Helio Montferre/Ipea
Debate público reuniu a sociedade civil, representantes do governo e renomados pesquisadores para discutir políticas urbanas e regionais durante o XII Seminário Nacional de Avaliação do Ensino e Pesquisa em Estudos Urbanos e Regionais (Sepepur) nesta quarta-feira (12), na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (FAU/UnB). O evento, que teve como tema “O lugar do desenvolvimento urbano e regional na retomada da política de pós-graduação brasileira”, focou na organização do campo de atuação e no papel social, político e cultural no Sistema Nacional de Pós-graduação. Com duas sessões especiais, mesas de debate e oficinas, o seminário teve como objetivo promover a qualidade de vida da população, reduzir as desigualdades sociais e incentivar o uso sustentável dos recursos naturais nos territórios.
Bruno de Oliveira Cruz, técnico de planejamento e pesquisa e coordenador de desenvolvimento regional do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), participou da mesa de debate “Perspectivas e novas fronteiras no Planejamento Urbano e Regional, uma visão recente do Ipea: Pesquisas, Cooperação e Inovação nas Políticas”, onde destacou a importância da integração do Ipea, nestas discussões. “O evento reúne vários coordenadores de planejamento urbano e regional, e o Ipea já tem relação com a Associação há tempo. É importante estreitar esses laços, é um espaço para mostrar o que o Ipea está fazendo, o que podemos contribuir com a Associação, com os cursos e coordenadores, porque aliado a esses eventos há vários cursos de mestrado e doutorado e pensamos o que podemos trabalhar em conjunto, na possibilidade de realização de pesquisas juntos”, detalhou ele.
Durante sua apresentação, Cruz apresentou a Plataforma Analítica do Investimento Federal, uma nova ferramenta que está sendo desenvolvida pelo Ipea. Essa plataforma facilitará o acesso a informações e tornará a transmissão de dados sobre investimentos públicos mais acessível, transparente e eficaz para diferentes públicos. “Vamos lançar a plataforma no segundo semestre deste ano”, anunciou. “Com ela conseguiremos regionalizar melhor os investimentos públicos do Orçamento Federal. Poderemos visualizar para onde está indo o recurso, fazer cruzamento com as funções orçamentárias, saber o que e em que está sendo investido o recurso e qual o tipo de investimento. Esse será o grande ganho dessa plataforma, conseguiremos ver a distribuição dos recursos por Estados. A plataforma permitirá uma série de avaliações, que facilitará o monitoramento e utilização dos dados”, pontuou.
Vanessa Gapriotti Nadalin, diretora-adjunta da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea, também participou da mesa de debates. Ela ressaltou a importância da agenda de pesquisa estratégica do Instituto “A agenda de pesquisa estratégica do Ipea na atual gestão é uma ideia para trabalhar, estudar, como trazer um desenvolvimento inclusivo, sustentável e democraticamente construído, na atuação do Instituto. O Ipea é um órgão de pesquisa voltado para o assessoramento do governo, então essa agenda estratégica envolve tanto o apoio às atividades de planejamento, mas também dentro de uma instância mais institucional de monitoramento”.
A presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, esteve presente na sessão de abertura e enfatizou a importância do debate sobre políticas públicas no Brasil: “Quando entrei no Ipea, há 26 anos, foi exatamente na Diretoria de Distritos Regionais e Urbanos, onde comecei minha carreira. Ao longo desse tempo, sempre colocamos o território no centro das discussões para realizar qualquer ação ou debate de políticas públicas no Brasil”, destacou Servo.
Servo também mencionou a construção de uma agenda ampliada para o Instituto: “A gente resolveu trazer uma discussão de como estamos construindo uma agenda maior do Ipea, que vai dialogar com a discussão de planejamento, de desenvolvimento e democracia. Poucas pessoas sabem, mas o Ipea trabalha internamente: somos vistos como uma instituição de pesquisa, mas também temos a importante função de transformar essas pesquisas em assessoria ao Estado brasileiro para políticas de desenvolvimento”, disse.
Luciana Saboia, coordenadora-geral do evento e diretora da Anpur, ressaltou a importância do evento. "O objetivo principal deste evento é abordar a política da pós-graduação brasileira. Qual é o papel do planejamento urbano e regional? Já iniciamos essa discussão como pré-evento com a mesa de debates do Ipea. Essa reflexão se estenderá a diversos campos de atuação. Portanto, a ideia aqui é menos de apresentações e palestras, e mais de oficinas, trocas e debates, que ocorrerão ao longo dos dias".
O evento, organizado pela Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur) e pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), ofereceu um espaço para discussão e reflexão sobre o futuro das políticas urbanas no Brasil.
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