Potencial da biodiversidade foi tema de seminário
Publicado em 27/11/2009 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h54
Publicado em 27/11/2009 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h54
Potencial da biodiversidade foi tema de seminário
Especialistas se reuniram no Ipea para discutir a agenda ambiental, que ganha destaque com a proximidade da COP 15
Foto: Sidney Murrieta
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Participantes do seminário, realizado pelo Ipea, discutiram
os desafios e oportunidades da biodiversidade amazônica
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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) promoveu na terça-feira, 1° de dezembro, o seminário Potencialidades Econômicas da Biodiversidade Amazônica: Desafios e Oportunidades. O evento, promovido pela Coordenação de Meio Ambiente da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur), foi transmitido ao vivo pelos sítios do Ipea (www.ipea.gov.br e www.ipea.gov.br).
Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 15), este mês na Dinamarca, especialistas e pesquisadores de universidades e de órgãos de governo discutiram temas como os programas e projetos voltados para a biodiversidade; as políticas públicas para a Amazônia; a concessão de florestas e distritos florestais sustentáveis; as alternativas sustentáveis para a geração de energia e a eficiência dos Fundos Constitucionais.
O evento, realizado no auditório do Ipea em Brasília, contou com a participação do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Samuel Pinheiro Guimarães, do presidente do Ipea, Marcio Pochmann; da diretora da Dirur, Liana Carleial; e do coordenador de Meio Ambiente, José Aroudo Mota, além de representantes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e dos ministérios do Meio Ambiente; da Ciência e Tecnologia e dos Transportes.
Em entrevista à Agência Ipea, Guimarães apontou como principais desafios da região o combate ao desmatamento, a regularização fundiária, o zoneamento econômico da região, a demarcação das terras públicas e o conhecimento das riquezas do subsolo. “Hoje, apenas cerca de 15% de nosso território é conhecido do ponto de vista geológico. Desses 85% que não são conhecidos, grande parte se encontra na Amazônia. O conhecimento dos recursos minerais da Amazônia é extremamente importante”, ressaltou o ministro.
Segurança
O coordenador de Meio Ambiente do Ipea reforçou a fala do ministro e destacou que se deve concentrar reforços na Amazônia, não só de segurança militar, mas também de segurança científica, construindo laboratórios, escolas técnicas e universidades nas florestas. “É preciso descentralizar recursos de algumas áreas para a região amazônica, a fim de conhecer melhor as informações da floresta e transformar isso em recursos econômicos capazes de melhor a qualidade de vida da população local”, afirmou Mota.
O ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, defendeu que a melhor alternativa econômica sustentável para a Amazônia é a pesca e a aquicultura, com uma estimativa de 6 milhões de toneladas. Segundo ele, os fatores que justificariam essa escolha são o fato de a região ser a maior reserva de água doce do mundo, a existência de espécies nobres e diversificadas e de rápido crescimento, a rentabilidade da aquicultura por hectare ser muito maior que a produção de gado, a marca Amazônia ter um grande apelo comercial e, principalmente, a preservação da floresta.
A gerente de projeto do Ministério do Meio Ambiente, Nazaré Lima Soares, apresentou os resultados do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil. O projeto, implantado no Brasil com a contribuição dos países do G-7, Comissão Europeia e Holanda, tinha como objetivo gerar metodologias inovadoras para gestão, uso e proteção dos recursos naturais da Amazônia e da Mata Atlântica. O projeto terminou recentemente com avanços expressivos para o Brasil, como a demarcação de quase metade das terras indígenas na Amazônia.
O coordenador do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Imar César de Araújo, e o gerente executivo de concessões florestais do Serviço Florestal Brasileiro, Marcelo Arguelles, encerraram o painel da manhã.
Veja os gráficos sobre o Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais no Brasil
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