Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Ipea debateu competitividade das empresas nacionais

Ipea debateu competitividade das empresas nacionais
Professor da Unicamp apontou fatores que impedem setor privado de atuar melhor no mercado mundial

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou nesta terça-feira, 18, em Brasília, o seminário A competitividade das empresas brasileiras diante do cenário global, comandado pelo professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Júlio Sérgio Gomes de Almeida.

Voltado para os técnicos do Ipea que integram o grupo de trabalho sobre a atual crise financeira internacional e seus desdobramentos, o evento foi transmitido por videoconferência para o escritório do instituto no Rio de Janeiro. Mediaram a exposição a diretora de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac), Vanessa Petrelli, e a chefe da Assessoria Técnica da Presidência (ASTEC), Luciana Acioly.

Almeida destacou a capacidade de gestão das empresas brasileiras, principalmente das 250 maiores, que deixaram, a partir dos anos 1990, o modelo familiar e profissionalizaram suas gestões. Para ele, o processo de internacionalização também torna essas organizações mais sistemáticas, produtivas e inovadoras, além de alargar a possibilidade de financiamento a longo prazo.

O professor lembrou que no período anterior a 2006, as indústrias viveram certa euforia em voltar sua produção à exportação, quando “o coeficiente produtivo enviado para o mercado internacional chegou a 30%”. Agora, segundo ele, a produção está direcionada para o mercado interno, o que é um ponto positivo.

Almeida considerou, porém, que a média geral da produtividade industrial brasileira é baixa, pois as fábricas ainda utilizam maquinário velho. “Mas se voltarmos os olhos para as 250 maiores empresas, o cenário é bem diferente”, pontuou. O professor acrescentou que o alto custo de energia, tributos, matérias-primas e logística são fatores que minam o potencial competitivo do setor privado nacional.

As sugestões que Júlio Almeida reforçou para que esse cenário mude são a desoneração na origem da cadeia industrial e a criação de programas de produtividade e gestão para o setor industrial. “A indústria tem muita cautela para investir frente sua demanda, precisa se inteirar mais”, afirmou. Vanessa Petrelli acentuou que, embora o endividamento das empresas tenha aumentado, principalmente em dólar, o “colchão de liquidez é razoável, e gera rentabilidade”.

Gastos tributários devem somar 3,5% do PIB em 2011

Gastos tributários devem somar 3,5% do PIB em 2011
Comunicado do Ipea propõe debate sobre a eficiência e eficácia das desonerações tributárias

Estimativas da Receita Federal do Brasil compiladas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicam que, em 2011, o gasto tributário federal deve atingir 3,53% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 137 bilhões. Deste total, R$ 43,5 bilhões são considerados “sociais” por beneficiarem áreas como Educação, Cultura e Saúde.

As informações sobre o gasto tributário foram apresentados no Comunicado nº 117 – Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário, apresentado nesta terça-feira, 18, durante coletiva pública em Brasília. A proposta do documento é divulgar os dados disponibilizados pela Receita Federal e estimular o debate sobre as desonerações.

Gastos tributários são formas indiretas de gasto público, pois o governo desonera determinado contribuinte ou setor produtivo para que sejam atingidos alguns objetivos da política social ou econômica. Podem ser citadas como exemplos as desonerações, no Imposto de Renda, das despesas com plano de saúde ou educação privada.

“Não é dinheiro que o Estado coloca no bolso do contribuinte, mas deixa de tirar. Esse recurso vai financiar parcialmente um serviço privado em substituição ao serviço público”, explicou José Aparecido Ribeiro, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea.

“As desonerações equivalem a 10% da carga tributária, que hoje no país gira em torno de 35% do PIB. É um valor muito representativo e não é claro até que ponto a sociedade tem consciência desse gasto. Será que ele está calibrado com as políticas públicas? Quem está sendo beneficiado?”, questionou. 

Estados e municípios
De acordo com o estudo do Ipea, somente as desonerações consideradas sociais representam 1,1% do PIB, o mesmo que o país gasta anualmente com Assistência Social e Educação. Outro ponto destacado pelo Comunicado é o fato de que são conhecidos apenas os dados federais, inexistindo cálculos sobre os benefícios tributários concedidos por estados e municípios.

“Com toda certeza o volume do gasto indireto nas outras esferas de governo é significativo, basta pensarmos na guerra fiscal praticada no país. Mas não conheço nenhuma estimativa”, comentou o técnico do Instituto.

“Não se quer defender a redução ou extinção das desonerações, mas precisamos reconhecer que, assim como nos gasto diretos, pode haver distorções. Essa política precisa ser discutida e analisada em termos de sua qualidade, eficiência e eficácia”, concluiu.

