Ipea registra alta de 0,5% na demanda por bens industriais no terceiro trimestre
Em setembro, o Indicador aponta queda de 1,3% no consumo aparente de bens industriais
Publicado em 23/11/2022 - Última modificação em 14/02/2023 às 12h06
Em setembro, o Indicador aponta queda de 1,3% no consumo aparente de bens industriais
Publicado em 23/11/2022 - Última modificação em 14/02/2023 às 12h06
Alejandro Zambrana
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou queda de 1,3% em setembro, na comparação com agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, nesta quarta-feira (23/11). Esse resultado fez o terceiro trimestre fechar com avanço de 0,5% na margem, a sexta variação positiva na base de comparação.
Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) recuou 1,1% em setembro e 1,4% no terceiro trimestre, as importações de bens industriais cederam 1,9% no mesmo mês, com alta de 8,3% no trimestre, conforme a tabela abaixo:
A comparação com 2021 mostra que a demanda por bens industriais cresceu 0,7% frente a setembro do ano passado. Com isso, o terceiro trimestre avançou 2,6% em relação ao mesmo período de 2021. Enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), acumulou uma queda de 2,3% nos dados acumulados em doze meses, a demanda cedeu 1,2% no mesmo período. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais cresceram 7%.
O desempenho em setembro foi heterogêneo no que diz respeito às grandes categorias econômicas. Enquanto os segmentos de bens de capital e bens de consumo duráveis avançaram, com altas de 2,4% e 2,5%, respectivamente, a demanda por bens intermediários registrou queda pelo segundo mês consecutivo, recuando 2,4% na margem.
No terceiro trimestre, os destaques positivos novamente ficaram por conta da demanda por bens de capital e bens de consumo duráveis, com altas de 4,6% e 1%, respectivamente. Na comparação com setembro de 2021, o crescimento foi generalizado.
Já em relação às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação recuou 2,2% sobre agosto, encerrando terceiro trimestre com crescimento de 0,5%. A extrativa mineral, por sua vez, avançou 3,7% na margem, com queda de 6,7% no terceiro trimestre. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas tiveram alta de 6%.
Três dos 22 segmentos da indústria de transformação registraram desempenho positivo na margem, com destaque, entre os que possuem peso relevante, para os segmentos “máquinas e equipamentos” e “veículos”, com altas respectivas de 6,2% e 5,8%. Já em relação ao terceiro trimestre, 10 segmentos tiveram crescimento na comparação dessazonalizada. Os destaques foram os grupos “farmoquímicos” e “outros equipamentos de transporte”, que cresceram 6,7% e 4,3%, respectivamente.
Acesse a íntegra do indicador no blog da Carta de Conjuntura
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