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Mulheres de carreiras do Estado debatem equidade de gênero no serviço público brasileiro

Presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, participou da abertura do 1º Encontro Nacional de Mulheres de Carreiras de Estado, nesta segunda-feira (13/11), na sede da Enap

Helio Montferre/Ipea

Pela primeira vez, mulheres integrantes de carreiras se reuniram para discutir e formular propostas para enfrentar os desafios comuns à construção de uma agenda de paridade e equidade de gênero para a administração pública brasileira no nível federal. O evento, realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) nos dias 13 e 14/11, apresentou questões fundamentais relacionadas ao acesso, promoção e permanência de mulheres no serviço público, considerando as interseccionalidades de raça, geração, identidade de gênero e capacidades. O encontro ampliará a representatividade feminina nas instâncias públicas e em foros de decisão.

Participaram da abertura do encontro as ministras da Gestão e da Inovação (MGI) de Serviços Públicos, Esther Dweck, das Mulheres, Cida Gonçalves, da Igualdade Racial, Anielle Franco, a secretária executiva da Comissão Interamericana de Mulheres da OEA, Alejandra Mora Mora, e a representante da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino. Durante a atividade, aconteceu a assinatura de adesão ao Protocolo de Intenções entre o Ministério das Mulheres e a Enap, além da adesão da Enap à rede Equidade, fortalecendo o compromisso institucional com a promoção da igualdade de gênero.

A primeira mesa abordou a “Representação de Mulheres no Serviço Público” e contou com a apresentação da presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, que apresentou um estudo com os dados sobre a presença de mulheres na administração pública. Servo mostrou os números que revelam o progresso e os desafios enfrentados pelas mulheres no Executivo Federal. Para ela é preciso pensar em cotas para mulheres quando se discute o acesso, “se há um teto de vidro (invisível) para a ascensão das mulheres, se for mulher negra, esse teto é de concreto”. Márcia Lima, secretária de ações afirmativas do Ministério da Igualdade Racial, acredita que mesmo uma gestão progressista como a atual, não está pronta para lidar com a presença de mulheres negras em espaços de liderança. A última debatedora foi Salise Sanchotene, conselheira do CNJ e Desembargadora no TRF 4a. região.

Durante os dois dias do evento, foram debatidos assuntos como “Diagnóstico da Situação das Mulheres em Carreiras de Estado”, “Que Reformas Precisamos Empreender para Alcançar a Equidade de Gênero? ”, além da realização de oficinas de trabalho para avançar em soluções práticas para propor a melhoria da equidade no serviço público. 

O encontro representa um marco importante na busca pela equidade de gênero no serviço público brasileiro. A expectativa é que, a partir desta primeira edição, mais carreiras do Executivo e mulheres atuantes nelas se unam para enfrentar desafios coletivos e impulsionar mudanças positivas. O esforço conjunto em prol da equidade continuará a ser uma prioridade nas edições futuras do evento.

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Ipea participa do 1º Encontro Nacional de Mulheres de Carreiras de Estado