Estudo analisa a situação social do Rio Grande do Sul
Panorama traz indicadores em áreas como saúde, educação e trabalho e foi apresentado, em Porto Alegre
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta terça-feira, 31, o estudo A situação social nos estados: o caso do Rio Grande do Sul. O documento será divulgado pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann, na Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser ( FEE), na Rua Duque de Caxias, 1691, em Porto Alegre.
A pesquisa aborda áreas de interesse das políticas sociais: demografia, previdência social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, cultura, saneamento e habitação.
Neste e nos demais estudos da série, será possível comparar dados dos estados com as médias regional e nacional e descobrir, por exemplo, como está a evolução do Rio Grande do Sul em relação à renda domiciliar per capita, ao combate à mortalidade infantil, às taxas de homicídio e remuneração do trabalho. A publicação traz, ainda, um anexo com dados estatísticos de 34 indicadores, para que o leitor possa fazer suas próprias análises sobre a situação do estado de 2001 a 2009.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - Rio Grande do Sul
SIPS revela grau de confiança nas Forças Armadas
Pesquisa de percepção sobre a Defesa Nacional foi divulgada nesta quinta-feira, 26, em Brasília
O Norte é a região brasileira que mais confia nas Forças Armadas, revela a segunda edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS): Defesa Nacional, divulgado pelo Ipea nesta quinta-feira, 26. 55% dos moradores da região ouvidos pela pesquisa afirmaram ter muita ou total confiança nas Forças Armadas, enquanto 25% confiam razoavelmente. Apenas 19,7% confiam pouco ou nada.
Na média do Brasil, 49,6% indicaram ter muita ou total confiança e menos de 18% não confiam nada. Esta edição do SIPS trouxe ainda informações sobre a percepção do brasileiro em relação às funções das Forças Armadas e às condições oferecidas para que elas sejam exercidas.
Para a maior parte da população, o papel mais importante do Exército, da Marinha e da Aeronáutica é o “combate à criminalidade em conjunto com as polícias”, seguido da “defesa do país em caso de guerra”. Os dois itens obtiveram percentuais próximos: 58,1% e 55,4%, respectivamente. Logo depois vieram as “funções sociais” da Forças Armadas (“ajudar a população com serviços médicos e sociais e em caso de desastres naturais”), com 49,7%.
Os entrevistados avaliaram positivamente as condições dos equipamentos disponíveis para as tropas do país (48% acham bom ou muito bom o estado dos equipamentos e 29%, regular). Mesmo assim, foi generalizada a percepção de que é necessário investir mais na estrutura oferecida às Forças Armadas: sete em cada dez disseram que o orçamento militar deveria aumentar muito ou razoavelmente.
SIPS
O SIPS Defesa Nacional também questionou os entrevistados sobre a atuação do país em missões de paz da ONU e sobre as formas de contribuição da população em caso de guerra. Ao todo, foram ouvidas 3.775 pessoas, em 212 municípios, abrangendo todas as unidades da Federação.
“Um dos destaques dessa série de pesquisa sobre a Defesa Nacional foi o baixo índice de respostas enquadradas na categoria ‘não soube ou não quis responder’, o que indica que o entrevistado tem uma opinião consolidada sobre o assunto, mesmo que não tenha definições precisas de conceitos”, comentou Edison Benedito, um dos autores do estudo.
Leia a íntegra do SIPS Defesa Nacional (Parte II)
Veja os gráficos da apresentação sobre Defesa Nacional (Parte II)
Leia mais: SIPS avaliou percepção dos brasileiros sobre ameaças
Aumenta a interação do Estado com a sociedade
De 2002 a 2010, número de políticas públicas federais que contam com a colaboração social cresceu 64%
Em 2002, 11,5% dos programas sociais do Estado eram feitos em interação com a sociedade. Em 2010, esse percentual foi de 75,4%. O quadro evolutivo da participação social nessas formulações foram divulgadas na coletiva pública do Comunicado nº132 – Participação social como método de governo: um mapeamento das “interfaces socioestatais” nos programas federais, realizada na tarde desta quarta-feira, 25, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A apresentação foi feita pelo coordenador de Estudos sobre Estado e Democracia da Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), Roberto Pires, e pelo assessor Técnico da Presidência do Ipea, Murilo Pires
A principal motivação para que o estudo fosse feito, de acordo com Roberto Pires, é o reconhecimento que tem surgido nas últimas décadas a respeito da importância dos canais de participação social nas decisões sobre elaboração, implementação e monitoramento das políticas públicas do governo federal, principalmente nas áreas de saúde, assistência social e educação.
