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Inteligência artificial, agricultura familiar e infraestrutura são temas da nova edição do Boletim Radar

Um dos artigos trata da empregabilidade em setores beneficiados pela desoneração na folha de pagamento

Helio Montferre/Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou, nesta segunda-feira (4/9), um seminário para o lançamento da 73ª edição do Boletim Radar, que traz cinco artigos com foco nos seguintes temas: infraestrutura, mercado de trabalho, inteligência artificial, agricultura familiar e financiamento do desenvolvimento. Marcos Hecksher, pesquisador do Ipea e autor do artigo “Os setores que mais (des)empregam no Brasil”, faz uma análise da evolução setorial da dinâmica do emprego formal e informal no país. Apesar da aprovação recente da Câmara para o projeto que prorroga a desoneração da folha salarial de 17 setores da economia, Hecksher comprova, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, que os desonerados cortaram postos de trabalho formais nos últimos 10 anos, enquanto outros setores não beneficiados pelo projeto empregaram mais neste período.

Na abertura do evento, Fernanda De Negri, diretora de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulamento e Infraestrutura (Diset), apresentou os trabalhos e reforçou que “o boletim é um dos principais veículos de comunicação com os resultados das pesquisas que estamos produzindo. Acaba sendo um pou-pourri dos trabalhos da diretoria e de outras que tenham temas correlatos”. E encerrou dizendo que “é um prazer estar aqui hoje, na retomada dos trabalhos do Radar”.

O pesquisador Mauro Oddo Nogueira é o novo editor do Radar do Ipea. “Espero cumprir o propósito de oferecer uma publicação que apresente, de forma direta, concisa e de fácil leitura, resultados dos estudos Ipea que tenham como foco os temas de inovação e tecnologia, regulação, produtividade, estudos setoriais, infraestrutura e, daqui em diante, com especial preocupação com a questão do desenvolvimento sustentável. Pretendemos também manter a exitosa tradição das edições temáticas”, disse o pesquisador sobre o trabalho dos editores anteriores, em especial, de Rafael Leão, responsável pelos últimos treze números do boletim.

O texto de abertura, intitulado “O papel do Poder Executivo na regulamentação da IA: a experiência do Japão, Reino Unido, EUA e lições para o Brasil”, de Luis Claudio Kubota, trata das expectativas em torno dos impactos da inteligência artificial e como a questão está sendo tratada no Brasil. Apesar dos avanços notáveis do Congresso Brasileiro na discussão em torno da regulamentação da IA. O autor discute como a questão está sendo tratada no país e apresenta considerações sobre o rumo que recomenda para ser seguido pelo Executivo federal brasileiro.

O artigo “Considerações sobre o Novo Banco de Desenvolvimento, de autoria do pesquisador Carlos Eduardo Lampert Costa, analisa a trajetória do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do BRICS, com relevante agência multilateral de financiamento, principalmente para os países chamados de emergentes, ou seja, que não fazem parte do grupo hegemônico da economia global. Considerando as mudanças no cenário geopolítico mundial, o autor traça um paralelo com a relação do Brasil com o banco, chamando a atenção para o papel importante que pode assumir no financiamento do desenvolvimento nacional, especialmente nos projetos de infraestrutura.

O artigo “Agricultura familiar: perda de mercados e sinais de mudanças na pauta produtiva”, produzido pelos pesquisadores, Rodrigo Peixoto da Silva, Gesmar Rosa dos Santos e Carlos Eduardo de Freitas Vian, avalia a dinâmica do comportamento econômico, tendo como foco a agricultura familiar, que tem um peso relevante na produção de alimentos para o consumo interno da população brasileira e papel estratégico na questão da segurança alimentar.

Fabiano Mezadre Pompermayer, autor do texto “Brasil nos indicadores de governança de infraestrutura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico”, aborda os indicadores de governança da infraestrutura, segundo os critérios da OCDE para o Brasil, e os compara com aos dos demais países-membro. Esses indicadores são relevantes na avaliação de aceitação de um país como membro da organização e o autor analisa as possibilidades do Brasil para ser bem-sucedido caso seja aceito pela OCDE.

Acesse aqui o Boletim Radar nº 73 

Acesse aqui o Seminário de Lançamento da publicação

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