Moreira Franco assume como ministro da SAE

Moreira Franco assume como ministro da SAE

Samuel Pinheiro Guimarães passou o cargo ao novo titular, que destacou o papel do Ipea no desenvolvimento nacional

O novo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, tomou posse nesta terça-feira, 4 de janeiro, no auditório da SAE. Ele assumiu o lugar do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que ocupava essa função desde 20 de outubro de 2009.

Ao passar o cargo de ministro-chefe da SAE, Samuel cumprimentou o vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, presentes na mesa. Agradeceu aos ministros, ao presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e a todos os funcionários do Instituto e da SAE, “pela ajuda extraordinária”. Desejou sorte ao novo ministro para que encontre também “uma equipe dedicada, leal e trabalhadora” e entregou para ele a publicação Brasil 2022 que traz as metas do centenário do País. Destacou o esforço conjunto da elaboração desse plano estratégico “que contou com uma ampla consulta à sociedade, somando 60 mil pessoas, inclusive todos os parlamentares, ministros, ex-ministros e ex-presidentes”.

O embaixador também citou a função da Secretaria de sugerir ao governo opções de como enfrentar os desafios principais, como a questão da Amazônia, sua regularização fundiária, as tecnologias de informação e a energia nuclear. “Os primeiros estudos sobre bicombustíveis e banda larga surgiram na SAE”, destacou Samuel.

Ao final, disse que “não adianta velocidade, se não se sabe para onde se vai”. Por isso, enfatizou a importância da visão geral da nova presidente do País e de toda a administração contribuir com Dilma para definir esse rumo. “Alguns dos desafios são erradicar a pobreza, diminuir as vulnerabilidades externas e desenvolver o potencial do Brasil, tanto humano, quanto suas riquezas naturais e a estrutura produtiva”, concluiu.

Em seu discurso, Moreira Franco homenageou os ex-ministros da SAE, Mangabeira Unger e Samuel Guimarães, que “forneceram diagnósticos, orientações e caminhos aos órgãos de governo, melhorando a vida das pessoas e democratizando oportunidades”. Destacou também a contribuição do Ipea, que “é o patrimônio da produção acadêmica e intelectual, e traz uma rica reflexão dos caminhos para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”. O novo ministro ressaltou a liberdade de pensamento do Instituto, que, em plena ditadura militar, apontou a perversidade do crescimento econômico que aumentava a concentração de renda.

Moreira Franco disse que Dilma já definiu seu eixo governamental de erradicar a miséria, consolidar a classe média e fazer do Brasil a quinta economia do mundo. Diante de tais desafios que envolvem garantia de segurança, saneamento básico, educação, transporte de massa, qualificação da mão de obra e uma nova política de defesa, afirmou que é preciso montar uma estrutura de financiamento com parcerias público-privadas e o uso de ferramentas de capitais, para driblar a falta de recursos necessários.