Consumo aparente da indústria avança 0,1% em maio

Consumo aparente da indústria avança 0,1% em maio
Indicador Ipea aponta alta na produção de bens de capital e bens de consumo duráveis, mas queda no setor de bens intermediários

O Indicador Ipea de Consumo Aparente (CA) da Indústria referente a maio apontou crescimento de 0,1%, na comparação com abril. Em relação a maio de 2016, a alta foi de 2,2%. O consumo aparente da indústria é definido como a produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações.

Com o resultado de maio, pelo 10º período consecutivo a variação acumulada em 12 meses desacelerou seu ritmo de queda: o recuo, que era de 4,2%, agora é de 3,1%. Como a produção doméstica medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) retraiu-se 2,4% nos últimos 12 meses, o desempenho do Indicador Ipea de Consumo Aparente da Indústria em maio voltou a revelar um escoamento líquido para o setor externo.

O volume importado de bens industriais aumentou 0,8% – primeira variação positiva em 33 meses –, enquanto as exportações acumularam elevação de 0,7% nos 12 meses terminados em maio de 2017.

Na análise por grandes categorias econômicas, os destaques positivos foram os bens de capital (alta de 2,9%) e os bens de consumo duráveis (alta de 8,9%). O setor de bens intermediários foi o único que não registrou aumento em maio (queda de 1,0%). Esse setor teve o mesmo desempenho negativo quando comparado a maio de 2016.

A indústria de transformação demonstrou uma recuperação modesta, com alta de 0,2% sobre abril. Onze das 22 atividades que compõem a indústria de transformação tiveram crescimento, entre elas a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com forte elevação de 12%, e a fabricação de produtos alimentícios, que avançou 7%.

Por sua vez, a indústria extrativa mineral sofreu uma retração de 2,2% em maio, após duas altas significativas: 13,3% em março e 4,2% em abril. Os números completos da pesquisa estão no Blog da Carta de Conjuntura do Ipea.