Leia a íntegra do Comunicado nº 117 - Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário

Veja os gráficos da apresentação do Comunicado nº 117 - Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário

Instituto divulgou estudo sobre desonerações tributárias

Instituto divulgou estudo sobre desonerações tributárias

 

Comunicado nº 117 foi apresentado nesta terça-feira, dia 18, às 14h30, na sede do Instituto, em Brasília

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira, 18, às 14h30, o Comunicado nº 117 – Gastos tributários do governo federal: um debate necessário. O estudo foi apresentado pelo técnico de planejamento e pesquisa José Aparecido Ribeiro, pela chefe da Assessoria Técnica da Presidência do Ipea, Luciana Acioly, e pelo diretor de Estudos e Políticas Sociais, Jorge Abrahão de Castro, na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bl. J, Ed. BNDES/Ipea, auditório do subsolo).

O Comunicado é uma contribuição do Ipea para o debate sobre o gasto tributário federal no Brasil. Os gastos tributários são desonerações que correspondem a gastos indiretos, ou seja, renúncias governamentais com a intenção de aliviar a carga tributária de uma classe específica de contribuintes. O texto do documento traz, entre outros dados, uma estimativa sobre o Gasto Tributário Social para 2011, a parcela dessas desonerações com objetivos sociais.

Leia na íntegra o Comunicado 117 - Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário

Veja os gráficos da apresentação do Comunicado 117 - Gastos Tributários do governo federal: um debate necessário

Aplicações em renda fixa não envolvem riscos

Aplicações em renda fixa não envolvem riscos

Em divulgação da Carta de Conjuntura, pesquisador do Ipea fez paralelo entre Prêmio Nobel e política do Banco Central

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um crescimento de 0,8% na passagem entre o primeiro e o segundo trimestres de 2011, abaixo dos 1,2% obtidos no período imediatamente anterior. Os percentuais representam uma leve desaceleração do crescimento da economia do país, de acordo com a Carta de Conjuntura apresentada no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (13), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Com relação ao mercado de trabalho, a taxa de desocupação no segundo semestre se manteve no patamar de 6,0%, recuando 0,7 ponto percentual em relação a agosto de 2010. A criação de novos postos formais de emprego foi de 190,4 mil, ante 299,4 mil registrados no mesmo período do ano passado, o que representa uma queda de 18,3%. A desaceleração no ritmo de crescimento de novas vagas com carteira assinada vem acontecendo em todos os segmentos da economia. É, contudo, mais suave nos setores de comércio e serviços, e teve uma retração mais forte no caso da indústria e da construção civil.

Durante a apresentação da Carta de Conjuntura, Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões do Ipea, ressaltou que a escolha do economista americano Christopher Sims como um dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia, neste ano, embasa a atual política do Banco Central brasileiro (BC) de flexibilizar o sistema de metas de inflação para permitir crescimento econômico com queda da inflação no longo prazo, além da diminuição das margens injustificáveis de arbitragem para as aplicações em renda fixa no Brasil.

Messenberg considera que o BC está agindo de forma inteligente e não poderia ter outra posição diante do cenário externo (exemplificada com a exibição do cartaz do filme Il Deserto Dei Tartari do cineasta italiano Valerio Zurlini), que ainda reflete a crise internacional de 2008. O economista defende juros mais baixos e que isso nada tem a ver com uma de taxa inflação maior no curto prazo.

O coordenador afirmou que não há descontrole inflacionário no Brasil, e sim uma mudança no nível absoluto de preços, que é evidenciado por aumentos sazonais. Segundo ele, os níveis de inflação devem ficar próximos à meta do governo. “Apesar desse aumento de preços, há perspectiva de que as altas comecem a arrefecer, a longo prazo, aproximando-se de 4,5%, meta estabelecida para este ano”, afirmou.

No entanto, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação registrou alta de 7,31% no acumulado dos 12 meses terminados em setembro, continuando, por conta de efeitos meramente estatísticos, a trajetória de alta iniciada em setembro de 2010 - e que cederá a partir dos próximos meses.

Leia a íntegra da Carta de Conjuntura de outubro de 2011

Gestão eficiente é desafio nas regiões metropolitanas
Gestão eficiente é desafio nas regiões metropolitanas

Brasileiros permanecem otimistas em relação ao país

Brasileiros permanecem otimistas em relação ao país

Pesquisa mostra que 57,3% das famílias acreditam em melhora da economia nos próximos 12 meses

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta segunda-feira, 10, em Brasília, a décima quarta edição do Índice de Expectativa das Famílias. Apresentado pelo assessor técnico da Presidência do Instituto, Lucas Ferraz Vasconcelos, o estudo aponta que, no mês de setembro, os brasileiros permaneceram otimistas em relação à situação socioeconômica do país.

