A 20ª edição do Seminário sobre Economia Mineira, mais conhecido como Seminário de Diamantina, ocorreu entre os dias 19 a 23 de agosto na cidade histórica mineira. O evento destacou temas como questões climáticas, geopolítica e energia, em termos de políticas públicas e no comportamento geral da sociedade. O encontro reuniu estudantes, especialistas e pesquisadores de todo o Brasil e do exterior. Entre os participantes estavam a presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Mendes Santos Servo, diretores e pesquisadores do instituto. Luciana, que também é ex-aluna do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), vinculado à Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), proferiu um discurso aclamado na mesa de abertura do evento.
“Vemos num país como o Brasil, inserido em um estado que é a cara do Brasil, um seminário que está num estado que é a cara do Brasil, essa necessidade de você abarcar essas diversidades, ao mesmo tempo trabalhar com problemas nacionais que são contínuos e contínuos de longo prazo. Estamos falando de desigualdades, de trabalho decente, de transformação produtiva, de uma demografia tão alertada, e a questão climática se coloca, a questão digital, a questão da inclusão efetiva de boa parte da sociedade brasileira com representatividade e diversidade”, reforçou a presidenta do Ipea.
A presidenta ainda destacou a necessidade contínua de transformação e avanço social no Brasil: “Sou a primeira presidenta negra do Ipea, num país que tem 56% da população negra e mais da maioria mulher. Então isso mostra tanto de transformação que a gente ainda tem que fazer, ao mesmo tempo que temos todos os desafios acumulados dos últimos séculos, não falando nem das últimas décadas. Mas o Brasil está avançando. A nossa democracia precisa muito da gente, o nosso estado precisa da gente e a nossa sociedade precisa da gente”, disse Luciana.
Sob o tema “Minas Gerais e o Brasil em um Mundo em Transformações: Formação do Pensamento Crítico para os Desafios do Mundo Contemporâneo”, o Seminário promovido há 42 anos pelo Cedeplar contou com debates e apresentações de trabalhos. Além disso, incluiu conferências, minicursos e mesas-redondas, organizados para discutir diagnósticos e elaborar cenários em torno do tema central.
Técnicos de planejamento e pesquisa do Ipea discutiram publicações do instituto que subsidiam políticas públicas em todo o país. No Encontro sobre Economia Mineira, que norteou o evento, a mesa “Atualidade da Questão Regional Brasileira: Dilemas e Desafios em Múltiplas Perspectivas” contou com a participação de Aristides Monteiro Neto, diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea. Em sua apresentação sobre políticas públicas e instrumentos, Aristides avaliou que “o sistema federal de financiamento produtivo apresenta elevada desigualdade territorial na aplicação de recursos, o que contribui para o tensionamento de posições, fortalece a posição do agronegócio e da classe política associada, e cria dificuldades para que a política regional trabalhe por maior complexidade e diversidade produtiva nas regiões-alvo da política”.
Também na programação, Fernando Gaiger Silveira, diretor de Desenvolvimento Institucional do Ipea, esteve na mesa sobre Desafios para a Inclusão Social. Já Túlio Chiarini, técnico de planejamento e pesquisa do instituto, discutiu a respeito da “Tecnologia e Sociedade: Explorando as Plataformas Digitais e suas Implicações na Economia, Sociedade e Governança Pública", ao lado de Denise Direito, especialista em políticas públicas e gestão governamental no Ipea. O tema "Macroeconomia do Desenvolvimento e Distribuição de Renda" foi debatido com a presença de Cláudio Amitrano, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea.
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