Ipea divulga índice de expectativas das famílias
A pesquisa, realizada em 3.810 domicílios, em mais de 200 municípios, foi apresentada nesta quinta-feira, em Brasília
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quinta-feira, 9, a décima oitava edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF). A pesquisa foi apresentada pelo assessor técnico da presidência, André Bojikian Calixtre, em Brasília.
O IEF é uma pesquisa estatística por amostragem realizada em 3.810 domicílios, em mais de 200 municípios. Abrangendo todas as unidades da Federação, com margem de erro de 5%, ele aborda temas como: situação econômica nacional; condição financeira passada e futura; decisões de consumo; endividamento e condições de quitação de dívidas e contas atrasadas; mercado de trabalho, especialmente nos quesitos segurança na ocupação e sentimento futuro de melhora profissional.
Leia a íntegra do Índice de Expectativas das Famílias de fevereiro
Ipea analisa situação social do Amazonas
Panorama em áreas como saúde, educação e trabalho foi apresentado nesta quinta, na Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quinta-feira, 9, a versão amazonense da série A situação social nos estados. O técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto Herton Ellery Araújo apresentou o estudo, às 10h, em coletiva pública na Secretária de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas, em Manaus (Rua Major Gabriel, 1870, Bairro Praça 14 de janeiro, auditório).
A publicação aborda áreas de interesse das políticas sociais: demografia, previdência social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, cultura, saneamento e habitação.
Neste e nos demais trabalhos da série, será possível comparar dados do estado com as médias regional e nacional e descobrir, por exemplo, como está a evolução do Amazonas em relação à renda domiciliar per capita, ao combate à mortalidade infantil, às taxas de homicídio e remuneração do trabalho.
O estudo traz, ainda, um anexo com dados estatísticos de 34 indicadores, para que o leitor possa fazer suas próprias análises sobre a situação do estado de 2001 a 2009.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - Amazonas
Veja os gráficos da apresentação sobre a situação social no Amazonas
Rendimento do trabalho é menos desigual no país
Estudo aponta que as regiões brasileiras vêm equilibrando a participação da renda do trabalho na renda nacional
A participação do rendimento do trabalho na renda nacional encontra-se em movimento de descentralização, em migração principalmente da Região Sudeste para o Centro-Oeste, o Nordeste e especialmente o Norte.
O Comunicado 134 – Evolucão da parcela do rendimento do trabalho durante a recente estabilidade monetária, apresentado nesta quarta-feira, 8, pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, na sede da entidade, em Brasília, aponta que a Região Norte apresentou o melhor desempenho no período analisado (1995 a 2009), em relação às demais regiões, pois cresceu 16,1% de 1995 a 2002, e 31,5% de 2002 a 2009.
De 1995 a 2002 houve grande queda da participação: naquele ano, quase metade da renda nacional era a renda do trabalho, 48%, e em 2002, esse percentual era de 42,4%. A partir de 2003, porém, iniciou-se um movimento de recuperação, chegando a 43,4% em 2009. Para o presidente do Instituto, as projeções confirmam que há continuidade do movimento de recuperação da participação total e também da descentralização.
Pochmann chamou atenção para a tendência de redução do grau de desigualdade entre as regiões, dado que a região Sudeste, que detinha 56,7% da participação da renda do trabalho na renda nacional em 1995, em 2009 apresentou participação de 50,8%. O Norte passou de 3,9 para 6 pontos percentuais, o Centro-Oeste, de 7,3 para 9,3 pontos, o Nordeste, de 14,5% para 16,1, e o Sul, de 17,6% para 17,8%.
O estudo reforça informações que são de conhecimento público, quanto à evolução da distribuição da renda no país na primeira década do século 21. “Tratamos da distribuição funcional da renda, não a pessoal, porque agregamos todas as formas de rendimento do trabalho, inclusive os rendimentos de trabalhadores informais e de empregadores”, informou Pochmann. Outras formas de renda, que são em geral rendas de propriedades, lucros e juros, não foram consideradas.
É evidenciado, no Comunicado, o comportamento dos distintos modelos econômicos que o Brasil adotou ao longo da década de 1990 e no começo do século 21. Naquele, o Brasil era uma espécie de trem puxado pelo Sudeste e Sul. O que não acontece agora, pois há maior descentralização.
