Anderson Riedel/PR
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) participou da IX Reunião do Grupo de Trabalho (GT) do Corredor Rodoviário Bioceânico e do 2º Fórum dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico de Capricórnio, realizados na cidade de Antofagasta, na região norte do Chile, rota do Corredor Bioceânico do Mato Grosso do Sul ao Pacífico. Os eventos, de 22 a 24 de novembro, reuniram representantes dos governos do Brasil, Argentina, Chile e Paraguai, bem como dos estados, municípios, das províncias e regiões, do setor privado e de universidades.
O GT do Corredor Bioceânico reúne-se presencialmente desde 2019. O Ipea apresentou estudos sobre as dinâmicas recentes dos estados articuladores – Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima –, com especial atenção ao Mato Grosso do Sul. Também abordou as possibilidades de se tornar viável uma rede interoceânica na América do Sul, integrando de forma multimodal os portos dos oceanos Pacífico e Atlântico e as estradas, ferrovias e hidrovias do continente.
Conforme Pedro Silva Barros, pesquisador do Ipea e coordenador do projeto Integração Regional: o Brasil e a América do Sul, da Diretoria de Estudos Internacionais, o GT do Corredor Bioceânico realizou atividades presenciais durante três anos. “Produzimos uma série de estudos, com destaque para a análise das redes de atores envolvidos com o projeto nos quatros países”, disse Barros. Nesta semana, foram apresentados os resultados das pesquisas e as sugestões de aprimoramento da governança, incluindo a criação de mais duas mesas – segurança fronteiriça e desenvolvimento social e ambiental – e de um observatório para o monitoramento do desenvolvimento logístico, produtivo, comercial, social, turístico, ambiental e social do Corredor. Essas propostas foram bem-recebidas pelas delegações da Argentina, Chile e Paraguai e podem ser executadas já em 2023, de acordo com o pesquisador.
Também foram apresentados os resultados preliminares de uma pesquisa sobre a governança do Corredor Bioceânico, realizada pelo Ipea e a o Instituto de Economia Aplicada Regional (Idear), da Universidade Católica do Norte (UCN) do Chile, fruto do convênio de cooperação entre ambas as instituições em 2021. Essa parceria foi celebrada com o objetivo de coletar informações primárias e identificar os principais atores e organizações envolvidos, suas relações e como podem contribuir para o desenvolvimento do Corredor Rodoviário Bioceânico.
Confira os resultados das pesquisas feitas pelo Ipea sobre esse tema nos três anos últimos anos:
Red Interoceánica en América del Sur: Corredores bioceánicos y el Rol de los Estados Articuladores (Boletín FAL-Cepal 392) (Boletín FAL-Cepal 392)
A Dinâmica Recente do Algodão no Mato Grosso: Possibilidades de Exportação para o Peru e Ásia-Pacífico (Nota Técnica Dinte 48/2022)
Integração Econômica Argentina-Brasil: reconstruindo pontes (Nota Técnica Dinte 44/2022)
A Ponte do Abunã e a Integração da Amacro ao Pacífico (Nota Técnica Dinte 35/2021)
O Protagonismo do Mato Grosso do Sul para a Resiliência do Corredor Rodoviário Bioceânico – artigo na revista Monções
Transformaciones Geoeconómicas en América del Sur: Amacro, Integración Regional y Asia Pacífico - documento de trabalho do Observatório Ásia-Pacífico da Aladi
Livro Corredor Bioceânico de Mato Grosso do Sul ao Pacífico: Produção e Comércio na Rota da Integração Sul-Americana, publicado pelo Ipea e a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems)
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