Reprodução Youtube Fundação Alexandre de Gusmão
Nesta sexta-feira (21), durante o seminário internacional "Brasil-México: Horizontes Compartilhados", Luciana Mendes Santos Servo, presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), trouxe à tona temas relevantes sobre as relações bilaterais entre Brasil e México. O evento, realizado em comemoração aos 190 anos de relações diplomáticas entre os dois países no contexto do Ano Dual Brasil-México, foi organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão, o Instituto de Relações Internacionais da USP, o Instituto Matías Romero e o Colégio de México.
Durante a apresentação, Luciana delineou um panorama promissor para a cooperação técnica bilateral, destacando três pontos cruciais: a Agenda 2030 e a gestão de recursos hídricos, biodiversidade e mudanças climáticas. "Aqui vamos nos concentrar em três pontos relacionados à nossa discussão. Pretendemos explorar quais agendas podemos expandir em cooperação técnica com nossos colegas mexicanos. Uma das questões em que o Ipea tem trabalhado há algum tempo é o suporte ao governo brasileiro na formulação e organização do relatório nacional voluntário sobre a Agenda 2030. Observamos que temos um formato de elaboração de relatórios muito semelhante ao do México", explicou.
Ela também enfatizou a importância da institucionalização e transparência na produção desses relatórios como pilares essenciais para o progresso das metas da Agenda 2030. "A institucionalização na produção dos relatórios nacionais voluntários e a transparência sobre o que os países estão fazendo em relação à Agenda 2030 são fundamentais. Quando falta essa institucionalização, os conselhos e comitês técnicos, a agenda deixa de ser transparente para a sociedade."
Além disso, Servo abordou os desafios enfrentados pelo Brasil, como a gestão de recursos hídricos, biodiversidade e mudanças climáticas, áreas que exigem políticas públicas integradas e sustentáveis.
"Também estamos engajados com a agenda da sustentabilidade dentro do G20 Brasil. Essa agenda é um desafio para todos os países nas discussões multilaterais, e dentro do G20, é destacada como uma força de trabalho especializada em mudanças climáticas e sustentabilidade ambiental", disse a presidente do Ipea. "O Ipea, o Cebri e a Funag estão colaborando como comitê organizador para trabalhar com think tanks do G20, conhecido como T20. Desde o início, chamou nossa atenção a baixa participação e engajamento de think tanks nacionais e latino-americanos no T20. Acredito que essa é uma discussão que vale a pena, dada a importância do G20."
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