Boletim apresenta desafios para desenvolvimento regional no Brasil
Nova edição do Ipea, lançada em webinar, traz série de estudos sobre temáticas regionais, urbanas e ambientais
Publicado em 26/01/2022 - Última modificação em 07/04/2022 às 18h45
Nova edição do Ipea, lançada em webinar, traz série de estudos sobre temáticas regionais, urbanas e ambientais
Publicado em 26/01/2022 - Última modificação em 07/04/2022 às 18h45
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou, em webinar realizado nesta sexta-feira (21), a 25ª edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental (Brua). Coordenado pela Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur/Ipea), o boletim traz uma série de 13 artigos, uma resenha, uma nota de pesquisa e três seções de indicadores, em que busca avaliar diversos aspectos dos desafios para o desenvolvimento regional brasileiro relacionados a temáticas do crescimento econômico, novas tecnologias e produtividade, saneamento, transporte urbano, política de habitação, subsídios agrícolas, espaços transfronteiriços, entre outros.
Na seção dos indicadores, são apresentados índices urbanos e metropolitanos que tratam sobre a vulnerabilidade social das localidades. Em indicadores regionais, dados sobre gastos federais são detalhados. Por último, em indicadores federativos, são dispostas análises numéricas sobre a realidade fiscal dos estados no período de 2019-2020.
“Com vantagem relativa na produção de vários produtos agrícolas, devido à sua geografia e também aos investimentos em pesquisas, o Brasil ainda apresenta disparidades regionais relacionadas à produção e produtividade, assim como à infraestrutura dos estabelecimentos agrícolas, não obstante as políticas de incentivo à produção agrícola, como a Política de Garantia de Preços Mínimos, de crédito agrícola ou mesmo o Programa de Aquisição de Alimentos”. Essa avaliação está no texto de introdução do boletim, que teve como editor, o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Wagner de A. Oliveira.
Na abertura do webinar de lançamento do Brua, o diretor da Dirur/Ipea, Nilo Saccaro Junior, destacou que a edição 25 conta com a discussão de vários temas com variáveis econômicas, afetadas pela pandemia, além das regionais urbanas que se relacionam com contas públicas, tópico de relevância no cenário atual.
Em sua apresentação no webinar, Carlos Wagner de A. Oliveira, explicou a atuação da Dirur/Ipea que se dedica a estudar as desigualdades regionais. “Desigualdade existe em qualquer lugar do mundo, mas, no caso brasileiro, ela é bastante acentuada, o que acarreta uma série de problemas, que precisariam ser identificados e estudados. Somente com políticas públicas adequadas será possível amenizar tais desigualdades. O boletim trata especificamente disso”, considerou.
Bruno de Oliveira Cruz, técnico de Planejamento e Pesquisa da Dirur/Ipea, analisou o déficit habitacional no Distrito Federal, utilizando dados Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), disponibilizados pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). “A vantagem da PDAD é que o índice se assemelha muito ao da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de periodicidade anual, feito pelo IBGE, sendo fácil de calcular. Nesse caso específico, chegamos ao percentual de 11,6% de déficit habitacional em todo o DF ou 102.904 domicílios e 28% com habitação precária”, informou.
No artigo ‘Impacto do Aprendizado, Novas Tecnologias e Custos de Ajustamento no Crescimento Econômico e em Ganhos de Produtividade’, Cruz examinou ainda o potencial de aprendizado e difusão de uma nova tecnologia e a relação com seus custos de implantação. “Boa parte do progresso técnico é incorporado em novas máquinas, assim para ter acesso à nova tecnologia é preciso comprar máquina. A adoção de uma nova tecnologia tem custos não desprezíveis, e uma hipótese não razoável é que quanto mais complexa a tecnologia maior o custo de adoção”, disse.
O pesquisador afirma que, para se utilizar o potencial máximo de uma nova tecnologia, é preciso aprender e difundir as melhores práticas. Assim haveria defasagem entre a adoção da tecnologia e o potencial máximo de uso. “Exemplo clássico da indústria naval na segunda guerra que teve uma redução de 75% no tempo necessário para produzir um navio”, mencionou.
A pesquisadora Diana Meirelles da Mota, apresentou no webinar o artigo ‘Desafios dos Instrumentos e da Regulação para o Desenvolvimento Urbano’, em que afirma os principais desafios legais e institucionais enfrentados pelas políticas públicas, a partir de uma análise geral sobre regulação e interesse urbanístico para implementação de ações efetivas para a sustentabilidade e a equidade. Segundo a pesquisadora, estes desafios se relacionam ao marco regulatório do planejamento e da gestão urbana, ao referencial conceitual, implicações da regulação urbanística e de interesse urbanístico no padrão de urbanização.
Acesse a nova edição do Boletim Regional, Urbano e Ambiental (Brua).
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