Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Com o desenvolvimento do campo da economia da saúde, foram sendo criadas associações com a finalidade de promover o estudo, a pesquisa e a formação de recursos humanos nessa área, com ênfase na eficácia e equidade dos sistemas de saúde. Destacam-se, a seguir, algumas dessas associações de economia da saúde.

Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES): foi fundada em Brasília, no dia 29 de novembro de 1989, com os objetivos de congregar técnicos, docentes e demais profissionais interessados na área de economia da saúde e, nesse campo, promover estudos, pesquisas, estimular a formação e o aperfeiçoamento de recursos humanos, publicar trabalhos nacionais e internacionais, realizar seminários, simpósios e outros eventos, e associar-se ou manter intercâmbio com entidades nacionais e internacionais congêneres. Acesse a ata de criação da ABrES aqui.

Asociación de Economia de la Salud Argentina (AES-Argentina): foi fundada no ano de 1991 por um grupo de profissionais de diversas disciplinas, que desenvolvem suas atividades no setor da saúde. O propósito da Associação é criar um ambiente científico-pluralista para a reflexão, a pesquisa e a formação de recursos humanos na área da economia da saúde, com especial preocupação pela eficácia e equidade do sistema de saúde.

Asociación de Economía de la Salud Chile (AES-Chile): tem como objetivos difundir, desenvolver e fomentar o conhecimento da economia da saúde; divulgar trabalhos e iniciativas pertinentes; contribuir para o intercâmbio de experiências; informar sobre oportunidades de formação e trabalho afins entre os associados; realizar conferências sobre temas próprios da disciplina que fortaleçam as capacidades dos associados.

Associação Portuguesa de Economia da Saúde (APES): tem como objetivo promover o estudo, a discussão e a divulgação da economia da saúde. Para tanto, desenvolve e organiza conferências, workshops e seminários; colabora em estudos e projetos de análise económica aplicada à saúde; publica uma newsletter regularmente e promove outras publicações na área da economia da saúde; e mantém relações com outras associações de economia da saúde.

Para saber mais sobre outras associações e instituições de economia da saúde, acesse a Biblioteca Virtual em Saúde Economia da Saúde Brasil.

Estudos relacionando as condições demográficas, econômicas e socioambientais com as condições de saúde das populações não são recentes. Destacam-se, a seguir, alguns autores que fizeram contribuições relevantes nessa temática.

  • 1842
    Edwin Chadwick publica relatório sobre as condições sanitárias da população trabalhadora na Inglaterra, correlacionando expectativa de vida com classe social e local de residência.
  • 1952
    Durante a 5ª Assembleia Mundial de Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Charles Winslow e Gunnar Myrdal apresentam perspectivas diferentes sobre a relação entre saúde e economia. Winslow vê boas condições de saúde como essenciais para o desenvolvimento econômico e superação da pobreza, enquanto Myrdal discute a "armadilha" da pobreza (os indivíduos adoecem porque são pobres e permanecem pobres porque estão doentes).
  • 1958
    Selma Mushkin discute o termo "Economia da Saúde" em artigo sobre recursos financeiros e serviços de saúde, destacando a sua integração com a administração pública. A partir dos trabalhos dela, verifica-se que a economia da saúde emergiu de uma concepção mais ampla, oriunda das ciências sociais, aplicada à administração pública e, inicialmente, com maior foco no estudo de formas de pagamento e métodos de administração hospitalar.
  • 1962
    Selma Mushkin amplia a discussão sobre saúde como componente do bem-estar econômico em trabalho que assume a perspectiva da saúde como investimento.
  • 1963
    Kenneth Arrow publica "Uncertainty and the Welfare Economics of Medical Care", marco na economia da saúde, analisando peculiaridades do mercado de saúde:
    a) a demanda é irregular e imprevisível, com grande probabilidade de perda ou redução da capacidade dos indivíduos de auferir renda (a doença gera custos médicos e não médicos);
    b) o comportamento dos ofertantes de serviços difere dos pressupostos teóricos usuais da economia, ou seja, não é possível confiar na ausência (ou caráter secundário) do auto-interesse;
    c) há assimetria de informação, com cessão da liberdade de escolha do paciente para o profissional de saúde;
    d) ocorre incerteza, quanto à qualidade do produto ofertado, atingindo a parte da demanda, com dificuldades para o usuário prever as consequências do consumo de um serviço, além de serem limitadas as oportunidades de aprendizado;
    e) no que concerne às condições da oferta, não há livre entrada de ofertantes (há barreiras, à entrada, como, por exemplo, a exigência de licenças e custos elevados), o que, consequentemente, gera poder de monopólio e perda de bem-estar.
  • Décadas de 1970-1980
    Crescimento do interesse econômico na saúde. Victor Fuchs e Joseph P. Newhouse se destacam nos EUA; no Reino Unido, vale ressaltar as contribuições de Brian Abel Smith, Anthony Culyer e Alan Maynard.
  • Década de 2010
    Crescimento do gasto nacional e global com saúde, com preocupações sobre o impacto econômico.
  • Atualidade
    Economia da saúde se consolida como disciplina com periódicos e contribuições teóricas importantes.

