Foto: Helio Montferre/Ipea
Do trabalho voltado à emergência climática à atuação focada nas novas configurações geopolíticas globais, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) completa 61 anos, sendo referência na produção de conhecimento sobre as questões mais urgentes e relevantes que impactam a vida dos cidadãos brasileiros.
Com o objetivo de produzir, com base em evidências científicas, soluções para o desenvolvimento, a instituição realiza estudos, avaliações e atividades de assessoria com impacto para a efetividade das políticas públicas.
De acordo com a presidenta Luciana Mendes Santos Servo, as atividades desenvolvidas entre 2024 e 2025 demonstram a ampliação e atualização da atuação do Instituto, Entre essas atividades, estão as análises de público potencial do Bolsa Família e do Cadastro Único de Benefícios Sociais, além dos estudos para apoiar a unificação do conceito “família” utilizado no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Em parceria com a Secretaria-Geral da Presidência da República, o Ipea também está colaborando para que o IBGE amplie as categorias da CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e, com informações do Atlas do Estado Brasileiro, subsidiou decisões do Concurso Público Nacional Unificado e está contribuindo com sua avaliação.
Neste período, a instituição também realizou avaliações para apoiar as decisões do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), diversas atividades relacionadas ao Plano Plurianual e à Estratégia Brasil 2050 e apoiou o Ministério da Saúde na reformulação das parcerias de desenvolvimento produtivo. “Esses são alguns exemplos das mais de 300 entregas que o Ipea faz anualmente para cumprir sua missão de qualificar a tomada de decisão do Estado e o debate público”, ressaltou a presidenta.
Olhar para o futuro
Para materializar a estratégia institucional e continuar respondendo às necessidades do Estado e da sociedade, o Ipea elaborou um portfólio com 27 projetos sobre temas que estão em discussão na agenda pública. Há ações voltadas à avaliação de políticas públicas, à aferição do custo econômico do racismo, à elaboração de modelos de modelagem macroambiental, à investigação de dinâmicas sociopolíticas que debilitam as instituições democráticas, à análise do ambiente econômico e da produtividade brasileira, ao apoio a políticas públicas como de habitação e de meio ambiente, entre tantas outras.
A agenda internacional cruza com a ambiental e ganha destaque neste período em que o Brasil presidiu o G20, o BRICS e estará no centro das atenções mundiais com a realização da COP30 em Belém.
A emergência climática impõe um desafio sem precedentes à comunidade internacional, em que soluções isoladas não são suficientes: conter o aumento da temperatura global exige respostas conjuntas, construídas multilateralmente, em ritmo acelerado e com impacto efetivo, além de financiamento contínuo e sistêmico.
Neste contexto, o Ipea teve participação ativa no G20, sediando, aliás, o escritório brasileiro da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, e, no BRICS, liderando o grupo de think tanks dos países membros, que elaborou uma série de recomendações de políticas para os líderes.
Agora, a instituição organiza um evento de alto nível paralelo à pré-COP, que reunirá, nos dias 9 e 10 de outubro, especialistas nacionais e internacionais, representantes governamentais e da sociedade civil para debater os desafios de implementação da Agenda de Ação da COP30.
A iniciativa busca integrar ciência e política, fortalecer parcerias estratégicas e elaborar recomendações que qualifiquem a posição do Brasil na conferência, consolidando o papel do instituto como ponte entre conhecimento aplicado e formulação de políticas públicas.
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