Divulgação: Rafaella Santanna/ Fiocruz
A presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Servo, esteve na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (19), para participar do seminário de lançamento do livro digital “Doenças Crônicas e Longevidade: desafios para o futuro”, editado pela Iniciativa de Prospecção Estratégica Saúde Amanhã e publicado pelo selo Edições Livres, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). Ela é coautora de um dos capítulos do livro. O evento foi organizado conjuntamente pela Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, por meio da Iniciativa de Prospecção Estratégica Saúde Amanhã, e pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.
A agenda da presidenta do Ipea incluiu uma reunião com a vice-presidenta de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Vieira Machado. Entre os assuntos do encontro, estava a possibilidade de assinatura de um acordo de cooperação técnica entre as instituições, para formalizar futuros estudos. Também participaram desse encontro Carlos Henrique Corseuil, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Fabíola Sulpino Vieira, coordenadora da área de Saúde da mesma diretoria, Luciana Dias de Lima, vice-diretora de Pesquisa e Inovação da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz, além de José Carvalho de Noronha e Leonardo Castro, coordenadores da Iniciativa Saúde Amanhã.
O livro, organizado pelos coordenadores da Iniciativa Saúde Amanhã e por Paulo Gadelha, coordenador-executivo da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, é uma coletânea que reúne especialistas na temática do envelhecimento, tratada na obra de forma abrangente e inovadora, considerando seus diversos aspectos. Os artigos incorporam importantes reflexões sobre o futuro do modelo assistencial para a atenção aos idosos e sobre a “economia da longevidade”, como possível resposta ao envelhecimento populacional no Brasil, trazendo estudos acurados de projeção da demanda e de custos de instituições de longa permanência e do gasto em saúde no Brasil ao longo do ciclo de vida, considerando o horizonte temporal de 2040.
“Envelhecimento é uma coisa boa. O problema é como a nossa sociedade está lidando com isso: de maneira muito insuficiente, em vários planos. Temos indicadores péssimos que dizem respeito à saúde da população brasileira, principalmente a saúde da população mais idosa. É necessário pensar em política de proteção social mais abrangente e mais integrada”, afirmou Machado, vice-presidenta de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz. Gadelha também compôs a mesa e falou sobre a importância da rede cooperativa: “O Ipea, uma das instituições parceiras, é essencial para a continuidade e sustentabilidade de um trabalho que envolva uma perspectiva de pensar o futuro num modelo de atenção à saúde”.
Servo citou a participação de Ana Amélia Camarano, outra pesquisadora do Ipea, num dos capítulos do livro, e reforçou o interesse na continuidade da cooperação com a Fiocruz. “O Ipea é uma instituição irmã da Fiocruz, com quem tem parceria de longa data, muito estruturada e com trabalhos muitos relevantes. Voltamos hoje a discutir uma possibilidade de parceria que provavelmente vai durar depois da aposentadoria de alguns de nós”, destacou, acrescentando que a Fundação Oswaldo Cruz é central para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Após a apresentação da obra por autores e os organizadores, o seminário teve a apresentação do estudo inédito “Financiamento e Consumo de Saúde no Brasil: concentrado e heterogêneo”, do diretor de Desenvolvimento Institucional do Ipea, Fernando Gaiger Silveira, em coautoria com Lucas Di Candia, seguido de debate com a participação de Servo, da diretora do Departamento de Economia da Saúde, Investimento e Desempenho do Ministério da Saúde, Erika Aragão, e da pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, Maria Angelica Borges dos Santos.
Gaiger falou sobre os impactos da tributação e do gasto social sobre a desigualdade, passando pela saúde, o mais redistributivo de todos os gastos. “O recado que queríamos dar no texto é como o nosso sistema de saúde tem uma oferta muito sui generis frente à realidade mundial. Somos um dos poucos países em que gasto privado é superior ao gasto público, a oferta privada é maior do que a pública. Isso é um anacronismo. Para mim, isso é uma marca de subdesenvolvimento, pois todos os países desenvolvidos têm gasto público bem superior ao gasto privado”, disse o diretor.
Acesse o livro Doenças Crônicas e Longevidade
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