A presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Servo, participou no último sábado (19) do Encontro Anual da Fundação Lemann 2023, realizado no hotel Bourbon Atibaia Resort, em São Paulo. O evento reuniu lideranças do país para dialogar sobre os desafios mais complexos do Brasil. No painel ‘Conexão para a construção de políticas públicas no Brasil’, que tratou das estratégias para viabilizar transformações sociais relevantes para o país através de conexões intersetoriais, a presidenta destacou a importância do conhecimento profundo das políticas públicas em curso, uma vez que os servidores do Ipea estão envolvidos em diálogos no âmbito federal e contribuem com pesquisas aplicadas para a formulação e implementação de políticas em várias áreas.
“As pesquisas do Ipea estão voltadas para políticas públicas, e é fundamental entender os pro blemas centrais sobre os quais o governo federal deveria atuar, lembrando que ele não faz nada sozinho, tem que fazer com estados, municípios, instituições privadas e com a sociedade. Temos que entender essa diversidade de atores que atuam sobre o problema, a partir de uma visão de quais são as causas e as consequências daquele problema, no que chamamos de construção de um modelo lógico ou de uma teoria do problema”, disse a presidenta do Ipea.
Luciana Servo falou a respeito da construção de políticas públicas em nível das autarquias federais, via colaboração dos poderes e da sociedade civil, além de falar sobre as estratégias de colaboração entre as partes e principais desafios do processo. O debate contou com a presença do diretor executivo do Instituto Millenium, Diogo Costa; do governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; da secretária de Promoção à Igualdade Racial do Ministério da Igualdade Racial, Iêda Leal e do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques. A mediação do debate ficou a cargo da diretora da AYA, Marina Bragante.
A presidenta do Ipea também a respeito da agenda internacional do Instituto, destacando que o T20 Brasil assume um papel de destaque, pois o país ocupará a presidência do G20 a partir de 1º de dezembro. Nesse contexto, o Ipea está envolvido na organização do grupo de engajamento T20, que reúne think tanks nacionais e internacionais para produzir policy briefs sobre temas relevantes para o Brasil.
Destacou também que o Ipea faz parte do conselho de monitoramento e avaliação de políticas públicas, analisando o desenho, implementação, gestão, resultados e impacto dessas políticas públicas, para que possam ser cada vez mais efetivas. Além disso, o Instituto está atuando junto com o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) na elaboração do Plano Plurianual (PPA) e contribuiu para a criação do programa Bolsa Família.
Luciana Servo ressaltou a importância da aumentar a representatividade de gênero, raça, etnia, pessoa com deficiência e LGBTQIA+ na administração pública e, especificamente no Ipea, onde há poucas mulheres, pessoas negras e pessoas com deficiência entre as pessoas com cargo de nível superior. “Seria bom promover maior diversidade. Seria bom se conseguíssemos trazer pessoas com maior diversidade para o Ipea, tanto de gênero quanto de raça”, disse ela quando foi questionada sobre o que pretende deixar como legado na sua gestão. “A proposta do Ipea é ampliar o diálogo com essa sociedade e também com os gestores para fazer com essas políticas sejam mais efetivas e, de fato, focadas em resolver esses grandes problemas nacionais”, complementou Servo.
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