A mais recente Nota da Presidência publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta uma reflexão sobre a recente redução da violência no Brasil. Ao registrar que o país apresentou uma redução de 32% no número de homicídios entre 2017 e 2021 – segundo dados do Monitor da Violência –, a análise ressalta a necessidade de um esforço muito expressivo por parte dos pesquisadores brasileiros para a obtenção de evidências que expliquem as razões da queda significativa desse indicador.
Em 2017, de acordo com o Atlas da Violência, uma parceria entre o Ipea e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cerca de 66 mil pessoas foram assassinadas no Brasil. Esse número representa 14% dos assassinatos praticados em todo o mundo naquele ano. A nota menciona dois movimentos marcantes ocorridos deste então no país: a queda na taxa de desemprego entre homens, que atingiu 10,7% em 2021, segundo menor valor desde 2017, e o crescimento de mais de 349% no número de novas armas registradas na Polícia Federal entre 2017 e 2021.
“É fato que a análise dos fatores determinantes da expressiva redução na taxa de homicídios brasileira no período recente demanda uma estrutura complexa de dados e um conjunto de modelos econométricos capazes de estabelecer relações causais. Este não é o objetivo desta nota. O que se pretende é convidar os pesquisadores para debater alguns aspectos peculiares da dinâmica do crime no Brasil”, afirma o autor da análise, o presidente do Ipea, Erik Figueiredo.
A nota observa o caráter não consensual, na literatura norte-americana, de estudos voltados para a identificação dos efeitos causais da posse de armas sobre o crime. Ao mesmo tempo, ela cita a inexistência de evidências robustas sobre esse tema no Brasil e sobre a efetividade do Estatuto do Desarmamento para a redução do crime.
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