Destacam-se, a seguir, alguns eventos e contribuições ao longo das décadas, refletindo a evolução do debate sobre a interseção entre economia e saúde no Brasil.

  • 1952
    Publicação do artigo "Valor Econômico da Saúde" por Paulo de Assis Ribeiro, Manoel José Ferreira e Ernani Braga, destacando a importância econômica da saúde.
  • Décadas de 1940-1970
    Mario Magalhães da Silveira introduz discussões sobre a relação entre desenvolvimento econômico e saúde. Artigo publicado em 2015 pela revista Ciência & Saúde Coletiva apresenta sua trajetória profissional e pensamento crítico sobre as conjunturas nacionais e as políticas de saúde adotadas, especialmente entre os anos 1940 e 1970.
  • Décadas de 1960-1980
    Carlos Gentile de Mello produziu diversos artigos com críticas à assistência à saúde da Previdência Social e ao modelo de "pagamento por serviço ou por ato médico". Suas contribuições para o debate político e social da saúde entre os anos 1960 e 1980 são apresentadas em artigo publicado em 2021 pela revista Ciência & Saúde Coletiva.
  • 1974
    Em 1974, José Duarte Araújo defende sua tese de doutorado "Aspectos Econômicos da Saúde", considerada pioneira na economia da saúde no Brasil. Em 1975, ele publicou artigo de revisão sobre as relações entre saúde e desenvolvimento econômico na Revista de Saúde Pública.
  • 1978
    Paul Singer, Oswaldo Campos e Elizabeth M. de Oliveira publicam “Prevenir e Curar”, analisando a relação entre morbidade e fatores socioeconômicos.
  • 1981
    José Carlos Braga e Sérgio Góes de Paula publicam “Saúde e Previdência Social”, contribuindo para o debate econômico sobre saúde.
  • 1989
    Criação da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES), um marco importante para o desenvolvimento da economia da saúde no Brasil. Dois pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) participaram da 1ª Diretoria da ABrES: Solon Magalhães Vianna (presidente) e Sérgio Francisco Piola (membro da diretoria).
  • 1990
    O campo da economia da saúde vem se consolidando no setor público a partir de incentivos do Ministério da Saúde para a sua institucionalização e capacitação de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Economia da Saúde (ES) possui diversas definições, refletindo diferentes correntes de pensamento e momentos históricos. Algumas definições são formalistas, focando na alocação racional de recursos escassos no setor de saúde. Outras são mais substantivas, considerando atividades humanas e princípios normativos, como eficiência e equidade, além da integração de teorias econômicas, sociais, clínicas e epidemiológicas para otimizar ações de saúde.

Independentemente de considerar a ES como uma “especialidade” ou “ramo do conhecimento”, pode-se afirmar que ela busca agregar elementos e instrumentos de diversas áreas, com o objetivo de assegurar o financiamento das ações e serviços de saúde e de alcançar maior eficiência, ou, melhor ainda, maior efetividade, na utilização dos insumos na área de saúde.

No livro “Economia da Saúde: Conceitos e Contribuição para a Gestão da Saúde”, organizado por pesquisadores do Ipea, Carlos R. Del Nero apresentou a seguinte proposta de definição da economia da saúde:

“Ramo do conhecimento que tem por objetivo a otimização das ações de saúde, ou seja, o estudo das condições ótimas de distribuição dos recursos disponíveis para assegurar à população a melhor assistência à saúde e o melhor estado de saúde possível, tendo em conta meios e recursos limitados”.

