Artigos sobre desigualdade de rendimento e o programa Bolsa Família estão na nova edição da revista Planejamento e Políticas Públicas (PPP), publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta terça-feira (05/03). A publicação número 65 é composta por oito artigos assinados por 24 pesquisadores. Esta edição traz uma diversidade de temas, desde a desigualdade de gênero até a estrutura econômica regional.
O editor e técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, Mario Jorge Cardoso de Mendonça, explica que os estudos abordam temas relacionados à economia, trabalho, meio ambiente e políticas públicas. Para ele, "a revista proporciona uma leitura enriquecedora, que contribui muito com o debate público e a sociedade, com uma linguagem acessível, sem perder o rigor científico".
O primeiro artigo, "Gap de Rendimentos por gênero no Brasil: o que mudou com a pandemia da Covid-19?", traz uma análise da desigualdade de rendimentos no mercado de trabalho, focando nos impactos da pandemia. Os autores exploram a persistência das disparidades de renda entre gêneros, evidenciando a necessidade de atenção contínua a essas questões.
Avaliando a mobilidade urbana, o segundo artigo, "Impacto dos Corredores de Ônibus na Velocidade de Outros Veículos em São Paulo", explora dados sobre os efeitos das faixas exclusivas de ônibus na dinâmica do trânsito em São Paulo, fornecendo subsídios práticos para políticas de transporte.
Já o terceiro estudo, "Avaliação de Impacto do Programa Bolsa Trabalho sobre a Inserção dos Jovens de Osasco-SP no Ensino Formal", avalia o impacto do Programa Bolsa Família na inserção dos jovens de Osasco, localizada na região Metropolitana de São Paulo, destacando a eficácia do programa no combate ao abandono e à evasão escolar.
O quarto artigo trata da "Dependência na Duração das Flutuações Econômicas no Brasil: evidências para o período 1947-2017". O estudo analisa a possibilidade de haver dependência na duração dos ciclos econômicos de produção no Brasil. A pesquisa investigou se as fases dos ciclos, como expansões e recessões, tendem a se prolongar ou encurtar ao longo do tempo. Para isso, os pesquisadores construíram uma série histórica do produto interno bruto (PIB) trimestral, abrangendo o período de 1947 a 2017, e aplicaram diferentes métodos estatísticos para avaliar a dependência na duração desses ciclos. Os resultados indicaram a presença de dependência positiva, sugerindo que as fases dos ciclos econômicos tendem a se prolongar.
A proporção do esforço dedicado pelos especialistas a cada uma das etapas do ciclo orçamentário é destacada no quinto artigo, intitulado "O Estado da Arte em Pesquisas sobre Orçamento Público Brasileiro após o Novo Regime Fiscal", que traz uma revisão bibliográfica sobre o orçamento público brasileiro, destacando as áreas mais abordadas pelos especialistas e identificando lacunas importantes para futuras pesquisas.
A relação entre políticas ambientais e prevenção de desastres é analisada no artigo "A Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais Está Disposta a Prevenir Desastres?". Os autores abordaram a eficácia da recém-regulamentada Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. O estudo evidencia a inclusão dos serviços ecossistêmicos de regulação que contribuem para a redução do risco de desastres (RRD) nessa legislação.
Avaliando a implementação da Estratégia NutriSUS, a pesquisa "Estudo Quali-Quantitativo sobre a Implementação da Estratégia Nutrisus: a experiência de quem fez" destaca os desafios e as oportunidades na busca por diminuir a prevalência de anemia infantil. Finalizando a edição, uma análise detalhada da estrutura econômica da região Nordeste e seus estados oferece um panorama do desenvolvimento da região.
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