Vice-ministros de Finanças e vice-presidentes de Bancos Centrais do Grupo dos 20 receberam, nessa segunda-feira (22), recomendações de 13 grupos de engajamento do G20 focadas no financiamento sustentável e combate às mudanças climáticas. As propostas foram apresentadas em uma reunião inédita, realizada no Rio de Janeiro, entre os vice-ministros e vice-presidentes – chamados de deputies –, delegados da trilha de finanças do G20 e coordenadores dos grupos de engajamento. A presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Mendes Santos Servo, participou do encontro.
Os representantes dos grupos levaram aos deputies as recomendações, alinhadas às prioridades da presidência brasileira do G20, que vai até novembro. Entre elas, estão medidas para o financiamento sustentável e contra as mudanças climáticas; a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs); facilitação do acesso aos financiamentos para projetos de infraestrutura verde no Sul Global; medidas de redução do peso regulatório para pequenas e médias empresas e fortalecimento dos investimentos em mercados emergentes, bem como a criação de padrões para a taxação internacional e combate à evasão de divisas.
O Ipea, com apoio da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) e Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), coordena o Think 20 (T20) – grupo de engajamento que reúne centros de pesquisa e think tanks. Para Luciana Servo, reunir recomendações-chave para o G20 não foi uma tarefa fácil, mas o resultado mostra a importância do processo. “O nosso entendimento é de que o G20 tem um papel crucial de avançar em reformas muito necessárias na governança global e alavancar seus meios de implementação”, afirmou a presidenta do Ipea.
Com base nas recomendações das seis forças-tarefa do T20 e em consulta com os Conselhos Consultivos Internacionais e Nacionais, o Comitê Organizador do T20 Brasil delineou um conjunto de recomendações prioritárias transversais. Essas recomendações envolvem o apoio à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e financiamento adequado para ela. Isso inclui a necessidade de um sistema tributário mais progressivo, o respaldo à criação de um imposto mínimo global sobre indivíduos de altíssimo patrimônio líquido, bem como o imposto sobre corporações com alta poluição, além de reforço da cooperação internacional para combater a evasão fiscal.
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