Resultados do estudo TEEB foram divulgados no Ipea
Publicado em 24/03/2011 - Última modificação em 22/09/2021 às 03h54
Publicado em 24/03/2011 - Última modificação em 22/09/2021 às 03h54
Resultados do estudo TEEB foram divulgados no Ipea
Lançamento foi uma parceria do Instituto com o MMA, o PNUMA e a Conservação Internacional
Foto: Sidney Murrieta |
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O economista Pavan Sukhdev apresentou o estudo internacional TEEB sobre a economia da biodiversidade |
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Conservação Internacional (CI-Brasil) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) promoveram o lançamento dos resultados finais do estudo internacional A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB), realizado pelo PNUMA. O evento, realizado nesta quarta-feira, 23, no auditório do Ipea, contou com uma palestra do economista, assessor especial da Green Economy e líder do estudo TEEB, Pavan Sukhdev.
Pavan destacou o problema da invisibilidade econômica da natureza e o valor que se perde com a redução da biodiversidade. Apesar de os ecossistemas proverem uma série de serviços ambientais, como a polinização das abelhas, a disponibilidade de água limpa e ar puro, a produção de comida e combustíveis e a renovação do solo, esse capital natural é gratuito e, por isso mesmo, desvalorizado e destruído.
Outra constatação foi que os maiores dependentes do meio ambiente para a subsistência são as pessoas pobres, prejudicadas pela degradação do ecossistema. Por isso, o economista defendeu o desenvolvimento sustentável como aquele capaz de atingir as necessidades da sua geração sem comprometer a futura.
O estudo busca a integração dos conhecimentos especializados do campo da ciência econômica e ecológica, desenvolvendo a comunidade científica, promovendo pesquisas sobre o tema e divulgando os resultados para diversos públicos – governo, empresas e cidadãos. A proposta do Relatório TEEB Internacional é medir as perdas do capital natural nos biomas mundiais e os benefícios recebidos pela preservação do ecossistema, como o retorno de investimentos anuais em áreas protegidas.
Em novembro de 2010, durante a COP-10 em Nagoia – capital da província de Aichi no Japão, o quarto centro urbano mais populoso do país –, o relatório final do TEEB Internacional divulgou a perda anual de US$ 2 trilhões a US$ 4,5 trilhões no capital natural do mundo, resultante do desmatamento e da degradação do solo. Acredita-se que o manejo efetivo dos ecossistemas e da biodiversidade e a inclusão do capital natural na contabilidade governamental e empresarial podem começar a corrigir e reduzir os custos de perdas futuras.