Os indicadores mensais de mercado de trabalho mais recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam para uma continuidade da trajetória de recuperação do mercado de trabalho brasileiro, iniciada no segundo semestre de 2021. Os dados referentes a junho mostram um cenário marcado por expansão da população ocupada e redução da taxa de desocupação. Naquele mês, a população ocupada no país era composta por 98,7 milhões de pessoas, avançando 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Após o ajuste sazonal, o contingente de 101,2 milhões de ocupados, em junho de 2022, foi 1,4% maior que o observado em maio, alcançando o novo recorde da série, iniciada em janeiro de 2012.
A Nota de Conjuntura do Ipea apresenta estimativas mensais próprias feitas com base nos dados por trimestre móvel da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda na desocupação foi atenuada pelo aumento da taxa de participação, que se elevou 1,9 ponto percentual (p.p.) na comparação interanual, passando de 60,9% para 62,8% entre junho de 2021 e junho de 2022. A força de trabalho brasileira era composta por 108,7 milhões de pessoas em junho deste ano, uma alta de 4,1% em relação ao mesmo período de 2021.
O nível de ocupação do mercado de trabalho chegou a 57% em junho de 2022, aumentando 4,5 p.p. frente ao mesmo mês do ano passado. Em termos dessazonalizados, o resultado em junho (58,3%) é o maior já registrado desde fevereiro de 2014 (58,7%). O crescimento da população ocupada desencadeou queda na taxa de desocupação, que recuou 4,5 p.p na comparação interanual, passando de 13,7% em junho de 2021 para 9,2% em junho de 2022. Em termos dessazonalizados, a taxa de desocupação recuou pela 13ª vez consecutiva, chegando a 8,9%, em junho de 2022 e atingindo o menor patamar desde julho de 2015.
A quantidade de desempregados no país também vem recuando continuamente. Em junho deste ano, a população desempregada era de aproximadamente 10 milhões de trabalhadores, ou seja, 4,3 milhões de pessoas a menos em relação ao observado em junho de 2021 – queda de 30,1%. Na série livre dos efeitos sazonais, a população desempregada em junho (9,9 milhões) recuou 2,3% em relação a maio: 230 mil pessoas a menos.
Os dados da Pnad Contínua mensalizados pelos pesquisadores apontam para expansão da ocupação informal – com variação interanual de 21,9% dos empregados sem carteira no setor privado – e também do emprego privado formal, que mostra bom comportamento: alta de 12,2% na mesma base de comparação. No caso dos trabalhadores por conta própria, o ritmo de crescimento da população ocupada vem perdendo força. Em junho, essa população teve alta de 3,6%, na comparação interanual.
O bom desempenho do mercado de trabalho é comprovado pelas estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, que vão ao encontro dos dados do IBGE para o emprego com carteira assinada. Em junho, a economia brasileira gerou 278 mil novas vagas formais, contribuindo para a criação de 2,6 milhões de postos de trabalho formais nos últimos doze meses.
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