Cooperação Internacional. Relações Internacionais

Think tanks internacionais vão elaborar propostas para o G20 que será presidido pelo Brasil em 2024

Ipea, Funag e Cebri fizeram reunião introdutória com think tanks internacionais para apresentar as atividades previstas para o T20 Brasil e como podem se engajar

Helio Montferre/Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) realizaram na quinta-feira (26/10) uma reunião virtual introdutória que marcou o início do esforço colaborativo para o T20 Brasil. Este encontro foi o primeiro passo em direção à formação do Conselho Consultivo Internacional do T20, que vai auxiliar o comitê organizador do T20 Brasil no engajamento dos think tanks internacionais com vistas a elaborar recomendações para a próxima cúpula do G20, que será presidido pelo Brasil em 2024.

A reunião virtual, transmitida via plataforma Webex e pelo canal do YouTube do Ipea, reuniu palestrantes como Luciana Mendes Santos Servo, presidenta do Ipea, a embaixadora Marcia Loureiro, presidente da Fundação Alexandre de Gusmão, Luciana Muniz, diretora de projetos do Cebri, e Fabio Veras Soares, diretor de Estudos Internacionais do Ipea.

O T20 Brasil surge como um grupo de engajamento do G20 e uma plataforma de colaboração única, reunindo think tanks e centros de pesquisa nacionais (da presidência rotativa do G20) e internacionais, com o objetivo de propor soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios globais que afetam a comunidade internacional. Os encaminhamentos da reunião incluem a solicitação aos think tanks para manifestarem interesse em representar seu país no comitê consultivo internacional, para sugerirem sub-tópicos a serem discutidos nas seis forças-tarefa do T20 Brasil e para manifestarem interesse em coordenar os trabalhos em torno de um sub-tópico específico.

A presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, destacou a importância da parceria na formulação de políticas e na promoção de soluções globais. Ela observou que “os think tanks do Sul global têm uma oportunidade única para ajudar na formulação de políticas e na promoção de soluções para o planeta, e as contribuições são importantes para enfrentar desafios complexos que transcendem as fronteiras nacionais”.

A embaixadora Márcia Loureiro, da Funag, apresentou a forma de funcionamento inovadora do T20 Brasil, que contará com dois comitês consultivos, um nacional e outro internacional. “Queremos garantir a participação de novas vozes na composição desse grupo, para que as propostas sejam inovadoras”, explicou a embaixadora.

O diretor de Estudos Internacionais do Ipea, Fabio Veras, enfatizou o foco do T20 Brasil em influenciar a cúpula do G20 que acontecerá no Brasil em 2024. Ele reforçou que think tanks, instituições de pesquisa ou representantes de outros grupos de engajamento do G20 interessados em participar do Conselho Internacional do T20 Brasil devem enviar as propostas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Uma comunicação será enviada aos think tanks estabelecendo o prazo de 6 de novembro de 2023 para a expressão de interesse.

Luciana Muniz, diretora de projetos do Cebri, lembrou que o website do T20 Brasil será lançado no final de novembro e um espaço dedicado à formação de uma comunidade de think tanks será estabelecido para facilitar parcerias inter-países e interinstituições na produção de policy briefs e construção conjunta de propostas para o G20.

As discussões do T20 Brasil abrangem seis forças-tarefa, alinhadas com as prioridades da presidência brasileira do G20. Entre essas forças-tarefa, destacam-se o "combate à desigualdade, fome e pobreza" e "ação climática sustentável e transições energéticas justas e inclusivas". Temas como "reforma da estrutura financeira internacional", "comércio e investimento para o crescimento sustentável e inclusivo", “transformação digital” e o “fortalecimento do multilateralismo e da governança global” foram abordados durante a reunião.

O projeto vai ampliar o impacto das recomendações e opções de políticas propostas pelo T20 Brasil. O Comitê Organizador promoverá um diálogo construtivo com os representantes oficiais dos governos envolvidos nos grupos de trabalho das trilhas Sherpa e de Finanças. Algumas das sugestões dos participantes para os subtópicos incluíram temas como financiamento para a mudança climática e soluções baseadas na natureza, mudança climática e saúde.

O T20 Brasil consolida-se como uma plataforma de colaboração única, unindo esforços para enfrentar desafios globais e influenciar positivamente a agenda do G20. A cúpula de 2024 promete ser um marco nas discussões internacionais, com o Brasil desempenhando um papel de liderança na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para os problemas do mundo. O T20 Brasil apresenta-se como um espaço de diálogo e cooperação que pretende moldar um futuro global mais promissor.

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