Oficina da Code debate valorização do trabalho e seu papel na macroeconomia

Oficina da Code debate valorização do trabalho e seu papel na macroeconomia

Presidente e representantes da Central e da União dos Trabalhadores discutiram o tema na Conferência

Os trabalhadores e a macroeconomia foi o assunto debatido em uma das 88 oficinas da 1ª Conferência do Desenvolvimento, realizada pelo Ipea, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O evento reuniu no dia 25 de novembro Arthur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Carlos Gonçalves, secretário geral da Força Sindical, Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Lindolfo Luis dos Santos Neto, secretário de Finanças da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), e Eduardo Rocha, assessor da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Eles ressaltaram a relevância da publicação da Agenda para um Projeto Nacional de Desenvolvimento que aborda temas como a soberania, democracia e valorização do trabalho.

O secretário Lindolfo dos Santos destacou a importância de se remover os entraves do desenvolvimento nacional dentro dos temas da guerra cambial, das taxas de juros, da desnacionalização, da política industrial, da questão do pré-sal, e da independência nacional. Apontou a desnacionalizando da economia brasileira com o avanço crescente das multinacionais.

Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, “a classe trabalhadora é a força motriz do desenvolvimento econômico, mas nem sempre é beneficiada por ele.” Afirmou que o objetivo é despertar os sindicatos e a sociedade na luta pelo desenvolvimento social trabalhista, “fonte de igualdade e inclusão social”. Defendeu mudanças na política macroeconômica brasileira com reformas institucionais.


Valorização do trabalho

O presidente da CUT, Arthur Henrique, foi taxativo ao falar sobre a importância de se saber qual o modelo de desenvolvimento que queremos atingir em 2022. Lembrou a agenda principal do governo eleito quanto à erradicação da miséria e enfatizou a responsabilidade da fiscalização dessa agenda pelo grupo sindical. “Esse é o debate para o qual fomos eleitos; não só para sindicalizar, mas para lutar para que se cumpra a agenda. Somos a nona economia do mundo, e somos a décima em distribuição de renda”, disse.

O secretário João Carlos, Wagner Gomes e o assessor Eduardo Rocha (UGT) responderam as perguntas feitas por representantes de diferentes regiões brasileiras, por jornalistas e por cidadãos, que expuseram suas idéias de governo e os problemas de suas regiões.

“Quando eu era menino, aprendi que tinha três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Hoje creio que temos outros três: os bancos, o agronegócio e as empreiteiras”, comentou Eduardo Rocha. Ele concluiu o debate ressaltando a importância de reformas para que se possa cumprir a agenda de erradicação da pobreza e de desenvolvimento.