No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), a aplicação do conhecimento em ES busca, principalmente, assegurar financiamento suficiente para garantia do acesso universal, igualitário e integral aos serviços e bens de saúde, assim como gerir de forma mais eficiente os recursos disponíveis, a fim de obter o melhor estado de saúde da população. A eficiência é um importante princípio da administração pública brasileira, mas, frente ao dever do Estado de assegurar direitos humanos fundamentais, como é o caso do direito à saúde, jamais pode ser tratada como um fim em si mesma. A eficiência deve ser buscada no SUS, contudo, não deve ser alcançada sacrificando a universalidade, a igualdade e a integralidade no acesso aos serviços de saúde. A compreensão desse limite é fundamental à aplicação do conhecimento e dos instrumentos da ES nesse sistema. Nessa lógica, o uso mais efetivo e eficiente dos recursos tem o objetivo de possibilitar que mais benefícios sejam entregues à população, na forma de oferta ampliada e de maior qualidade dos serviços e bens de saúde no setor público, até que as necessidades de saúde da população brasileira estejam plenamente satisfeitas, conforme determina a Constituição Federal de 1988.

Estudos relacionando as condições demográficas, econômicas e socioambientais com as condições de saúde das populações não são recentes. Destacam-se, a seguir, alguns autores que fizeram contribuições relevantes nessa temática.

  • 1842
    Edwin Chadwick publica relatório sobre as condições sanitárias da população trabalhadora na Inglaterra, correlacionando expectativa de vida com classe social e local de residência.
  • 1952
    Durante a 5ª Assembleia Mundial de Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Charles Winslow e Gunnar Myrdal apresentam perspectivas diferentes sobre a relação entre saúde e economia. Winslow vê boas condições de saúde como essenciais para o desenvolvimento econômico e superação da pobreza, enquanto Myrdal discute a "armadilha" da pobreza (os indivíduos adoecem porque são pobres e permanecem pobres porque estão doentes).
  • 1958
    Selma Mushkin discute o termo "Economia da Saúde" em artigo sobre recursos financeiros e serviços de saúde, destacando a sua integração com a administração pública. A partir dos trabalhos dela, verifica-se que a economia da saúde emergiu de uma concepção mais ampla, oriunda das ciências sociais, aplicada à administração pública e, inicialmente, com maior foco no estudo de formas de pagamento e métodos de administração hospitalar.
  • 1962
    Selma Mushkin amplia a discussão sobre saúde como componente do bem-estar econômico em trabalho que assume a perspectiva da saúde como investimento.
  • 1963

    Kenneth Arrow publica "Uncertainty and the Welfare Economics of Medical Care", marco na economia da saúde, analisando peculiaridades do mercado de saúde:

    a) a demanda é irregular e imprevisível, com grande probabilidade de perda ou redução da capacidade dos indivíduos de auferir renda (a doença gera custos médicos e não médicos);

    b) o comportamento dos ofertantes de serviços difere dos pressupostos teóricos usuais da economia, ou seja, não é possível confiar na ausência (ou caráter secundário) do auto-interesse;

    c) há assimetria de informação, com cessão da liberdade de escolha do paciente para o profissional de saúde;

    d) ocorre incerteza, quanto à qualidade do produto ofertado, atingindo a parte da demanda, com dificuldades para o usuário prever as consequências do consumo de um serviço, além de serem limitadas as oportunidades de aprendizado;

    e) no que concerne às condições da oferta, não há livre entrada de ofertantes (há barreiras, à entrada, como, por exemplo, a exigência de licenças e custos elevados), o que, consequentemente, gera poder de monopólio e perda de bem-estar’.

  • Décadas de 1970-1980
    Crescimento do interesse econômico na saúde. Victor Fuchs e Joseph P. Newhouse se destacam nos EUA; no Reino Unido, contribuições de Brian Abel Smith, Anthony Culyer e Alan Maynard.
  • 2010
    Crescimento do gasto nacional e global com saúde, com preocupações sobre o impacto econômico.
  • Atualidade
    Economia da saúde se consolida como disciplina com periódicos importantes e contribuições teóricas em áreas como teoria do capital humano, análise de custo-efetividade e economia do seguro.

Destacam-se, a seguir, os principais eventos e contribuições ao longo das décadas, refletindo a evolução do debate sobre a interseção entre economia e saúde no Brasil.

