Chery do Brasil

O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou alta de 0,2% em outubro, na comparação com setembro, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, nesta segunda-feira (12/12). Com esse resultado, o trimestre móvel encerrado em outubro recuou 0,9% na margem, encerrando uma sequência de seis variações positivas na base de comparação.

Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) cresceu 0,3% em outubro e recuou 2,4% no trimestre móvel, as importações de bens industriais cederam 1% no mesmo mês, com alta de 3,9% no trimestre móvel, conforme a tabela abaixo:

A comparação com 2021 mostra que a demanda por bens industriais cresceu 3% frente a outubro do ano passado. Com isso, o trimestre móvel avançou 3,2% em relação ao ano passado. Enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), acumulou uma queda de 1,4% nos dados acumulados em doze meses, a demanda cedeu 0,6% no mesmo período. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais cresceram 5,4%.

No que diz respeito às grandes categorias econômicas, o desempenho em outubro foi fraco. Enquanto os segmentos de bens de capital e bens de consumo duráveis foram os destaques negativos, com baixas de 3,1% e 2%, respectivamente, a demanda por bens intermediários caiu pelo terceiro mês consecutivo, recuando 0,5% na margem.

Já em relação ao trimestre móvel encerrado em outubro, os destaques positivos novamente ficaram por conta da demanda por bens de capital e bens de consumo duráveis, com altas de 5% e 1,7%, respectivamente. Na comparação com outubro de 2021, o crescimento foi generalizado, com exceção dos bens intermediários.

No que diz respeito às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação recuou 0,2% sobre setembro, encerrando o trimestre móvel com queda de 0,2%. A extrativa mineral, por sua vez, avançou 15,8% na margem, com variação nula no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas tiveram alta de 9,3%.

Oito dos 22 segmentos da indústria de transformação registraram desempenho positivo na margem, com destaque, entre os que possuem peso relevante, para os segmentos “outros equipamentos de transporte” e “metalurgia”, com altas respectivas de 15,6% e 8,2%. Já em relação ao trimestre móvel, nove segmentos tiveram crescimento na comparação dessazonalizada, com destaques para os grupos “farmoquímicos” e “veículos”, que cresceram 8,4% e 6,2%, respectivamente. 

Acesse a íntegra do indicador no blog da Carta de Conjuntura

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