O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (2) a nova edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental, número 23. A publicação reúne estudos sobre políticas públicas voltadas para a agropecuária brasileira, além da análise de indicadores que aferem o desenvolvimento regional do setor.
Composta por ensaios, a primeira parte do boletim traz temas de desenvolvimento de políticas para a agropecuária a partir do olhar regional. Uma das políticas de maior capilaridade do setor agro no país, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), é analisado no texto “O Pronaf no Matopiba”. O estudo avalia dados da execução do programa em uma região de grande expansão recente no bioma Cerrado, nos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba), que conta com 289.943 estabelecimentos agropecuários.
No ensaio “Panorama da Diversidade Produtiva e de Renda na Agropecuária Brasileira: uma breve incursão nos dados do censo de 2017”, os pesquisadores exploram variáveis econômicas e sociais dos estabelecimentos, por Unidade da Federação. O texto, que dá suporte a outros ensaios do boletim, destaca os níveis de acesso a terra, serviços essenciais, tecnologias, e aspectos da multifuncionalidade e pluriatividade dos estabelecimentos. Além disso, apresenta também índices de produtividade do trabalho, de referencial de porte e de rendimento monetário por área colhida, que são bases das heterogeneidades no campo.
Entre os anos de 2012 e 2017, outro ponto alto apontado no Brua refere-se à resistência dos agricultores de pequeno porte, que, mesmo diante de uma grande seca e com baixíssimo acesso a serviços essenciais à produção – por exemplo, 92,7% não tiveram assistência técnica –, ocupam 73,8% da mão de obra em 72,9% das propriedades da região Nordeste.
Ao avaliar o processamento na agroindústria rural no país, o boletim traz, ainda, um ensaio que mostra que as Unidades da Federação com agricultura de menor porte (nas regiões Norte e Nordeste) e o estado do Rio Grande do Sul são as com maior percentual. A atividade, segundo o estudo, tem o valor da produção relativamente baixo, de R$ 14,8 bilhões, diante dos R$ 465 bilhões da agropecuária, em 2017.
Acesse a íntegra do Boletim Regional, Urbano e Ambiental
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