Especialistas debatem papel do Poder Legislativo na execução orçamentária brasileira
Especialistas debatem papel do Poder Legislativo na execução orçamentária brasileira
Encontro faz parte de uma série de webinars que abordam artigos do livro 'Governança Orçamentária no Brasil'
Publicado em 19/05/2022 - Última modificação em 18/05/2023 às 14h35
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou, nesta quarta-feira (18/5), webinar sobre ‘Poder Legislativo e Sociedade Civil no Processo Orçamentário Brasileiro’, em que se discutiu como se dá a execução e a aplicação das emendas parlamentares, além do envolvimento da sociedade civil e outros agentes públicos no debate sobre o orçamento brasileiro.
No painel de abertura, o diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest/Ipea), Flávio Lyrio Carneiro, afirmou que esses debates fazem parte de uma agenda já tradicional do Ipea. “Há duas semanas, debatemos a Governança Orçamentária dos Gastos Tributários. Hoje, o foco foi na atuação do Poder Legislativo e da Sociedade Civil, no que se refere à execução de emendas parlamentares. Os temas fazem parte do livro ‘‘Governança Orçamentária no Brasil”, ressaltou Carneiro.
A obra, segundo o diretor, será organizada pelos pesquisadores Leandro Freitas Couto e Júlia Marinho Rodrigues e terá 27 capítulos, 45 autores e autoras dos mais diversos órgãos como Ministério da Economia, Senado Federal, Câmara dos Deputados e Tribunal de Contas da União. A obra já teve capítulos publicados preliminarmente pelo Ipea (ver abaixo).
A consultora de Orçamento da Câmara dos Deputados e uma das organizadoras do livro, Julia Marinho Rodrigues, fez uma breve análise das emendas parlamentares desde a promulgação da Constituição, em 1988. Além de elencar as principais especificidades de cada uma delas - individuais, coletivas de bancadas, de comissões e de relatores -, ela reforçou a importância da aprovação da Emenda Constitucional 100/2019, que torna obrigatória a execução da programação orçamentária proveniente de emendas de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. “Foi um marco importante, pois a EC 100/2019 levou quatro anos para ser votada e teve pleno apoio da Câmara e do Senado”, observou Rodrigues.
No evento, o consultor Legislativo no Senado Federal, Vinícius Amaral, abordou a execução atual das emendas parlamentares. “Nem toda despesa terá a participação direta do parlamentar. Existem emendas que já têm a execução independente, como o aumento das despesas do Auxílio Brasil, no ano passado. O reajuste saiu no Orçamento e todo o acréscimo foi repassado via emenda de relator. Esse montante agregado foi distribuído e executado de acordo com os critérios do programa”, explicou Amaral.
Já a pesquisadora e assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Carmela Zigoni, trouxe ao debate o olhar da Sociedade Civil frente ao relativo ao Orçamento Brasileiro. “A conversa deve ser ampla, com pedagogias e metodologias mais populares na compreensão desse processo. É importante que a tradução dessa linguagem técnica do orçamento para o usuário desse sistema seja mais simples”, defendeu Zigoni. O webinar contou ainda com contribuições da auditora Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, Virgínia de Ângelis.
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