O que amplia a participação do salário na renda nacional é o consumo, explica Pochmann. Isso possibilita, segundo ele, “enfrentarmos a crise internacional pelo mercado interno”.
Ipea analisa evolução do rendimento do trabalho
Comunicado do Ipea nº 134 foi apresentado nesta quarta-feira, em Brasília
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quarta-feira, 8, o Comunicado nº 134 – Evolução da parcela do rendimento do trabalho durante a recente estabilidade monetária. O estudo foi apresentado pelo presidente do Ipea, Márcio Pochmann, na sede do Instituto, em Brasília (SBS, Quadra 1, Bl. J, Ed. BNDES/Ipea, auditório do subsolo).
O estudo analisar o comportamento da parcela do rendimento do trabalho na renda nacional em três momentos distintos, nos anos de 1995, 2002 e 2009, tendo por referência o período recente da estabilização monetária, que resultou da implantação do Plano Real, em 1994.
Ipea analisa situação social no estado de Goiás
Panorama em áreas como saúde, educação e trabalho será apresentado nesta quarta, em Goiânia
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quarta-feira, 8, a versão goiana da série A situação social nos estados. O técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto André Calixtre apresentará o estudo, às 10h, em coletiva pública na sede do Conselho Regional de Economia (Rua 86, nº 617, Setor Sul).
A publicação aborda áreas de interesse das políticas sociais: demografia, previdência social, pobreza e desigualdade, saúde, seguridade, trabalho e renda, educação, cultura, saneamento e habitação.
Neste e nos demais trabalhos da série, será possível comparar dados do estado com as médias regional e nacional e descobrir, por exemplo, como está a evolução de Goiás em relação à renda domiciliar per capita, ao combate à mortalidade infantil, às taxas de homicídio e remuneração do trabalho.
O estudo traz, ainda, um anexo com dados estatísticos de 34 indicadores, para que o leitor possa fazer suas próprias análises sobre a situação do estado de 2001 a 2009.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - Goiás
Veja os gráficos da apresentação sobre a situação social no Goiás
Produtividade manteve-se estável entre 2000 e 2009
Os setores que mais se destacaram foram os da agropecuária, com 4,3% e da indústria extrativa, com 1,8%
Fotos: Sidney Murrieta |
O técnico de Planejamento e Pesquisa da Dimac, Gabriel Coelho, que apresentou o estudo e o assessor técnico da Presidência do Ipea Murilo Pires |
O Comunicado do Ipea nº 133 - Produtividade no Brasil nos anos 2000-2009: análise das Contas Nacionais concluiu que a produtividade do trabalho no país manteve-se praticamente estável entre 2000 e 2009, com variação anual de 0,9%. Os resultados foram apresentados nesta sexta-feira, em Brasília, pelo técnico em Planejamento e Pesquisa da Diretor Adjunto da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac), Gabriel Squeff.
De acordo com o pesquisador, para chegar a esses resultados foi utilizada a razão entre o valor adicionado, a preços constantes de 2000 na produção, e o número de empregados em cada atividade econômica no país. “Os setores que mais se destacaram foram os da agropecuária, com 4,3% e da indústria extrativa, com 1,8%”, disse. Gabriel acrescentou que no setor de serviços o avanço foi de 0,5%.
Para o pesquisador, o grande problema é a falta de inovação tecnológica, que estaria acontecendo na economia brasileira como um todo. Segundo ele, a manutenção desses resultados diante do atual cenário de crise econômica mundial é preocupante quando se almeja um desenvolvimento calcado na indústria e na sustentabilidade. Nesse aspecto, ele ressaltou que o Brasil necessita ampliar suas condições de competitividade externa.
Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 133
Ipea apresenta resultados e planos de trabalho
Sexta edição dos Encontros Ipea evidenciou a evolução produtiva do Instituto e revelou projetos para 2012
Fotos: João Viana e Sidney Murrieta |
Marcio Pochmann falou sobre os projetos do Ipea para 2012. A SAE esteve representada pelo secretário-executivo, Roger Leal (D) |
A trajetória positiva dos números referentes à produção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) foi observada nesta quinta-feira, 2, na sexta edição dos Encontros Ipea, uma cerimônia de prestação de contas e divulgação do planejamento para 2012. Durante o encontro, no auditório do Instituto em Brasília, foram revelados o Relatório de Atividades 2011, o Plano de Ação 2012-2013, o Plano de Trabalho 2012, além do Plano de Metas 2012, do Relatório das Articulações Institucionais do Ipea2011 e do Relatório de Atividades da Assessoria de Imprensa e Comunicação 2011.