“Estudos passados do Ipea já vinham apontando o crescimento expressivo da colaboração social nos programas e do peso das conferências regionais voltadas para esses objetivos, mas trabalhos de mapeamento ainda são raros”, pontuou o coordenador.
Os dados que compõem o comunicado são oriundos do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento (SIGPlan) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que faz o acompanhamento dos Planos Plurianuais, de onde vêm os componentes da pesquisa. O período abordado é o compreendido entre os anos de 2002 a 2010. “Foi possível traçar a evolução do fenômeno na última década e construir o conjunto de dados que apontam como esses canais se distribuem nas áreas de atuação do Estado, e ainda como se dão os desempenhos desses canais”, disse Pires.
Desafio proposto pelo governo federal é estabelecer a participação social como integrante das atividades do Estado, para que essas atuações tenham mais legitimidade, sejam mais eficientes - por meio da proximidade dos problemas -, tornem o governo mais transparente, e criem mecanismos para que a sociedade controle as ações governamentais.
Tipos de inclusão
As ouvidorias criam canais permanentemente abertos, que são usados pelos cidadãos a qualquer momento, e aí o espaço de inclusão se dá de forma mais individualizada, ao contrário das outras formas, que são, por definição, coletivizadas. Os conselhos setoriais, que não acontecem rotineiramente, apresentam regularidade e frequência. As conferências, apesar de terem periodicidade ainda mais alargadas, têm sido mobilizadas de forma relevante na formatação de políticas públicas. No caso das audiências, fóruns, comitês e reuniões com grupos de interesse são mecanismos mais urgentes e usados para projetos específicos.
“Esses instrumentos existem na Constituição, mas estão sendo usados? O estudo permite perceber que sim, e essa ativação tem sido crescente”, avaliou Pires. Em 2010, 92,1% dos programas contavam com esses programas de relação com a sociedade, o que, em 2002 o total era de 60,4%. “Vários órgãos que não possuíam programas de interação, passam a praticá-los, principalmente devido a iniciativas surgidas nos poderes Legislativo e Judiciário”, completou.
Institucionalização
De acordo com Roberto Pires, conselhos setoriais, audiências e consultas públicas vêm se tornando os principais mecanismos de interação do governo com a sociedade no desempenho de seus programas. Ou seja, tem crescido o grau de institucionalização dessas interações, e reduzindo muito mecanismos mais informais.
Tipos de interface e natureza das políticas
Na área de proteção e promoção social estão os mecanismos que mais mobilizam conjuntos de interfaces com a sociedade, nas suas mais variadas formas. Além disso, eles se distinguem por mobilizar as formas mais públicas e coletivizadas, como conselhos e conferências.
Quando a temática é infraestrutura, nota-se a clara associação com outros instrumentos, ou mais individualizantes ou episódicos, que não têm constância, e ainda as ouvidorias. Já quando os programas tratam de desenvolvimento econômico, há baixa mobilização dos mecanismos de interface, “por serem programas menos porosos”, segundo Pires.
Efeitos
Sistematizando 1.370 respostas solicitadas a gerentes de programas, foi constatado que eles consideram que a interações são importantes para gerar transparência, adquirir informações, rever rumos de ações e metodologias e promover correções nos programas, além disso, eles reconhecem o papel de fiscalização das ações e controle de andamentos.
Para os projetos de proteção social, o quesito mais valorizado é da transparência; nas áreas de infraestrutura e desenvolvimento econômico, passa a ser o de aquisição de informação e de correção de metodologias.
Instituto divulga 2ª edição do SIPS Defesa Nacional
Sistema de Percepção Social (SIPS): Defesa Nacional será apresentado nesta quinta-feira, 26, em Brasília
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lança nesta quinta-feira, 26, às 14h30, a segunda edição sobre Defesa Nacional do Sistema de Percepção Social (SIPS). A pesquisa será divulgada pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann, e pelos técnicos de Planejamento e Pesquisa, Edison Benedito da Silva Filho e Rodrigo Fracalossi de Moraes, em Brasília (SBS, Qd. 1, Bl. J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo).
