Foto: Arquivo Pessoal Sérgio Ricardo
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) participou do simpósio internacional “Green BRICS, Golden Future”, realizado em 25 e 26 de maio na Universidade Renmin, em Pequim, China. Representando a instituição, o técnico de planejamento e pesquisa Sergio Ricardo De Melo Queiroz apresentou a palestra “Brazil: Sustainable Development, Global Cooperation, Inclusive Future”, na qual abordou os desafios e as oportunidades da transição ecológica no Brasil e a contribuição da governança em inteligência artificial para o desenvolvimento sustentável entre os países do BRICS.
“Em vez de apenas exportarmos hidrogênio produzido com equipamentos importados, queremos exportar produtos oriundos de uma indústria nacional de baixo carbono, como o aço verde”, afirmou Queiroz durante sua fala. Segundo ele, a inovação tecnológica será o diferencial para agregar valor aos produtos e garantir uma inserção mais qualificada dos países do Sul Global na nova economia verde.
Na apresentação, Queiroz destacou a atuação institucional do Ipea como representante oficial do governo brasileiro no Conselho de Think Tanks do BRICS (BTTC) e na Rede de Think Tanks para Finanças (BTTNF). Também ressaltou a presidência rotativa do Brasil no grupo em 2025, cujo lema é “fortalecer a cooperação Sul-Sul para uma governança mais inclusiva e sustentável”, com seis áreas prioritárias, entre elas a mudança do clima e a governança da inteligência artificial.
O pesquisador compartilhou as principais recomendações formuladas por especialistas brasileiros em IA, a partir de oficinas organizadas pelo Ipea, incluindo o fortalecimento da infraestrutura digital, o incentivo à criação de centros conjuntos de pesquisa entre os países do BRICS e a promoção de plataformas educacionais e de capacitação tecnológica para gestores, trabalhadores e cidadãos. “Uma abordagem coletiva para a inovação e o empreendedorismo pode posicionar o BRICS como referência global em progresso tecnológico democrático, ético e inclusivo”, afirmou.
Além disso, foi destacada a criação de uma equipe transversal no Ipea dedicada a acompanhar a implementação do plano nacional de transformação ecológica. Segundo Queiroz, o Brasil está particularmente bem-posicionado para liderar essa transição, devido ao seu alto potencial em energias renováveis, biodiversidade, produção de bioinsumos e grandes reservas de minerais estratégicos. “Esta transição é uma oportunidade decisiva para romper com os padrões tradicionais de subdesenvolvimento”, concluiu.
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