Marcio Pochmann, presidente do Ipea, abriu os trabalhos reforçando que os relatórios mostram o esforço da casa no cumprimento das metas institucionais. “Estabelecemos um plano estratégico para o período de 2008 a 2011, e o momento é muito importante para termos uma visão das ações do Ipea como um todo”, disse. Pochmann evidenciou que a adoção do plano fortaleceu a instituição, que “se tornou mais forte e maior, com a estruturação de eixos temáticos que ajudaram a organizar o trabalho do Ipea”.
Pochmann ainda argumentou que desde a fundação do Ipea, em 1964, o Instituto realizou importante trabalho junto ao Poder Executivo federal. Nos últimos cinco anos, porém, “fizemos esforço para tornar o Ipea um órgão de estado republicano, com estudos que envolvem o Poder Judiciário, Senado, Câmara dos Deputados, com temas relevantes a todos esses poderes, como divisão territorial do país, código florestal, entre outros”, afirmou.
Outra vantagem do plano estratégico relatada pelo presidente foi a possibilidade de se constituir uma linha de fomento à pesquisa. “Hoje, Ipea, Capes e CNPq são as únicas entidades federais em condições de oferecer bolsas. Houve o enraizamento da nossa capacidade de produção com a rede de pesquisas realizadas por meio do fomento, tanto em âmbito municipal, como estadual, federal e internacional”, frisou.
Ainda em 2011, foram delineadas três diretrizes para o Ipea nos próximos anos: integração das informações e dados da República, para ampliar a capacidade de análise; fortalecimento do papel do Instituto como referência e elemento indutor da formação do conhecimento sobre desenvolvimento; e o reconhecimento e valorização do trabalho holístico e complexo, a fim de articular e compreender fenômenos de maneira mais ampla.
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O Coral do Ipea abriu a sexta edição dos Encontros Ipea e executou o Hino Nacional no auditório do Instituto, em Brasília |
Roger Leal, secretário-executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), representou o ministro Wellington Moreira Franco no evento. Ele parabenizou o trabalho do Ipea e reforçou que as diretrizes definidas fazem parte de um plano estratégico do governo federal para o fortalecimento do país.
Comparativos
Aristides Monteiro Neto, assessor de Planejamento e Articulação Institucional do Ipea, ressaltou que em 2011 a entidade passou pela reconfiguração de seu programa de trabalho. Entre os destaques, o fortalecimento da relação com entidades parceiras, por meio de acordos de cooperação, que passaram de 69 em 2007 para 167 no ano passado. Aristides ainda mostrou que em 2011 foram concluídos 288 projetos, contra 180 em 2010; lançados 119 Comunicados do Ipea e Notas Técnicas, contra 39 do ano anterior, entre outros dados que revelam a evolução do trabalho do Ipea.
O ano de 2011, segundo o assessor, proporcionou ao Ipea um fortalecimento institucional também devido à consolidação do Banco de Bases Estatísticas (BBE) e da intensificação dos Comunicados do Ipea, “que espelham muito das realizações das pesquisas cotidianas e facilitam o acesso do conhecimento a diferentes públicos”.
Cada um dos diretores do Ipea fez uma breve apresentação de suas metas e desafios para este ano, que compõem o Plano de Trabalho 2012. Eles ressaltaram a intensificação produtiva pela qual o Ipea vem passando, com a melhoria qualitativa e quantitativa de seus produtos, e com a maximização de parcerias com universidades, entidades da sociedade civil e administrações públicas.
Leia o Plano de Metas 2012 do Ipea
Leia o Plano de Trabalho 2012 do Ipea
Leia o Plano de Ação 2012/2013 do Ipea
Leia o Relatório de Atividades 2011 do Ipea
Leia o Relatório das Articulações Institucionais do Ipea 2011
Comunicado aborda a evolução da produtividade no Brasil
Estudo que foi divulgado nesta sexta, 3, também analisou a distribuição da produção e do emprego
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta sexta-feira (03), o Comunicado do Ipea nº 133 – Produtividade no Brasil nos anos 2000-2009: análise das Contas Nacionais. O estudofoi apresentado na sede do Instituto, em Brasília.