O SIPS Defesa Nacional ouviu 3.796 pessoas, em 212 municípios. A primeira parte da pesquisa, divulgada em dezembro, abordou a percepção do brasileiro sobre ameaças. Esta nova edição apresentará dados relativos à percepção sobre as Forças Armadas, o poder militar do Brasil e a inserção internacional do país.
As respostas dos entrevistados revelam, entre outros pontos, o nível de confiança da população nas forças armadas e a opinião dos brasileiros sobre os investimentos em equipamentos militares.
SIPS - O SIPS é um sistema de indicadores sociais que verifica como a população avalia os serviços de utilidade pública. Os dados apurados servem como guia para o setor público estruturar da melhor maneira suas ações. Já foram divulgadas edições sobre justiça, assistência social, educação, cultura, segurança, igualdade de gênero, bancos, mobilidade urbana, trabalho e renda, e saúde.
Leia mais: SIPS avaliou percepção dos brasileiros sobre ameaças
Veja os gráficos da apresentação sobre Defesa Nacional (Parte II)
São Paulo teve queda na taxa de homicídios
Estudo do Ipea sobre a situação social do estado também apresenta indicadores em áreas como saúde, educação e trabalho
Em sete anos, houve uma queda de 68% no número de homicídios de homens entre 15 e 29 anos no estado de São Paulo. Em 2001, a taxa era de 164,9 óbitos por 100 mil habitantes. Já em 2007, esse número diminuiu para 52,3. Este é um dos resultados do estudo A situação social nos estados: o caso de São Paulo, apresentado pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, nesta terça-feira, dia 24, na capital paulista.
A diminuição do número de óbitos por causas externas no estado é explicada, em parte, pela redução da pobreza e da desigualdade. Mas o presidente do Instituto também acrescentou a atuação de instituições públicas e da sociedade civil no combate à violência.
A pesquisa indica a redução da pobreza extrema no Brasil e também em São Paulo. No estado, 4,1% da população estava abaixo da linha da extrema pobreza em 2001, esse número diminuiu para 2% em 2009. Porém, ao analisar a situação da população rural de São Paulo, Pochmann alertou para uma realidade distinta entre 2006 e 2009. Neste período, a taxa de pobreza no campo aumentou.
“É um paradoxo. Ao mesmo tempo em que a renda da população rural aumentou, ampliou-se também a miséria", indicou. De acordo com Pochmann, a forte modificação tecnológica no setor rural de SP trouxe cargos que exigem mais formação e oferecem melhor remuneração, o que eleva a renda, mas também desemprega outros trabalhadores com menor escolaridade.
Renda e trabalho
Outra constatação do estudo é a maior vulnerabilidade de São Paulo em relação aos efeitos da crise internacional. Apesar de sua população ter maior renda domiciliar per capita (R$ 806,9, em 2009), comparada com a média nacional (R$ 631,7), o estado teve um crescimento da renda de somente 9,3% ao longo de 2001 e 2009; enquanto, no Brasil, o aumento real foi de 23,5% no mesmo período. São Paulo registrou também alto índice de desemprego, 9,34%, em 2009. No Sudeste esta taxa era de 8,6% e no Brasil, 8,2%.
A pesquisa, que faz parte de uma série de estudos sobre a situação de cada estado, apresenta como está a evolução de indicadores em outras áreas como a educação, saneamento e habitação, saúde, seguridade, cultura e demografia em São Paulo. O estudo traz, ainda, um anexo com dados estatísticos para que o leitor possa fazer suas próprias análises sobre a situação do estado de 2001 a 2009.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - São Paulo
Veja os gráficos da apresentação sobre a situação social em São Paulo
Estudo mapeia participação social nos programas federais
Comunicado do Ipea nº 132 foi apresentado nesta quarta-feira, 25, em Brasília
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira, 25, o Comunicado nº 132 – Participação social como método de governo: um mapeamento das “interfaces socioestatais” nos programas federais. O estudo será apresentado pelo técnico de Planejamento e Pesquisa Roberto Pires, pelo diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia, Alexandre Gomide, e pelo assessor técnico da Presidência do Ipea, Murilo Pires, na sede do Instituto, em Brasília.
A formulação, implementação e monitoramento das políticas públicas federais têm sido empenhadas, nas últimas décadas, em colaboração com grupos da sociedade e atores privados. O estudo fará um mapeamento dos tipos e formatos dessa interação constituída entre Estado e sociedade no âmbito dos programas desenvolvidos pelo governo federal.
