Simone Tebet: Ipea tem papel decisivo no planejamento que vai dar rumo ao país
Ministra ressaltou a parceria e a contribuição do Instituto naquele que foi o Plano Plurianual mais participativo da história
Publicado em 28/09/2023 - Última modificação em 29/09/2023 às 09h14
Albino Oliveira/Ipea
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, apontou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) como “parceiro decisivo” na elaboração do Plano Plurianual (PPA). O documento é uma das leis orçamentárias previstas na Constituição Federal e instrumento fundamental de planejamento de médio prazo do governo. A ministra esteve presente, na manhã desta quinta-feira (28), da solenidade de apresentação da Agenda Estratégica do Ipea para o período que vai de 2024 a 2026. O intervalo tem uma importância simbólica para o Instituto, já que a entidade completará 60 anos de sua fundação em 2024. Ao lado da presidenta do Ipea, Luciana Mendes Santos Servo, a ministra saudou a importância da construção em torno do PPA.
O Ipea, disse a ministra, foi parceiro decisivo na elaboração do PPA e para que pudéssemos apresentar o PPA mais participativo da história do Brasil. Também acrescentou: "É bom ressaltar aqui dentro do Ipea o quanto vocês foram importantes para esse processo. Já entregamos muito nesses seis meses. Entregamos, graças ao Ipea e ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um PPA que dá rumo aos próximos quatro anos, sobre o Brasil que queremos nos próximos quatro anos”.
Tebet assinalou que a tarefa, a partir de agora, é responder às demandas mais sensíveis da população brasileira. “O combate à fome, a geração de emprego e renda com carteira de trabalho, e os recursos necessários para as obras de infraestrutura, especialmente para o Minha Casa, Minha Vida. É um projeto muito caro para as mulheres, para as mães. Para que elas possam ter um teto para morar e chamar de seu. Isso tudo passa pelo trabalho do Ipea, do IBGE e do Ministério do Planejamento”, acrescentou a ministra.
A presidenta do Ipea destacou a importância da recriação do Ministério do Planejamento. “Sentimos muito a ausência do Ministério do Planejamento. O retorno do planejamento como atividade para o centro do governo é um aspecto motivador de toda a discussão que fazemos, de uma agenda que pensa uma outra forma de organização desse Estado. Essa parceria com o Ministério do Planejamento é um dos grandes destaques dessa agenda que apresentamos hoje”, declarou Luciana durante a solenidade.
A perspectiva de construção de pontes e parcerias é, segundo Luciana, um estímulo que norteia a própria agenda estratégica do Ipea, apresentada oficialmente nesta manhã. “O motivador dessa agenda que apresentamos é pensar de forma estratégica como vamos construir essa parceria com o ministério e todas as demandas que temos, que vêm de outros órgãos do setor público. Essa apresentação tem esse objetivo, trazer o resultado da discussão dos últimos seis meses e pensar um processo de organização e coordenação de 2024 a 2026”, resumiu a presidenta do Ipea.
A secretária Leany reforçou o coro da ministra sobre ter o Ipea como um parceiro no contexto de elaboração do PPA. Ela falou brevemente sobre o histórico recente de resgate do ministério e da relação com o instituto. “Foi muito importante, ao chegar, ter o Ipea como grande parceiro. A participação dos membros do Ipea nas 125 oficinas. Tenho de agradecer”.
Agenda estratégica 2024-2026
Perguntada sobre a agenda estratégica do Ipea e já falando sobre a perspectiva da apresentação realizada pela presidenta da entidade, a ministra respondeu que há convergência e sintonia com a agenda estratégica do governo. "Primeiro, porque a agenda do governo foi feita e elaborada em parceria e com o apoio do Ipea. Pelo menos essa agenda de médio prazo. Não só a nossa, do PPA, quanto a agenda de planejamento estratégico para 2024-2026. Aproveito para parabenizar a diretoria colegiada do Ipea. Essa apresentação foi feita como fruto do trabalho de vocês e é impactante para quem olha. Um órgão que tem uma importância tão grande, com uma estrutura tão pequena, ser capaz de apresentar tanto em tão pouco tempo. Não é para qualquer um”, avaliou a ministra.
Ao longo da apresentação do documento do Ipea, Luciana explicou que o trabalho foi realizado a partir de algumas questões que vêm sendo debatidas há muito tempo pela entidade, como o desenvolvimento sustentável e inclusivo, por exemplo. “Nesta conjuntura, quisemos reforçar que o desenvolvimento vai muito além de uma discussão econômica stricto sensu. Economia é uma parte do desenvolvimento. A inclusão e a sustentabilidade são fundamentais. É muito difícil construir um processo de desenvolvimento sem pensar em como vai funcionar e em qual regime trabalhamos, que é uma democracia. Então, rediscutir a democracia e recolocar as questões democráticas era algo fundamental para nós. Por isso, nosso chamado desta agenda tem esse destaque, que é o trabalho para uma agenda de desenvolvimento inclusivo, sustentável e democraticamente construído”, disse a presidenta.
Luciana lembrou ainda como os resultados do novo Censo Demográfico representam novos desafios para o planejamento estratégico do país. Não só na discussão com o Ministério do Planejamento, mas no diálogo direto com o IBGE. “Temos de pensar quais são as questões que o censo trouxe depois de anos de trabalhos feitos a partir de dados de 2010. Para fazermos nossas análises, temos todo um novo conjunto de informações, mas, mais do que isso, um conjunto de desafios para pensar”. A presidenta do Ipea salientou questões com o envelhecimento populacional que, segundo ela, deve ser visto como uma oportunidade.
Concurso do Ipea
Ao final da solenidade, a presidenta do Ipea ressaltou respeito institucional da ministra para com o Ipea: “Esse respeito que a ministra Simone Tebet tem demonstrado pelo Ipea tem sido fundamental. É um respeito imenso. Queria reforçar um dos respeitos que é entender que precisamos de um concurso. Assim que a gente sentou aqui, ela falou que compreendia. Já foi enviado o projeto da carreira e temos de avançar porque essa questão da carreira é um outro aspecto. Então, tem coisas institucionais, para além da agenda estratégica, que são fundamentais para a instituição funcionar. Temos tido o apoio da secretaria executiva e da ministra para construir essa instituição mais fortalecida, não só na sua agenda externa, mas na sua discussão interna”, disse Luciana.
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