  • 1952
    Publicação do artigo "Valor Econômico da Saúde" por Paulo de Assis Ribeiro, Manoel José Ferreira e Ernani Braga, destacando a importância econômica da saúde.
  • Décadas 1940-1970
    Mario Magalhães da Silveira introduz discussões sobre a relação entre desenvolvimento econômico e saúde. Artigo publicado em 2015 pela revista Ciência & Saúde Coletiva apresenta sua trajetória profissional e pensamento crítico sobre as conjunturas nacionais e as políticas de saúde adotadas, especialmente entre os anos 1940 e 1970.
  • Décadas 1960-1980
    Carlos Gentille de Mello critica a assistência à saúde da Previdência Social e o modelo de "pagamento por serviço ou por ato médico". Suas contribuições para o debate político e social da saúde entre os anos 1960 e 1980 são apresentadas em artigo publicado em 2021 pela revista Ciência & Saúde Coletiva.
  • 1974
    José Duarte Araújo defende sua tese de doutorado "Aspectos Econômicos da Saúde", considerada pioneira na economia da saúde no Brasil. Em 1975, ele publicou artigo de revisão sobre as relações entre saúde e desenvolvimento econômico na Revista de Saúde Pública.
  • 1978
    Paul Singer, Oswaldo Campos e Elizabeth M. de Oliveira publicam “Prevenir e Curar”, analisando a relação entre morbidade e fatores socioeconômicos.
  • 1981
    José Carlos Braga e Sérgio Góes de Paula publicam “Saúde e Previdência Social”, contribuindo para o debate econômico sobre saúde.
  • 1989
    Criação da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES), um marco importante para o desenvolvimento da economia da saúde no Brasil. Dois pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) participaram da 1ª Diretoria da ABrES: Solon Magalhães Vianna (presidente) e Sérgio Francisco Piola (membro da diretoria).. 

Uma primeira delimitação do escopo ou do campo temático da economia da saúde foi feita por Alan Williams em 1987, conforme quadro a seguir.

Cerne da Economia da Saúde Segundo Alan Williams
Áreas/Campos de Aplicação Conteúdo
Áreas Principais (A) Influências na Saúde
  1. Estudo dos determinantes e fatores de risco (genéticos, ambientais, comportamentais).
  2. Interação da saúde com esses fatores.
(B) Conceito e Medição da Saúde
  1. Compreensão do significado da saúde e sua relação com o bem-estar.
  2. Discussão de índices para medir a saúde.
  3. Abordagem multidisciplinar envolvendo economistas, epidemiologistas, sociólogos, etc.
(C) Demanda por Serviços de Saúde
  1. Distinção entre “demanda” e “necessidade”.
  2. Discussões sobre distribuição geográfica de recursos e barreiras de acesso.
(D) Oferta de Serviços de Saúde
  1. Análise de custos, mercado de trabalho, modelos de remuneração e incentivos.
  2. Estudo da “indústria da saúde” e organização da oferta de serviços.
Campos de Aplicação Empírica (E) Avaliação Microeconômica
  1. Análises de custo-efetividade e custo-utilidade.
  2. Avaliação de tecnologias e alternativas de provisão de serviços.
(F) Análise de Mercado
  1. Funcionamento do mercado e mecanismos de equilíbrio (preços, tempo, contratos).
(G) Avaliação do Sistema de Saúde
  1. Abordagem macroeconômica, focando em mecanismos institucionais, gasto, equidade e qualidade.
  2. Contribuições que possam ser úteis para as diferentes experiências nacionais de provisão de serviços de saúde.
(H) Planejamento, Orçamentação e Regulação
  1. Relevância em sistemas com ampla cobertura e participação pública, seja como provedor, seja como regulador ou ainda financiador.

Fonte: WILLIAMS, A. Health economics: the cheerful face of a dismal science. In: WILLIAMS, A. (edit.). Health and Economics. London: MacMillan, 1987. p. 1-11.

No Brasil, a delimitação usualmente empregada foi construída pelos profissionais das instituições que colaboraram com a criação da Biblioteca Virtual em Saúde Economia da Saúde Brasil. Os estudos que integram a Base de Dados da Produção Científica em Economia da Saúde no Brasil (Base ECOS) estão organizados em sete grandes grupos temáticos conforme quadro que segue.