Ipea analisa a situação social de São Paulo
Panorama em áreas como saúde, educação e trabalho foi apresentado nesta terça pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta terça-feira, 24/01, a versão paulista da série de estudos A situação social nos estados. O documento foi divulgado pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann.
O estudo aborda áreas de interesse das políticas sociais: demografia, previdência social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, cultura, saneamento e habitação.
Neste e nos demais estudos da série, será possível comparar dados dos estados com as médias regional e nacional e descobrir, por exemplo, como está a evolução de São Paulo em relação à renda domiciliar per capita, ao combate à mortalidade infantil, às taxas de homicídio e remuneração do trabalho.
A coletiva pública ocorreu no escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista. O estudo traz, ainda, um anexo com dados estatísticos de 34 indicadores, para que o leitor possa fazer suas próprias análises sobre a situação do estado de 2001 a 2009.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - São Paulo
Veja os gráficos da apresentação sobre a situação social em São Paulo
Diest pensa o papel do Estado na promoção do desenvolvimento
Em entrevista à Desafios do Desenvolvimento, diretor fala sobre o trabalho de sua equipe e parcerias firmadasAlexandre de Ávila Gomide, diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), concedeu entrevista à edição nº 69 da revista Desafios do Desenvolvimento, do Ipea. Nela, Gomide explica a atuação da diretoria, que produz estudos voltados à modernização e melhoria da gestão pública.
“A Diest trabalha em articulação com uma rede de pesquisadores, por meio do Programa de Mobilização da Competência Nacional para Estudos sobre o Desenvolvimento (Promob/Ipea), e em parceria com organizações governamentais e da sociedade civil, na realização de pesquisas, debates e análises de políticas públicas”, afirmou o diretor.
Confira a íntegra da entrevista do diretor da Diest à Desafios do Desenvolvimento
Situação social no ES teve avanços entre 2001 e 2009
Estudo apresentado em Vitória pelo presidente do Ipea contém balanço do desempenho estadual em nove áreasO Espírito Santo registrou, na primeira década do século, trajetória de melhoria em grande parte dos temas sociais analisados no estudo Situação Social nos Estados. O balanço foi apresentado nesta quinta-feira, dia 19, às 10h, pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, em Vitória. A coletiva pública ocorreu no Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com a presença do diretor do instituto, José Edil Benedito, do secretário de Saúde do estado, Tadeu Marino, e do secretário de Assistência Social e Direitos Humanos em exercício, Marcelo Pimentel.
José Edil deu as boas-vindas ao público que lotou o auditório do IJSN e afirmou que o foco da atual gestão no estado é a “erradicação da pobreza e distribuir os frutos do progresso que o Espírito Santo tem conquistado nos últimos anos”. “O Instituto Jones dos Santos Neves é um primo do Ipea nesse processo de trabalho para o desenvolvimento do país”, complementou.
O estudo analisa o panorama do estado nas áreas de demografia, previdência, renda, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda do trabalho, educação, saneamento e habitação, além de cultura. “O Espírito Santo reduziu a pobreza extrema de maneira mais rápida que o Brasil e a região Sudeste. De 2001 a 2009, ela caiu 67,5% no estado”, disse o presidente do Ipea. “A evolução da renda no campo foi fator importante para essa redução.” O estudo leva em conta a linha oficial de extrema pobreza adotada pelo governo federal, ou seja, renda per capita inferior a R$ 67,07 por mês.
Ele acrescentou que o Espírito Santo consegue diminuir a pobreza e a desigualdade ao mesmo tempo. “Em oito anos, o índice de Gini do estado caiu de algo próximo a 0,6 para 0,527, o que não é pouca coisa. Mas o índice continua maior que o do Sudeste e abaixo do brasileiro”. Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a desigualdade na distribuição do rendimento.
Segurança
Pochmann afirmou que a questão da insegurança no estado ainda precisa ser melhorada. O estudo revela que a taxa de homicídios masculina (número de mortes por 100 mil habitantes) para a faixa etária de 15 a 29 anos aumentou 17,3% entre 2001 e 2007. No Brasil, a taxa teve redução de 7% no mesmo período. Entre os pontos positivos, o presidente do Ipea destacou as áreas vinculadas a infraestrutura, como saneamento e habitação. “Educação e mesmo saúde avançaram, mas eu diria que os progressos são relativamente pequenos diante da herança que trazemos”, explicou.