Realizada em 3.810 domicílios distribuídos por mais de 200 municípios do país, a pesquisa mostrou que mesmo com um resultado 2,1 pontos inferior ao apurado no mês de agosto, o índice de expectativa das famílias ainda está na faixa de otimismo (63,1 pontos). 57,3% dos brasileiros esperam que a situação econômica melhore nos próximos 12 meses, cerca de meio ponto percentual acima do apurado no mês passado. A região que apresentou expectativa mais otimista foi a Centro-Oeste, com 84%, superando todos os índices desde que o IEF foi criado, há um ano.

O índice ainda traz a percepção sobre a situação financeira da família em comparação à de um ano atrás e suas expectativas para daqui a um ano, a avaliação dos brasileiros sobre o momento adequado para consumir bens de consumo duráveis, e o índice de endividamento das famílias brasileiras pesquisadas, suas condições de quitação de dívidas e contas atrasadas.

Novidade
Presente à mesa, o também assessor técnico da Presidência do Ipea, André Calixtre, anunciou que com um ano de criação, completado em setembro, a série IEF estará disponível a partir de agora também no Ipea Data. Ele explicou que o IEF utiliza o método de amostragem probabilística, de maneira a garantir uma margem de erro de 5%, com um nível de significância de 95% para o Brasil e para as cinco grandes regiões.

Leia a íntegra do 14º Índice de Expectativas das Famílias

Veja os gráficos da apresentação do 14º Índice de Expectativas das Famílias

Desafios da gestão metropolitana são tema de estudo

Desafios da gestão metropolitana são tema de estudo

Comunicado do Ipea nº 116 foi divulgado nesta quinta-feira,13, na sede do Instituto em Brasília

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira, 13, o Comunicado do Ipea nº 116 - Desafios contemporâneos na gestão das Regiões Metropolitanas. O estudo foi apresentado pelos técnicos de Planejamento e Pesquisa Miguel Matteo, Renato Balbim, Marco Aurélio Costa e André Calixtre, na sede do Instituto, em Brasília.

O Comunicado analisa a institucionalização das metrópoles brasileiras depois da Constituição Federal de 1988 (CF/88) e discute a gestão dessas regiões metropolitanas (RMs), buscando apontar os desafios e as perspectivas relativos à organização do território.

Leia na íntegra o Comunicado 116 - Desafios contemporâneos na gestão das Regiões Metropolitanas

Veja os gráficos da apresentação do Comunicado 116 - Desafios contemporâneos na gestão das Regiões Metropolitanas

 

Ipea divulga terceira Carta de Conjuntura de 2011

Ipea divulga terceira Carta de Conjuntura de 2011
 
Análises abordam PIB, evolução da atividade econômica, mercado de trabalho, taxas de juros e inflação

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou suas análises sobre o momento e as perspectivas da economia brasileira no lançamento da Carta de Conjuntura, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13 de outubro, na representação do Instituto no Rio de Janeiro (Avenida Presidente Antonio Carlos, 51, auditório do 10º andar, Centro).

A Carta de Conjuntura é uma publicação de responsabilidade do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do Ipea. Publicação trimestral, a Carta de Conjuntura tem como objetivo acompanhar a conjuntura econômica brasileira por meio de seus principais indicadores. O boletim traz dados e estimativas sobre nível de atividade (demanda, oferta, produção industrial e comércio), emprego, inflação, setor externo (balança comercial, balanço de pagamentos), crédito e mercado financeiro (política monetária e taxas de juros, mercados de capitais e de crédito) e finanças públicas.

Leia a íntegra da Carta de Conjuntura de outubro de 2011

Code/BA reuniu cerca de 2 mil pessoas em Salvador

Code/BA reuniu cerca de 2 mil pessoas em Salvador

Conferência teve 91 palestrantes nos dois dias de evento, que debateu os rumos do Nordeste e do Brasil na UFBA

Cerca de duas mil pessoas, entre acadêmicos, autoridades, gestores públicos e estudantes participaram das atividades da Conferência do Desenvolvimento, edição Bahia, que incluíram oito painéis, 34 oficinas, vários estandes e programação cultural. O evento, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Governo do Estado da Bahia, foi realizado nos dias 4 e 5 de outubro, das 8h30 às 18h30, na Universidade Federal da Bahia, Campus Ondina, em Salvador.

O estande mais visitado na Conferência foi a Livraria do Ipea, que distribuiu 11 mil livros, revistas e boletins do Instituto, e vendeu outras publicações. Outro destaque foi o espaço Ipea Mapas e Ipea Data, em que monitores voluntários, treinados pelo técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Erivelton Guedes, explicaram como utilizar essas ferramentas de pesquisa. O Ipea Mapas é um banco de dados espacial com informações socioeconômicas visualizadas em mapas de forma interativa. E o Ipea Data é uma extensa base de dados macroeconômicos, sociais e regionais.

