Menos famílias estão endividadas, revela IEF
Publicado em 03/08/2011 - Última modificação em 22/09/2021 às 03h27
Publicado em 03/08/2011 - Última modificação em 22/09/2021 às 03h27
Menos famílias estão endividadas, revela IEF
Brasileiros continuam otimistas com o desempenho futuro da economia, mas com moderação na hora de consumir
Foto: Sidney Murrieta |
Pochmann: Famílias estão procurando reduzir suas dívidas |
A 12ª edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF), do Ipea, revelou uma diminuição no número de famílias brasileiras endividadas. No estudo, referente a julho, 52% dos entrevistados declararam não ter qualquer dívida, um aumento de 1,5 ponto percentual em relação ao mês anterior e o maior patamar registrado pelo Instituto desde agosto de 2010, quando a pesquisa começou a ser realizada. No primeiro IEF, pouco mais de 45% afirmavam não estar endividados.
Entre as famílias com algum tipo de conta a pagar, 47,% dizem ter condições de quitá-la em sua totalidade. Em junho, elas eram 45,8%. Houve uma redução de 0,8 ponto percentual na proporção de famílias sem condições de pagar suas contas (32,8%, em julho). A dívida média registrada pelo IEF teve ligeiro aumento. Passou de R$ 4.343,95, no mês anterior, para R$ 4.433,65.
“Os dados reforçam a noção de que as famílias têm boa capacidade de pagar suas dívidas. Passamos de um período de certa euforia para consumir para um momento de moderação, em que os brasileiros buscam reduzir suas dívidas”, explicou Marcio Pochmann, presidente do Ipea.
De acordo com o IEF, as famílias continuam otimistas em relação à sua situação financeira futura, mas diminuíram o entusiasmo com o desempenho da economia brasileira nos próximos doze meses. 53% ainda acreditam que a economia brasileira terá momentos melhores nos próximos 12 meses, mas esse patamar está quase quatro pontos percentuais abaixo do de junho. Por outro lado, 80,9% dos entrevistados esperam situação financeira melhor daqui a um ano.
“Os brasileiros continuam acreditando em melhoras porque não sentem que seu emprego está ameaçado, mas recebem informações sobre decisões do governo federal, como a elevação dos juros, e passam a não esperar um desempenho tão bom da economia como em anos anteriores”, afirmou Pochmann.
Na média dos fatores pesquisados, o IEF atingiu 63,5 pontos, dentro da faixa de otimismo. No mês anterior, havia registrado 64,1 pontos.