Região Nordeste receberá edições locais da Code
Ipea e Banco do Nordeste firmaram acordo de cooperação para organizar novas Conferências do Desenvolvimento
Espírito Santo, Minas Gerais e os estados da região Nordeste terão edições locais da Conferência do Desenvolvimento (Code), evento organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) apoiará as conferências. É o que prevê o acordo de cooperação firmado nesta quarta-feira, 10, pelas duas instituições. A assinatura do termo foi em Brasília, na sede do Ipea, com a participação do presidente do Instituto, Marcio Pochmann, e do presidente do BNB, Jurandir Vieira Santiago.
“Esse convênio consagra uma parceria que existia há bastante tempo entre as duas instituições e reforça a possibilidade de termos uma segunda conferência do desenvolvimento mais alargada com as discussões em âmbito estadual, em estados do Nordeste. O Brasil não será desenvolvido sem um Nordeste desenvolvido”, afirmou Pochmann.
“O que se busca é um estreitamento da parceria, queremos aproveitar o conhecimento acumulado do Ipea para nos trazer mais informações e dados, para que possamos ser cada vez mais o agente de desenvolvimento do governo federal na região Nordeste”, disse o presidente do BNB.
As Codes estaduais serão uma oportunidade para que gestores públicos, estudantes, pesquisadores, professores, legisladores e a sociedade em geral discutam e troquem ideias sobre as temáticas relevantes para o desenvolvimento local e brasileiro. Em estandes, painéis, palestras e oficinas de trabalho, os participantes terão contato com autoridades e pensadores diretamente envolvidos na tarefa de planejar o desenvolvimento.
As Codes estaduais dão sequência à 1ª Conferência do Desenvolvimento, realizada em novembro de 2010, na Esplanada dos Ministérios (Brasília). Mais de 8 mil pessoas e 600 palestrantes/debatedores compareceram às atividades. Na ocasião, representantes das delegações estaduais propuseram que a Code fosse levada às unidades federativas, de forma a incentivar a discussão sobre o desenvolvimento do ponto de vista local.
Ipea debaterá políticas públicas na Paraíba
Em seminário na capital paraibana, Instituto abordará temas que compõem algumas de suas mais recentes publicações
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com a Associação Nacional das Instituições de Planejamento, Pesquisa e Estatística (Anipes) e Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (Ideme), promove nesta sexta-feira, dia 12, em João Pessoa, na Paraíba, o seminário Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas. O evento ocorrerá das 8h30 às 13h, na Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (CINEP), no bairro de Jaguaribe.
O seminário tem como objetivo apresentar ao país as investigações e estudos do Ipea sobre as questões mais relevantes das políticas públicas no período recente, com foco nos acontecimentos que marcaram a vida nacional em 2009 e 2010. Na oportunidade serão divulgadas várias publicações. Por parte do Ipea, o destaque fica por conta dos três volumes de Brasil em Desenvolvimento 2010.
A abertura do evento terá a participação do secretário de Planejamento da Paraíba, Gustavo Maurício Filgueiras Nogueira, do superintendente do Ideme, Mauro Nunes Pereira, do diretor executivo do Condepe e diretor técnico da Anipes, Maurílio Lima, do diretor-adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, Miguel Matteo, e do representante do Instituto no Nordeste, Constantino Cronemberger Mendes.
Bancos públicos sustentaram o crescimento do crédito
Instituições financeiras compensaram a retração dos financiamentos privados durante a crise, revela Comunicado
Foto: Sidney Murrieta |
Victor de Araujo, técnico do Ipea: “O Brasil vive, desde 2004, um ciclo inédito de aumento ininterrupto do crédito” |
Os bancos públicos federais tiveram atuação anticíclica durante a crise financeira mundial e permitiram que o crédito continuasse crescendo de forma acelerada no Brasil. Desde 2008, as intuições financeiras privadas reduziram o ritmo de aumento dos financiamentos (a taxa era de quase 25% e ficou abaixo de 10% em 2010). Ao mesmo tempo, os créditos concedidos por bancos estatais chegaram a subir acima de 30% em 2009, reduzindo os efeitos da crise mundial sobre o consumo e a produção no país.
Esses dados estão no Comunicado do Ipea nº 105 - Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal: a atuação dos bancos públicos federais no período 2003-2010, divulgado nesta quarta-feira, 10, durante coletiva pública na sede do Instituto, em Brasília. O estudo analisa o comportamento da concessão de crédito dos bancos federais para os setores industrial, agrícola e de habitação, além da atuação das instituições durante a crise.
“O Brasil vive, desde 2004, um ciclo inédito de aumento ininterrupto do crédito. Até 2007, os privados puxavam os financiamentos. Em 2008, a curva se inverteu, o crédito dos bancos privados desacelerou fortemente e o crescimento foi sustentado pela atuação anticíclica das instituições públicas”, explicou Victor Leonardo de Araujo, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea.
O estudo revela ainda que, além de auxiliarem o governo em momentos de crise, os bancos públicos federais continuam tendo relevância nas políticas públicas de desenvolvimento econômico. Houve aumento da participação privada na concessão de crédito rural, provocada principalmente pela elevação dos preços das commodities, mas 55% do volume total continuam concentrados em instituições estatais.