Ao todo, 91 palestrantes, entre diretores e técnicos de planejamento e pesquisa do Instituto, além dos especialistas e autoridades convidadas, levaram para as mesas de debate temas como proteção social, infraestrutura, sustentabilidade ambiental, democracia, macroeconomia, dinâmica internacional, indústria baiana, políticas de CT&I, questão agrária, cultura, educação, urbanização, saúde, segurança pública. As oficinas e painéis foram gravados na íntegra e resultaram em 96 horas de conteúdo audiovisual. Esse material será disponibilizado em breve no Portal Ipea.

Encontro busca fortalecer a pesquisa em direito

Encontro busca fortalecer a pesquisa em direito

Participantes do evento em Ribeirão Preto afirmam que ainda falta método a grande parte dos estudos na área

O I Encontro de Pesquisa Empírica em Direito, realizado na Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, na última semana de setembro, discutiu diversos tipos de pesquisa em direito no Brasil. A pesquisa empírica, que deu nome ao encontro, é a busca de dados por meio da experiência do pesquisador e das pessoas em geral. “Mas no direito não temos tradição de ser pesquisadores, a pesquisa é encarada como um papel dos sociólogos. A ideia é primeiro aprender o direito em termos conceituais para depois entender sua aplicação. Nas universidades, dizer o que é o direito torna-se mais importante que dizer o que ele faz na sociedade. O pesquisador é encarado como um jurista que não deu certo”, provocou Diogo Coutinho, da Faculdade de Direito da USP (FADUSP).

Ele sugeriu uma agenda da pesquisa em direito e citou o Ipea como um agente importante. “A olhos nus, o Ipea está se aproximando do campo do direito, com sua expertise em economia e política. Temos de colocar na agenda a promoção de consórcios interdisciplinares para a fertilização cruzada, com instituições como o CEBRAP, CEPEJ, Ipea e SBDP”, defendeu, enfatizando que as pesquisas empíricas em direito costumam surgir apenas para sustentar determinadas teses jurídicas. “Usar métodos é uma novidade para a maior parte dos juristas brasileiros. Estamos muito longe ainda do tipo de pesquisa feito nas instituições mais respeitadas do planeta”, disse.

A falta de método não é inerente apenas ao Brasil, afirmou o pesquisador Octávio Ferraz, da Universidade de Warwick (Reino Unido). “Praticamente no mundo inteiro, exceto nos Estados Unidos, não há método no direito”, alertou. Ferraz elegeu como problema a pergunta: deve o Judiciário interferir nas políticas sociais do Executivo e do Legislativo para proteger direitos sociais, como saúde, educação e moradia? Ele citou os que são a favor de manter o Judiciário como guardião da Constituição, mas ressaltou que há aqueles para os quais o Judiciário não tem legitimidade nem capacidade de decisão.

Para Ferraz, a legitimidade do Judiciário na implementação dos direitos sociais depende da qualidade da atuação judicial, ou seja, se ela produz resultados positivos na proteção desses direitos. O pesquisador mostrou um mapa que localiza, no estado de São Paulo, a origem das ações de pessoas que solicitam remédios na Justiça. “O endereço dos litigantes se concentra em áreas que não são a Zona Sul e a Zona Oeste de São Paulo, justamente as mais ricas, que, em tese, não precisariam mais de remédios gratuitos”, contou. Ele também mapeou quais estados concentram mais ações contra a Saúde – e, surpreendentemente, também são os mais ricos.

Juizados especiais federais
O próximo estudo do Ipea na área jurídica será sobre os Juizados Especiais Federais. O que se pretende fazer foi o tema da apresentação da técnica de planejamento e pesquisa Luseni Aquino. “A pesquisa está em construção, ela já foi desenhada, com foco no período recente, após 1995, e está em implementação”, explicou. Os técnicos constataram que, atualmente, a demanda dos juizados supera a das outras varas. “Em 2010, havia 16,3% mais processos nos juizados que nas demais varas”, disse Aquino. A pesquisa propõe-se a perguntar se os juizados têm sido efetivos, se têm adesão dos atores do sistema de Justiça, qual o impacto que provocam sobre o sistema judiciário brasileiro, qual o tempo médio do cumprimento das decisões, qual o perfil dos juízes e dos usuários e em que medida a presença constante da União como um dos polos da ação judicial tensiona a dinâmica do processamento da Justiça.

Ainda estiveram presentes ao encontro o técnico do Ipea Mauro Oddo e a bolsista Elisa Colares, que apresentaram o trabalho O método ABC na avaliação da Justiça, e os técnicos do Ipea Almir de Oliveira Júnior, responsável pela mesa sobre política de segurança pública, e Alexandre Samy de Castro, que apresentou estudo que procura identificar se a Justiça tende a privilegiar os mais pobres em suas decisões.

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