo a novembro será apresentado nesta quinta-feira, dia 8, às 12h

A décima sexta edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF), com resultados relativos ao mês de novembro, será apresentada nesta quinta-feira, 8 de dezembro, às 12h, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília (SBS, Qd. 1 Bl. J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo). A divulgação será feita pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann.

Produzido pelo Ipea desde agosto do ano passado, o IEF revela a percepção das famílias brasileiras em relação à situação socioeconômica do País para os próximos 12 meses e para os cinco anos seguintes. A pesquisa aborda temas como:

- situação econômica nacional;
- condição financeira passada e futura; 
- decisões de consumo;
- endividamento e condições de quitação de dívidas e contas atrasadas;
- mercado de trabalho, especialmente nos quesitos segurança na ocupação e sentimento futuro de melhora profissional.

O IEF é uma pesquisa estatística por amostragem realizada em 3.810 domicílios, em mais de 200 municípios. Abrangendo todas as unidades da federação, ele tem margem de erro de 5%.

 

Ipea e Embrapa assinam memorando na Venezuela

Ipea e Embrapa assinam memorando na Venezuela

Documento foi firmado durante encontro entre Dilma Rousseff e Hugo Chávez, em 1º de dezembro

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA) assinaram memorando de entendimento para o estabelecimento, acompanhamento e assessoria em planejamento para o desenvolvimento de projetos agrícolas na Faixa Petrolífera do Orinoco (centro da Venezuela), suas adjacências, e no estado de Sucre (nordeste venezuelano). O documento prevê, ainda, cooperação em ciência e tecnologia por meio da realização de projetos conjuntos.

A parceria foi comentada pela presidenta Dilma Rousseff após o ato: “Quero destacar o Ipea e a Embrapa, que já vinham desenvolvendo um amplo leque de iniciativas (na Venezuela) nos setores de desenvolvimento territorial e agrícola e agora lançam nova parceria com a PDVSA”. Na região do Orinoco, há grande potencial para a expansão agrícola e de integração produtiva com o Norte do Brasil, particularmente com o estado de Roraima e o Polo Industrial de Manaus. No estado de Sucre, há novos investimentos para a produção de gás e na indústria naval, dois setores que têm tido grande desenvolvimento no Brasil nos últimos anos e que apresentam muitas possibilidades de cadeias produtivas articuladas, além de necessidade de incrementar projetos de manejo sustentável de florestas.

O Ipea está presente na Venezuela desde em setembro de 2010, realizando estudos sobre integração entre Brasil e Venezuela, oferecendo cursos de capacitação em políticas públicas e planejamento e assessorando diferentes instituições governamentais. A senadora Ângela Portela (PT-RR), que esteve presente no encontro presidencial, ressaltou a importância dos relatórios de pesquisa do Ipea sobre a integração das infraestruturas e cadeias produtivas entre o Norte do Brasil e o Sul da Venezuela. “Solicitamos ao Ipea um diagnóstico socioeconômico de Roraima e as conclusões apresentadas são exatamente no sentido de ampliar essa integração”, afirmou.

Desde junho de 2011, o Ipea tem atuado conjuntamente com a Caixa Econômica Federal em temas relacionados à sustentabilidade econômica, social e urbanística de projetos habitacionais. Para Pedro Silva Barros, titular da Missão do Ipea na Venezuela e representante do Instituto no encontro presidencial, “o documento assinado com a Embrapa permitirá a inédita atuação conjunta de três agências do governo brasileiro no exterior em áreas de grande potencial de integração com o Brasil e em setores que são prioritários para o governo venezuelano”. Ele acrescentou que “se trata de um novo paradigma na cooperação internacional do Brasil, que busca construir um projeto de desenvolvimento comum, associando o nosso desenvolvimento ao dos vizinhos”.

Integração produtiva
Em seu discurso, a presidenta Dilma Rousseff abordou outros dois temas diretamente relacionados com as atividades do Ipea na Venezuela. Primeiro, a chefe de Estado apresentou que, “na área industrial, vamos concluir até abril de 2012 a primeira parte do estudo elaborado em coordenação entre o Ipea e a PDVSA sobre tudo aquilo que é importante para estimular a integração produtiva, inclusive a indústria naval, entre o Brasil e a Venezuela”. O Brasil, por meio do BNDES, financia a construção de Estaleiro da ALBA (AstiALBA) no estado Sucre, cuja execução é realizada pela construtora brasileira Andrade Gutierrez.

Os navios petroleiros que serão produzidos na AstiALBA são dos mesmos modelos dos que começam a ser feitos no novo estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, e há muitas possibilidades de integração produtiva entre eles. A indústria de embarcações fluviais também apresenta grande potencial de articulação entre os dois países. A Venezuela prepara investimentos para a construção de embarcações fluviais no Orinoco, e o Brasil possui indústria tradicional desse tipo em Manaus e novos empreendimentos, como o Estaleiro Rio Tietê, cuja pedra fundamental foi lançada há três meses.

A presidenta concluiu apontando que o tema foi conversado com o homólogo venezuelano: “Nós consideramos que existem imensas oportunidades. Inclusive, uma grande preocupação do presidente Chávez é a integração entre as bacias do rio Orinoco e da Amazônia, como uma forma de integração de infraestrutura regional, utilizando os nossos rios para fazer com que os nossos países se integrem”.  Esse potencial havia sido apresentado em maio de 2011 em relatórios de pesquisa da Missão do Ipea no país vizinho: Região Norte do Brasil e Sul da Venezuela: Esforço binacional para a Integração das cadeias produtivas e A integração de infraestrutura Brasil-Venezuela: a IIRSA (Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana) e o eixo Amazônia-Orinoco.

Confira, no Blog do Planalto, mais detalhes da visita presidencial à Venezuela

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

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