O Comunicado propõe-se a analisar a evolução da produtividade do trabalho e distribuição da produção e do emprego das diversas atividades econômicas entre 2000 e 2009. O estudo é feito no contexto da trajetória socioeconômica brasileira, buscando avaliar se houve melhorias e avanços em termos de crescimento econômico e na área social.
Incorporando os recentes dados relativos ao PIB de 2009 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados dessa avaliação serão apresentados pelo diretor-adjunto da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Claudio Amitrano, pelo técnico de Planejamento e Pesquisa da DIMAC/Ipea Gabriel Coelho e pelo assessor técnico da Presidência do Ipea Murilo Pires.
Veja os gráficos da apresentação do Comunicado do Ipea nº 133
Estudo revela progressos e desafios no PR desde 2001
O estado estabilizou taxas de analfabetismo e universalizou as de saneamento e acesso a energia
Fotos: João Viana |
Em Curitiba, Pochmann falou sobre temas como analfabetismo, saneamento, insegurança e renda do trabalho |
Na última década, o Paraná apresentou certa estabilidade na taxa de analfabetismo, com um leve aumento em 2006. Foi o que mostrou o estudo Situação social nos estados: o caso do Paraná, apresentado pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, nesta terça-feira, 1º de fevereiro, em Curitiba.
De acordo com o estudo, em 2001 8,7% dos paranaenses eram analfabetos, contra 7,1% dos sulistas e 12,4% dos brasileiros. Em 2009, essa situação sofreu leve alteração. Os analfabetos compunham 6,7% da população do estado, enquanto, no Sul e no Brasil eles representavam 5,5% e 9,7% das pessoas, respectivamente.
Dois aspectos bastante positivos da análise são a universalização do saneamento e o acesso a energia elétrica no campo. A cobertura de água encanada no Brasil aumentou, passando de 81,4%, em 2001, para 87,7%, em 2009. No Paraná, acessos adequados ao abastecimento de água ficaram além das médias nacional e do Sul.
Com relação à energia elétrica, o estado encontra-se em situação semelhante ao Sul, superando a média brasileira. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2009), o serviço está praticamente universalizado, inclusive na zona rural, onde o acesso atingiu 98% da população.
Aumento preocupante
“O Paraná não tem uma taxa que o coloque entre os primeiros do Brasil. Há estados com situação muito mais grave, mas o que preocupa exatamente é essa trajetória de elevação nesta primeira década do século”, disse Pochmann, no que diz respeito aos números que revelam um quadro de acirramento da insegurança do ponto de vista da taxa de homicídios entre jovens de 15 a 29 anos.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde, de 2001 a 2007 o estado apresentou um aumento de 62,2% nesse indicador, contra o crescimento de 41,8% ocorrido na região Sul como um todo. No caso do Brasil, a taxa caiu de 101,4 em 2001 para 94,3 em 2007, uma queda de 7%.
De acordo com Pochmann, de uma maneira geral, esse é um ponto delicado no Brasil, porque leva a crer que há um problema de insegurança pública. Mas quando se abrem os dados relativos ao tema, é possível ver que o que tem aumentado, na realidade, são homicídios de natureza diversa. “Na maior parte das vezes esses números refletem situações de conflito que ocorrem, por exemplo, no trânsito ou em conflitos familiares, que não necessariamente se expressam pela ausência de repressão policial”, explicou.
Vulnerabilidade à crise
Outro ponto destacado pelo presidente do Ipea tem relação com a vulnerabilidade do Paraná ante a crise internacional. Segundo ele, quando se compara as informações de 2008 e 2009, percebe-se que algumas unidades da federação apresentam maior vulnerabilidade à crise, particularmente no comportamento do mercado de trabalho. E, nesse aspecto, a exemplo de São Paulo, o estado teve um aumento mais substancial no desemprego.