Cobertura Temática da Base ECOS
Linhas temáticas Temas
(1) Aspectos Gerais de Economia da Saúde As metas da política de saúde; Oferta, demanda e mercados em saúde; Crescimento econômico, desenvolvimento social e saúde; Saúde e falência do mercado; Conceito de custos; Fatores socioeconômicos; Indicadores econômicos e sociais; Conceitos-chave em economia para análise de saúde e de cuidados de saúde (procedimentos em saúde e análise da tendência epidemiológica)
(2) Avaliação de Tecnologia em Saúde Não especifica os temas na fonte consultada
(3) Avaliação Econômica em Saúde Razões para empreender avaliação econômica; Avaliação em saúde; Avaliação de serviços de saúde;  Economia farmacêutica (Farmacoeconomia); Promoção da saúde; Educação em saúde; Políticas públicas; Equipamentos para diagnóstico e provisões hospitalares; Procedimentos clínicos; Pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico; Propriedade intelectual, incluindo propriedade imaterial e industrial; Qualidade de vida; Custos e análise de custo; Avaliação de custo-efetividade; Efeitos psicossociais da doença; Anos de vida ajustados por qualidade de vida; Anos potenciais de vida perdidos; Anos de vida perdidos por incapacidade; Análise de custo-benefício; Análise de custo-utilidade; Análise de custo-minimização
(4) Equidade e Desigualdade em Saúde Recursos financeiros em saúde; Equidade e desigualdades em saúde; Política Nacional de Saúde; Distribuição de recursos para cuidados de saúde; Indicadores básicos de saúde; Indicadores ambientais
(5) Estado, mercado e regulação em saúde Recursos humanos em saúde; Promoção da saúde; Política de saúde; Reforma dos serviços de saúde; Sistema Único de Saúde (SUS); Sistemas de Saúde; Economia e organizações em saúde; Necessidades e demandas de serviços de saúde; Setor de assistência à saúde; Regulação e fiscalização em saúde; Saúde suplementar; Inovação e mudança organizacional; Medicamentos genéricos; Preço de medicamentos; Prescrições de medicamentos; Participação social
(6) Financiamento e Gastos em saúde Custos de cuidados de saúde; Investimentos em saúde; Financiamento em saúde; Avaliação de serviços de saúde; Gastos em saúde; Dotação de recursos para cuidados de saúde; Equidade na alocação de recursos; Desenvolvimento sustentável; Alocação de recursos; Distribuição de recursos para cuidados de saúde; Administração financeira; Avaliação de programas e projetos de saúde; Orçamento e controle orçamentário
(7) Gestão dos serviços de saúde Administração de serviços de saúde; Serviços de saúde; Assistência farmacêutica e à saúde; Vigilância sanitária; Polícia sanitária para controle sanitário; Epidemiologia e Farmacoepidemiologia; Prevenção de doenças; Tecnologia Biomédica; Tecnologia Aplicada aos Cuidados de Saúde; Uso de medicamentos

Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de seleção de documentos para a base de dados da produção científica em economia da saúde no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

A economia política da saúde (EPS) é uma abordagem que investiga como questões políticas, sociais e econômicas influenciam a saúde das populações e os sistemas de saúde. Ao contrário da economia da saúde, que se baseia em teorias econômicas neoclássicas, a EPS utiliza teorias marxistas e keynesianas para analisar a interação entre Estado e mercado.

Os temas geralmente estudados pelos pesquisadores que se utilizam da abordagem da EPS são:

1 - Proteção Social: Saúde como um direito dentro dos sistemas de bem-estar social; como são definidos os mecanismos de financiamento dos serviços de saúde e quais são suas implicações para maior equidade.

2 - Indústria da Saúde: Análise do mercado de saúde, incluindo grandes indústrias farmacêuticas; avanço das formas capitalistas no setor saúde e os meios possíveis de regulação.

3 - Política de Saúde: Envolvimento de redes de instituições e diversos atores no sistema de saúde; relação entre desenvolvimento socioeconômico e saúde.

4 - Acumulação de Capital: Estudo do complexo industrial de saúde, especialmente sobre a dependência do Brasil de importações de tecnologias em saúde.

Um artigo representativo da discussão sobre as diferenças entre ‘economia política da saúde’ e ‘economia da saúde’ foi publicado pela Revista Divulgação em Saúde para Debate em 2007 Economia política da saúde: introduzindo o debate.



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