“Além de ter maior parcela dos financiamentos, os bancos públicos atuam em segmentos que estão fora de setores mais capitalizados do agronegócio, como a agricultura familiar”, argumentou Victor de Araujo.
De acordo com o Comunicado, 75% dos financiamentos na habitação são concedidos pelo setor financeiro público. Desde a crise de 2008, os empréstimos para a compra da casa própria crescem cerca de 40% ao ano, impulsionados pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
“Independentemente do componente social do Minha Casa, Minha Vida, o programa foi uma das medidas de contenção da crise e se mostrou eficiente. Em 2009, os empréstimos habitacionais cresceram 55%, o que estimulou fortemente a produção nacional, argumentou o pesquisador do Ipea.
Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 105
Vídeo – Assista à íntegra da apresentação do Comunicado do Ipea nº 105
Ipea avaliou impactos do câmbio no comércio mundial
Estudo analisa efeitos das variações cambiais sobre tarifas e sobre o sistema de comércio mundial
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira, 11, em São Paulo, o Comunicado do Ipea no 106 - Impactos do câmbio nos instrumentos de comércio internacional: o caso das tarifas.
O estudo foi apresentado pelos técnicos de Planejamento e Pesquisa do Instituto, Ivan Tiago Machado Oliveira e André Calixtre, e pela professora da EESP-FGV e bolsista do Ipea, Vera Thorstensen, no Gabinete da Presidência da República.
O Comunicado mostra os impactos dos desalinhamentos cambiais nos instrumentos de comércio internacional, como estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O estudo examina os efeitos das variações cambiais sobre as tarifas e suas consequências para o sistema multilateral do comércio.
Leia a íntegra do Comunicado do Ipea nº 106
Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 106
Ipea e Banco do Nordeste fecham acordo de cooperação
Parceria para a realização da Code nos estados do NE e no Espírito Santo será firmada nesta quarta-feira, em Brasília
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) assinam nesta quarta-feira, dia 10, às 14h, um Acordo de Cooperação Técnica que permitirá a realização de edições da Conferência do Desenvolvimento (Code) em todos os estados da região Nordeste e também no estado do Espírito Santo. A assinatura do termo será em Brasília, na sede do Ipea (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Edifício BNDES/Ipea). Participarão o presidente do Instituto, Marcio Pochmann, e o presidente do BNB, Jurandir Vieira Santiago.
As Codes estaduais serão uma oportunidade ímpar para que gestores públicos, estudantes, pesquisadores, professores, legisladores e a sociedade em geral discutam e troquem ideias sobre as temáticas mais relevantes para o desenvolvimento local e brasileiro. O debate tem como norteadores os eixos do desenvolvimento estabelecidos pelo Ipea: inserção internacional soberana; macroeconomia para o desenvolvimento; fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; estrutura tecnoprodutiva integrada e regionalmente articulada; infraestrutura econômica, social e urbana; proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental.
Em estandes, painéis, palestras e oficinas de trabalho, os participantes terão contato direto com autoridades e pensadores diretamente envolvidos na tarefa de planejar o desenvolvimento. As Codes estaduais dão sequência à bem-sucedida 1ª Conferência do Desenvolvimento, realizada em novembro de 2010, na Esplanada dos Ministérios (Brasília). Mais de 8 mil pessoas e 600 palestrantes/debatedores compareceram às atividades. Na ocasião, representantes das delegações estaduais propuseram que a Code fosse levada às unidades federativas, de forma a incentivar a discussão sobre o desenvolvimento do ponto de vista local.
Seminário discutiu a nova classe média brasileira
Especialistas debateram políticas públicas para o estrato da população que vem crescendo
Foto: Sidney Murrieta/Ipea |
Seminário buscou identificar instrumentos de expansão de oportunidades para a nova classe média e propor políticas públicas |
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, participou em Brasília do seminário Políticas Públicas para uma Nova Classe Média. Promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) e pelo Ministério da Fazenda, o evento reuniu, na segunda-feira (8), autoridades e especialistas para debater políticas públicas para esse segmento da população.
A ideia foi identificar instrumentos que possam expandir as oportunidades para a nova classe média, como vem sendo chamada a Classe C, e propor políticas públicas que venham compor com as já disponíveis. “Não há possibilidade de uma sociedade ser desenvolvida se a classe média não é sólida. E essa nova classe média é o grande patrimônio que nós temos para ter uma sociedade justa, democrática e com qualidade de vida e de alcançarmos o objetivo de sermos a quinta economia do mundo”, afirmou o ministro da SAE, Moreira Franco.
Nos últimos dez anos, 30 milhões de pessoas ascenderam à classe C. Para o presidente do Ipea, o país está passando por esse processo em um ambiente de ampla coesão social, mas alerta para a possibilidade de uma maior polarização. “Ocupações de maior remuneração foram reduzidas no Brasil. Nós tivemos uma perda líquida de grande magnitude na primeira década deste século – mais de 4 milhões de postos de trabalho de mais de cinco salários mínimos foram ceifados.”
