Suposta falta de engenheiros não é problema crônico
Publicado em 24/02/2010 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h46
Publicado em 24/02/2010 - Última modificação em 22/09/2021 às 04h46
Suposta falta de engenheiros não é problema crônico
Assunto é abordado no sexto Boletim Radar, que discute também a Lei do Bem e a reclassificação de propriedades agrícolas
Foto: Sidney Murrieta
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O diretor Marcio Wohlers, da Diset, fez a
apresentação do boletim
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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quarta-feira,
O primeiro artigo trata da possível escassez de engenheiros no mercado e de fatores que interferem no equilíbrio entre oferta e demanda deste tipo de profissional, como o crescimento econômico, a formação de novos engenheiros e a migração de funções. Segundo o técnico de planejamento e pesquisa Divonzir Gusso, a exploração da camada do Pré-sal vai exigir uma quantidade maior de engenheiros do que a existente hoje no Brasil. “Em compensação, essa área tem rentabilidade e usa tecnologia muito avançada, o que gera uma grande capacidade de recrutamento no exterior. A preocupação seria se houvesse excesso de engenheiros saindo do País para buscar emprego em outro lugar”, afirmou.
Para a outra autora do artigo, Junia da Conceição, o setor agrícola brasileiro traz uma dualidade: enquanto parte é modernizada e possui ganhos de produtividade altíssimos, outra parte está atrasada. “A criação do Pronaf, por exemplo, é uma alternativa para puxar esses agricultores que não participaram do processo de modernização para que eles possam, também, usufruir de ganhos de produtividade e possam, de fato, se inserir no mercado.”
O terceiro artigo trata dos incentivos fiscais previstos no capítulo 3 da Lei nº 11.196/05, conhecida como Lei do Bem, o mais abrangente instrumento fiscal de estimulo à inovação no Brasil. “O estudo mostra a relação entre a Lei do Bem e a atividade de P&D (pesquisa e desenvolvimento) no Brasil. Para as grandes empresas, a lei do bem ainda não foi capaz de alterar a distribuição setorial dos gastos em P&D existentes no País”, afirmou a autora, Graziela Zucoloto.
Veja os gráficos sobre propriedades agrícolas