Economia. Desenvolvimento Econômico

Contas do governo central têm estimativa de déficit primário de R$ 5,4 bilhões em setembro

A receita líquida atingiu R$ 161,9 bilhões no mês, enquanto a despesa totalizou R$ 167,3 bilhões, um aumento de 1% na comparação com o mesmo período de 2023

Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (11), a estimativa preliminar do resultado primário das contas do governo federal em setembro de 2024. O estudo aponta déficit primário de R$ 5,4 bilhões no mês. No acumulado no ano, a avaliação é de déficit de R$ 105,2 bilhões, a preços constantes de setembro, ante o déficit de R$ 97,7 bilhões no mesmo período de 2023.

A receita líquida atingiu R$ 161,9 bilhões no mês, uma redução de 8,9% em termos reais, em comparação ao apurado em setembro de 2023. Já a despesa, totalizou R$ 167,3 bilhões, um acréscimo de aproximadamente 1% na mesma base de comparação.  O levantamento é feito a partir dos dados da execução orçamentária registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal.

Na receita total, setembro de 2024 registrou uma redução real de 4,4%, em comparação com o montante arrecadado no mesmo mês do ano passado. Essa queda observada se deu em função da arrecadação de receitas não administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), que tiveram uma queda real de R$ 28,4 bilhões (-60%), impactada pela arrecadação em setembro de 2023 de receitas extraordinárias relativas aos recursos do PIS/PASEP não reclamados no prazo superior a 20 anos, no montante de R$ 26 bilhões.

No acumulado até setembro, a receita total registrou um crescimento real, em comparação com o mesmo período de 2023, de R$ 131,7 bilhões (7,2%). As principais variações positivas ocorreram na receita administrada pela RFB, que teve alta de R$ 139,6 bilhões (12,5%), com destaque para o Imposto de Importação, com aumento de R$ 12,0 bilhões (27,9%), IPI, com crescimento de R$ 18,2 bilhões (40,5%), Imposto de Renda, com expansão de R$ 48,1 bilhões (9,0%), Cofins, com aumento de R$ 45,7 bilhões (20,1%), e PIS/Pasep, com crescimento de R$ 13,7 bilhões (21,0%).

Quanto à despesa total, houve um crescimento em setembro, em termos reais, de R$ 1,6 bilhão (1%) em relação ao mesmo mês de 2023, decorrente principalmente do aumento de despesas do item “Outras Despesas Obrigatórias” – crescimento de R$ 5,2 bilhões (24,3%) – e do menor volume de pagamento de despesas do Poder Executivo sujeitas à programação financeira – redução de R$ 2,9 bilhões (-6,8%).

No acumulado do ano até setembro, a despesa teve um crescimento real de R$ 100,7 bilhões (6,4%), em comparação ao mesmo período do ano passado, muito influenciada pelo pagamento de outras despesas obrigatórias e de despesas do Poder Executivo sujeitas a programação financeira, totalizando um crescimento real de R$ 77 bilhões (12,8%).

Acesse o estudo na íntegra

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