Economia. Desenvolvimento Econômico

Ipea participa de um dos mais importantes eventos de socioeconomia do mundo

Edição anual do Sase foi realizada, pela primeira vez, no Brasil

Society for the Advancement of Socio-Economic (Sase) é uma associação acadêmica interdisciplinar que reúne estudiosos que trabalham em sociologia econômica e economia política. A edição de 2023, intitulada 'Socioeconomia em um mundo em transição: rompendo linhas e paradigmas alternativos para uma nova ordem mundial', aconteceu de 20 a 22 de julho e reuniu brasileiros e estrangeiros no Hotel Windsor Flórida, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro (RJ). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) foi convidado a participar do evento, que, pela primeira vez, aconteceu no Brasil.

A presidente do Ipea, Luciana Servo, e o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Cláudio Amitrano, participaram do painel 'Public Policies and Inequalities' (Política Econômica e Desigualdades), ao lado de Luiza Nassif Pires, diretora do Centro de Pesquisas em Macroeconomia das Desigualdades (Made) da FEA/Universidade de São Paulo – USP, e de Tatiana Silva, pesquisadora do Ipea e atual diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação do Ministério da Igualdade Racial.

O convite para a participação do Ipea partiu de Marta Cartilho, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das organizadoras da Sase no Brasil. “Essa foi a primeira vez que a Sase aconteceu fora do Hemisfério Norte. Eu já conhecia o evento, que é um dos mais importantes de socioeconomia do mundo, e encampei o projeto pelo fato de ser uma organização muito respeitada, que trata de metas extremamente relevantes à qual o Ipea tem muito interesse em se associar”, disse Amitrano, que falou sobre gênero, raça e macroeconomia.

Luciana Servo apresentou a agenda do Ipea e também falou que, antes mesmo da pandemia de Covid-19, no período 2016 a 2019, houve aumento da desigualdade de renda. Ao mesmo tempo, ainda havia importantes desigualdades no acesso a serviços de saúde. Falou, também, sobre a importância de uma coordenação tanto das políticas federais quanto federativas, ainda mais quando se enfrenta uma pandemia. “Os negros e a parcela mais pobre da população, vivendo em aglomerados subnormais, foram os que mais sofreram os efeitos da pandemia, com maior mortalidade e taxas de desemprego mais altas, por exemplo”, disse a presidenta do Ipea, que destacou que a política macroeconômica tem que considerar a inclusão social e os efeitos das discriminações de gênero e raça e que o Brasil deveria realizar estudos econômicos dessa natureza.

Servo apresentou um estudo brasileiro que mostra que reduzir as desigualdades entre homens e mulheres contribui para o crescimento econômico. Segundo ela, “é muito importante que aqueles que estudam e trabalham com políticas fiscais e monetárias entendam esses mecanismos para formularem políticas mais adequadas”.

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