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"Transformations towards Life Economy" foi um dos eventos paralelos do quarto encontro do Development Working Group (DWG) do G20 Brasil, organizado em parceria entre o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Research and Information System for Developing Countries (RIS), que aconteceu nesta quarta-feira (17/7), na sede do Ipea, no Rio de Janeiro.

O tema do evento foi a construção das economias LIFE, cuja sigla se refere a um Lifestyle for Sustainable Development, um estilo de vida em prol do meio ambiente. Esse é um tema que foi proposto no ano passado durante a presidência indiana do G20, e tema de uma das forças-tarefa do T20 Índia. “É um tema caro para o governo indiano e eles propuseram fazer esse evento paralelo sobre esse tema junto com o Ipea, aqui no Rio de Janeiro”, explicou o pesquisador do Ipea, André de Mello e Souza, que foi um dos palestrantes do evento.

A coordenadora do Grupo de Trabalho do Desenvolvimento do G20, Celeste Badaró, refletiu como as prioridades e os diferentes grupos de trabalho e forças-tarefa do G20 Brasil dialogam com os princípios de alto nível LIFE adotados pelo grupo de trabalho durante a presidência indiana. Em particular, ela destacou o papel da força-tarefa contra a fome e a pobreza como um eixo fundamental para garantir que a proteção do meio-ambiente seja integrada com o desenvolvimento, a redução da pobreza e a segurança alimentar.

Para Pooja Kapur, secretária adicional do G10 e sous sherpa do Ministério das Relações Exteriores do Governo da Índia, “é hora de usar esse poder que temos para redefinir o que significa progresso”. Para ela, o exagerado consumo de carbono e a poluição impactam o mundo em nossa volta e o planeta que queremos deixar para as futuras gerações, a solução está com a economia LIFE.  “Eu vim da Índia e eu posso lhes dizer que a importância do consumo sustentável é parte integrante da cultura e tradição indiana. Muitas vezes, as pessoas pensam que isso é por causa da pobreza, ou que isso é porque as pessoas não têm meios para se sustentar, mas isso não é verdade, é realmente cultural”, conclui.

Os painéis focaram na criação de um modelo econômico que promova um estilo de vida favorável ao meio ambiente. “Há questões sobre como indivíduos, governos e empresas têm que mudar suas práticas. Em nível micro, e claro, como é que questões também ligadas às mudanças climáticas impactam tudo isso”, continuou André de Mello.

O evento contou com uma ampla diversidade de participantes, como vários delegados do GT de desenvolvimento do G20, mas também acadêmicos, representantes de organizações da sociedade civil, de governos e outros especialistas que compartilharam suas experiências e pesquisas sobre a integração de práticas sustentáveis e a redução das desigualdades.

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