Atividade industrial fecha 2018 com resultado positivo, mas perde força no último trimestre
Publicado em 12/02/2019 - Última modificação em 22/09/2021 às 23h24
Publicado em 12/02/2019 - Última modificação em 22/09/2021 às 23h24
Atividade industrial fecha 2018 com resultado positivo, mas perde força no último trimestre
Indicador Ipea que registra a demanda por bens industriais no país foi divulgado nesta terça, 12, no blog da Carta de Conjuntura
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou crescimento de 3% em 2018, embora o resultado para o mês de dezembro tenha permanecido ligeiramente estável, avançando 0,1% na comparação com novembro. Com isso, o indicador apontou queda de 2,1% no quarto trimestre do ano passado. O autor da análise e pesquisador do Grupo de Conjuntura do Ipea, Leonardo Mello de Carvalho, explica que a demanda por bens industriais acompanhou a trajetória da produção interna da indústria: “Houve uma desaceleração no quarto trimestre, assim como ocorreu com o investimento”.
Basicamente, o indicador calcula tudo que foi produzido pela indústria no país, mas não foi exportado – ou seja, ficou para consumo interno (ou estoques) –, e adiciona as importações. Portanto, o consumo aparente é medido pela produção líquida das exportações, adicionadas as importações. Em dezembro, enquanto a produção líquida de exportações avançou 1,9% frente a novembro, as importações registraram maior oscilação, com queda de 5%. No encerramento de 2018, a produção líquida de exportações avançou 1,2%, e as importações, 11%.
Na análise das grandes categorias econômicas, o destaque ficou por conta do crescimento de bens intermediários em 2,5% no ano, avanço bem mais expressivo que o 0,4% registrado pela Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física, do IBGE, que considera apenas a produção interna. “Esses números sugerem uma maior contribuição das importações para a atividade industrial”, explica Mello. O ano de 2018 também foi marcado por um crescimento forte dos bens de capital (14,6%) e dos bens de consumo duráveis (7,9%).
Em relação ao consumo aparente setorial, as importações de plataformas de petróleo pelo Brasil ocorridas ao longo de 2018 impulsionaram o forte crescimento de 37,2% para o segmento “outros equipamentos de transporte, exceto veículo automotores”, no acumulado do ano. Veículos automotores (15,8%) e produtos farmoquímicos (12,5%) também foram destaques no fechamento do ano.
Acesse a íntegra do indicador
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