Desenvolvimento Regional

Ipea apoia MIDR no monitoramento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional

Projeto foi apresentado no Enanpur, em Curitiba. No quarto dia do evento, Ipea também participou de discussões sobre regiões metropolitanas, urbanização e enfrentamento à crise climática por territórios vulneráveis

Créditos: Sérgio Felipe da Silva/ Ipea

Desigualdades regionais altas e persistentes têm consequências como limitação territorial de empregos de qualidade; baixa resiliência climática, sanitária ou econômica em regiões periféricas; incentivo a atividades pouco sustentáveis ou predatórias. Para avaliar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que tem objetivo de reduzir essas desigualdades e criar oportunidades de desenvolvimento que resultem em crescimento econômico, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) tem uma parceria com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). 

O projeto foi apresentado nesta quinta-feira (22) no Enanpur, encontro de pesquisadores em planejamento urbano e regional, que está acontecendo em Curitiba. Participaram da discussão o coordenador de Desenvolvimento Regional do Ipea, Bruno Cruz, o coordenador-geral de Avaliação e Monitoramento do MIDR, Flavio Gonçalves, e a professora da Universidade Federal do Tocantins, Juliana Melo. 

Após detalharem questões relacionadas à aplicação dos fundos constitucionais de financiamento, à distribuição das atividades entre cidades e regiões e à abordagem que está sendo utilizada no trabalho, pesquisadores elencaram pontos para aprimorar o monitoramento e avaliação da política: a necessidade de haver convergência de indicadores entre diversos planos; a inclusão de instrumentos de gestão e governança na nova PNDR; a criação de indicadores diferenciados para cada região e de modelos lógicos específicos para instrumentos e programas setoriais,  entre outras. 

Regiões metropolitanas

No quarto dia do Enanpur, o Ipea também participou da sessão especial “Regiões Metropolitanas no Brasil: e assim se passaram mais de 50 anos”. O técnico de planejamento e pesquisa, Cleandro Krause, dividiu a mesa com Olga de Freitas (UFPR), Heloísa Soares de Moura Costa (UFMG) e Rosa Moura (Observatório das Metrópoles). 

Eles fizeram uma retomada dos estudos sobre regiões metropolitanas desde 1973 e apontaram os desafios que persistem para abordar o tema. 

Krause sintetizou pontos tratados no livro “50 anos de Regiões Metropolitanas no Brasil e a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano”, lançado pelo Ipea. Ele ressaltou que a prática da cooperação interfederativa e do planejamento metropolitano quase nunca é endógena: “Se não surgir de uma limitação do município em lidar sozinho com problemas que ultrapassam sua jurisdição, acaba surgindo por pressão externa (por exemplo, dispor do planejamento como pré-condição para acesso a recursos de financiamentos internacionais)”, explicou. O pesquisador também reforçou que o planejamento metropolitano continuado não se viabiliza sem uma fonte permanente de recursos.

Urbanização no Brasil e enfrentamento à crise climática

Para finalizar a participação do Ipea no evento, o diretor de Estudos Regionais, Urbanos e Ambientais, Aristides Monteiro, participa de uma sessão sobre reprimarização territorial, dinâmica regional e urbanização no Brasil. Também participam da discussão Hipólita de Oliveira (UFRJ), Denise Elias (UECE), Rosa Moura (Observatório das Metrópoles) e Lisandra Lamoso (UFGD). 

Paralelamente, os técnicos de planejamento e pesquisa Renato Balbim e Cleandro Krause conduzem uma discussão sobre territórios vulneráveis com foco no enfrentamento à crise climática, indicando inovações que podem ser feitas a partir das melhorias habitacionais. 

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