“Isso possivelmente diz respeito à estrutura econômica, à relação que cada um destes estados tem com o comércio internacional e ao mesmo tempo com própria dinâmica econômica”, afirmou. Ele destacou que essas são informações que precisam estar ao alcance dos governantes, porque em um ano de agravamento da crise internacional, como é o caso de 2012, possivelmente ocorrerão impactos diferenciados no país.
Quanto à remuneração do trabalho, medida pelo rendimento médio do trabalho, o Paraná encontra-se em situação favorável à média nacional e próximo à da região Sul. O rendimento médio do trabalho foi de R$ 1.086,9 em 2001, enquanto que no Brasil essa média foi de R$ 1.039,41 e, no Sul, de R$ 1.091,2. Já em 2009, o estudo registrou R$ 1.239,5 no estado, R$ 1.116,39 no país e R$ 1.261,3 na região Sul. O aumento apresentado pelo estado foi de 14%, quando a média nacional teve um aumento de 7,4% e a regional de 15,6%.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - Paraná
Baixa produtividade no campo compromete renda no CE
Estudo que aborda a situação social no Ceará foi divulgado nesta quarta-feira, 1°, na capital FortalezaEm 2009, o rendimento médio do trabalho no Ceará era R$ 684,15, valor consideravelmente inferior à média nacional e abaixo até mesmo do rendimento da região Nordeste. Em compensação, outros indicadores sociais do estado melhoraram, na última década, mais rapidamente que no país e no Nordeste. A mortalidade infantil caiu de 35 por mil para 24 por mil entre 2001 e 2007. O tempo médio de estudo atingiu 6,5 anos no final de 2009, enquanto, na região, ficou em 6,34.
Esses dados estão na publicação Situação Social nos Estados: o caso do Ceará, divulgada nesta quarta-feira, 1°, durante coletiva pública na capital do estado, Fortaleza. Ela integra uma série de estudos que o Ipea está apresentando em várias cidades brasileiras nos meses de janeiro e fevereiro. Já foram lançados trabalhos com dados do Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná.
Para Herton Ellery Araújo, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, a baixa produtividade agrícola em regiões do interior do Ceará impede que os salários no meio rural cresçam e melhorem o rendimento médio do trabalhador do estado. "O salário médio no campo era cerca de R$ 300 na época, mesmo somando as rendas mais altas de grandes produtores. Não chegava ao salário mínimo. É preciso melhorar a produtividade das atividades econômicas", argumentou.
Araújo ressalta, no entanto, que mesmo em locais de baixa renda, as políticas públicas são capazes de melhorar a vida das pessoas. "O Ceará se destaca, no Nordeste, em redução da mortalidade infantil e aumento do número de anos de estudo. Isso é política pública. Ao mesmo tempo, está com a situação ruim no saneamento básico, problema que o Piauí soube combater, atingindo 80% de cobertura na zona rural", comparou.
Extrema pobreza
Apesar de ainda ter renda inferior à média brasileira, o Nordeste e também o Ceará observaram, na última década, uma redução acelerada no número de pessoas abaixo da linha da extrema pobreza (R$ 70 per capita). Os percentuais de extremamente pobres da região e do estado eram muito próximos em 2001, cerca de 22%, e percorreram trajetórias semelhantes, caindo para 11% em 2009.
"A renda melhorou e o desemprego caiu, isso foi decisivo para a redução da miséria. O aumento da cobertura previdenciária e as outras transferências de renda também ajudaram", analisou o técnico do Ipea. Em 2009, as transferências e benefícios sociais correspondiam a mais de 26% da renda domiciliar no Ceará.
Indicadores
Todos os estudos da série Situação Social nos Estados apresentam e analisam sinteticamente 19 indicadores principais de áreas da política social: emprego e renda, saúde, educação, demografia, seguridade, entre outros. Há ainda um anexo estatístico em que é possível combinar os dados de acordo com as necessidades do leitor, seja ele gestor público, pesquisador, estudante, etc.
"Notamos, dentro do Ipea, que faltavam dados acessíveis sobre o estados. A maioria das nossas análises cobriam apenas o país como um todo e as regiões. A intenção é facilitar a vida do professor universitário, do jornalista, de quem quer que esteja interessado na discussão desse assuntos", explicou Herton Ellery.
Leia a íntegra do estudo A situação social nos estados - Ceará
Veja os gráficos da apresentação sobre a situação social no Ceará