Especialistas discutem o papel das regiões metropolitanas no desenvolvimento do Brasil
A obra sobre a temática será lançada ainda este ano
Publicado em 20/06/2023 - Última modificação em 20/06/2023 às 18h14
A obra sobre a temática será lançada ainda este ano
Publicado em 20/06/2023 - Última modificação em 20/06/2023 às 18h14
Helio Montferre/Ipea
O 1º Simpósio Nacional "Os 50 Anos das Regiões Metropolitanas" começou nesta terça-feira (20/06), no Ministério das Cidades, em Brasília, com foco no debate sobre o desenvolvimento, percalços e o futuro dos centros urbanos brasileiros. O evento é promovido pelo Fórum Nacional de Entidades Metropolitanas (FNEM), segue até quarta-feira (21/06), e conta com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Fórum é uma associação civil sem fins lucrativos, que reúne entidades e órgãos públicos estaduais responsáveis por temas relacionados às regiões metropolitanas brasileiras.
O Instituto participa do debate desde o início, na década de 60, e hoje se consolida como referência e memória sobre o assunto. Como lembrou o professor e arquiteto Jorge Francisconi “faço esses estudos desde quando o Ipeia ainda se chamava Epea”. A época o Ipea era o Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada. Com base nesse histórico, a presidenta do Ipea, Luciana Servo, lembrou a elaboração de diversos estudos e do livro que deve ser publicado ainda este ano em torno da temática e integra o projeto Governança Metropolitana no Brasil. “Produzimos evidências para aprimorar as políticas públicas para o Executivo Federal e diversos parceiros como o FNEM”, disse Servo.
No Brasil, a criação dessas áreas ocorreu durante um período de acelerada industrialização, com o objetivo de organizar o crescimento urbano e melhorar a gestão dos recursos e serviços públicos em locais densamente povoados. De acordo com o FNEM, as regiões metropolitanas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social do Brasil. O discurso dos palestrantes do simpósio reforçou que essas áreas têm sido essenciais na concentração populacional, na atividade industrial e no crescimento do país que se tornou majoritariamente urbano.
Atualmente, essas áreas enfrentam grandes desafios como o crescimento desordenado, a falta de planejamento urbano adequado, a carência de investimentos em infraestrutura e a desigualdade socioespacial. Porém, a concentração de atividades econômicas e dos empregos em determinadas regiões metropolitanas tem gerado disparidades regionais, resultando em fluxos migratórios intensos e em desequilíbrios socioeconômicos. Em contrapartida, a diversidade étnica, cultural e socioeconômica presente nas regiões metropolitanas contribui para a formação de identidades múltiplas, seguida pela presença de universidades, instituições culturais e espaços de lazer favorecem a produção de conhecimento, o acesso à cultura e o desenvolvimento social.
Para a construção de um ambiente urbano mais justo e inclusivo, o FNEM e o Ipea trabalham para oferecer subsídios para a construção racional desses espaços. Nesse sentido, os debatedores argumentam que é necessário um olhar atento para o planejamento e a gestão das regiões, acompanhado da participação da sociedade civil.
Participaram do evento a presidenta do FNEM, Mila Costa, o professor e arquiteto Jorge Francisconi, além de parlamentares e representantes do Ministério da Cidade. Os estudos que integram as publicações produzidas pelo Ipea ao longo dos anos já estão consolidados e disponibilizados no portal brasilmetropolitano.ipea.gov.br/.
Veja as imagens do evento: https://flic.kr/s/aHBqjAJwU3
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