O Espírito Santo praticamente universalizou o abastecimento adequado de água e o acesso à energia elétrica, mas a média de anos de estudo está abaixo da registrada na região Sudeste e empatada com a média nacional (7,55 anos). A taxa de mortalidade infantil, de 13,99 menores de um ano de idade mortos a cada mil nascidos vivos, é melhor que a observada no Brasil (20) e na região (14,6).
Em relação à renda domiciliar per capita, o Espírito Santo se aproxima da média da região Sudeste. “Em 2001, a renda era de R$ 473 no estado e R$ 647 no Sudeste. Desde então, a renda no estado evoluiu 33,4%”, disse Pochmann. “Mantido esse movimento, possivelmente daqui a 10 anos a renda domiciliar per capita do Espírito Santo será equivalente à da região Sudeste”. A pesquisa traz, ainda, dados sobre o acesso à internet no estado e a quantidade de telefones celulares.
Leia a íntegra do estudo Situação Social nos Estados - Espírito Santo
Veja os gráficos da apresentação sobre o estudo Situação Social nos Estados - Espírito Santo
Ipea analisa novos dados sobre mobilidade urbana
Segunda edição do Sistema de Indicadores de Percepção Social traz análise preliminar dos dados obtidos em 2011
Nesta quinta-feira, 19, foi realizada a coletiva pública do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) Mobilidade Urbana 2ª edição: Análise preliminar dos dados coletados em 2011, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. O estudo foi apresentado pelo técnico de Planejamento e Pesquisa Ernesto Galindo, pelo coordenador de Estudos Ambientais, Bernardo Furtado, e pelo assessor Técnico da Presidência do Ipea André Calixtre.
Galindo destacou que 64% da frota de veículos nos municípios da Região Norte é composta por motocicletas, e 28% de carros. Os dados da Região Sul são inversamente proporcionais: 65% de carros e 25% de motos.
A taxa de motorização, por consequência, segue a mesma lógica. Enquanto no Norte constata-se a menor taxa, 45 habitantes para cada veículo, no Sul a taxa é de 2 habitantes por veículo. O Nordeste apresenta 11 habitantes por veículo, e Sudeste e Centro-Oeste, 4 cada.
“Com o crescimento econômico, a mobilidade social é grande. Estamos em aumento da população, da produção e da venda de veículos, da posse de carros e motos, e do peso do transporte na inflação, pois as famílias têm gastado mais com transporte”, explicou Galindo. O técnico esclareceu que as entrevistas foram feitas tanto com quem é usuário de transporte público quanto quem não é, o que influenciou o resultado. “ Geralmente, quem usa avalia melhor do que quem não usa”, completou.
Recortes populacionais
Em geral, municípios com população abaixo de 100 mil habitantes têm percepção mais positiva que de centros maiores. Nas cidades entre 20 mil e 100 mil habitantes, 36% avaliam o transporte coletivo urbano como muito bom/bom, e nas cidades menores esse índice é de 39%.
Quanto à quantidade de informações divulgadas nos meios de comunicação na própria cidade, apesar da pouca diferença entre os recortes populacionais, a tendência de avaliação, de acordo com Galindo, é negativa. Na escala crescente dos recortes, a avaliação dominante, ruim/muito ruim, é 33, 34 e 37 pontos percentuais.
A maioria da população de municípios abaixo de 20 mil habitantes (52%) não se sente a vontade para usar transporte público. A situação se inverte no recorte médio e volta a ser predominante negativa nos municípios com mais de 100 mil habitantes, onde 36% responderam negativamente, contra 29%. Nessas cidades, 61% da população considera que não consegue ser atendida pelo transporte público quando necessitam.
O acesso ao transporte público foi considerado próximo da casa das pessoas entrevistadas em 75% das vezes, em cidades com população acima de 100 mil habitantes, enquanto nas menores cidades, o índice é de 49. “Isso é explicado pelo fato de a rede ser mais capilarizada em cidades maiores”, disse Ernesto Galindo.
Metodologia
O SIPS realizou pesquisa com 3.781 pessoas em 212 municípios brasileiros - um acréscimo de mil entrevistas em relação à edição anterior, 45% a mais que os 146 incluídos no estudo de 2010. A pesquisa evidencia as diferentes concepções que a população brasileira tem sobre a mobilidade urbana em seus diversos aspectos por tamanho populacional, frota por região e faixa salarial.