De acordo com Pochmann, pode haver polarização à medida que o Brasil não consiga ampliar o nível de ocupação para os segmentos de maior rendimento, pois há forte crescimento relativo na base da pirâmide social, mas também entre os detentores de renda advinda da propriedade. “Não se pode esquecer os postos de trabalho mais simples, mas a competição de ambos nos levará certamente a fazer opções sérias e esperamos poder estar à altura de fazê-lo”, concluiu.
Pochmann participou do painel Identidade e Valores da Nova Classe Média. Também fizeram parte desse debate Marcelo Neri (Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ), Renato Meirelles (Data Popular e Fórum Novo Brasil) e Roberto Dutra (Humboldt Universität zu Berlim). Ainda contribuíram para o tema os mediadores Ricardo Henriques (IPPRio) e Mirela de Carvalho (SEEDUC/RJ).
Estudo analisa atuação de bancos públicos federais
O Comunicado do Ipea nº 105 avalia as ações de fomento e financiamento do BB, CEF e BNDES, no período 2003 – 2010
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quarta-feira, 10, às 10h30, o Comunicado do Ipea nº 105, intitulado BB, BNDES e CEF: a atuação dos bancos públicos federais no período 2003-2010. O estudo avalia as ações desses bancos e sua importância no fomento do desenvolvimento nacional, em especial nos projetos de longo prazo e no financiamento dos setores industrial, agrícola e habitacional.
O estudo será apresentado pelo técnico de Planejamento e Pesquisa Victor Leonardo de Araujo e pela diretora de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Vanessa Petrelli de Correa, no auditório do Instituto, em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco J, Edifício BNDES/Ipea).
Ipea passa a contar com twitter do presidente
Nesta segunda-feira, 8, o Instituto abre um novo canal nas redes sociais, o twitter do presidente
Com o objetivo de agilizar a divulgação de trabalhos e abrir um novo canal nas redes sociais, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) iniciou nesta segunda-feira, 8, o microblog institucional do presidente Marcio Pochmann, @marciopochmann.
Assim como o twitter do Ipea (@ipeaonline), já ativo, o novo perfil trará postagens sobre lançamentos de estudos e eventos da casa ou dos quais o presidente participe, além de tuítes do próprio Marcio Pochmann.
Parcela expressiva de trabalhadores saiu da pobreza. Desafio agora é criar empregos com maior remuneração
O crescimento econômico do Brasil na última década permitiu que grande parcela da força de trabalho saísse da pobreza e passasse ao nível inferior da pirâmide ocupacional (ganhos de até 1,5 salário mínimo). Dessa forma, a política de valorização real do salário mínimo reduziu a desigualdade da renda do trabalho, fato inédito nas últimas décadas.
Essas conclusões estão em um estudo divulgado pelo presidente do Ipea, Márcio Pochmann, nesta quinta-feira, 4, no Rio de Janeiro. O Comunicado do Ipea nº 104 Natureza e dinâmica das mudanças recentes na renda e na estrutura ocupacional brasileiras cobre um período de 50 anos, abrangendo as transformações na estrutura social brasileira.
Nos primeiros 10 anos do século 21, foram gerados mais postos de trabalho do que em qualquer período das últimas cinco décadas. Os empregos criados a partir de 2000 superam em 44% a quantidade registrada nos anos 1990. 95% das ocupações abertas tinham remuneração de até 1,5 salário mínimo.
"Tivemos uma ampliação do número de postos de trabalho com salário menor, em torno do salário mínimo. O salário mínimo teve recuperação real, permitindo que os trabalhadores deixassem a pobreza", afirmou Pochmann.
A participação do rendimento do trabalho na renda nacional aumentou 14,8% entre 2004 e 2010. No mesmo período, o nível de desigualdade de renda caiu 10,7%. Na década de 1970, época do “milagre brasileiro”, a desigualdade entre os salários havia crescido quase 22%.
A concentração das novas vagas de trabalho no setor de serviços, com baixa remuneração, impediu, no entanto, que houvesse também crescimento nas faixas médias do mercado de trabalho. A proporção das ocupações com renda superior a três mínimos saiu de 28,7% para 16,4% entre 2000 e 2009.
"A sustentação do bom momento brasileiro depende agora da ampliação da oferta de empregos que sejam de maior remuneração", argumentou o presidente do Ipea.
Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 104
Estudo analisou renda e trabalho nos últimos 50 anos
Comunicado nº 104 foi divulgado nesta quinta-feira, 4, no Rio de Janeiro, pelo presidente do Instituto
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira, 4, o Comunicado do Ipea nº 104 Natureza e dinâmica das mudanças recentes na renda e na estrutura ocupacional brasileiras. O estudo foi apresentado na representação do Instituto no Rio de Janeiro pelo presidente Marcio Pochmann.
A análise cobre um período de 50 anos, abrangendo as transformações na estrutura social a partir dos anos 1960 até o momento atual, destacando as características das mudanças, suas causas e efeitos e a singularidade do momento recente.
Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 104