A Gestão de Riscos de Desastres e Emergências em Saúde (GRDE em Saúde) se baseia na administração multissetorial desses eventos, na implementação do Regulamento Sanitário Internacional e na estruturação dos sistemas de saúde. Assim, o Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha um papel vital em contextos de desastres e emergências, integrando as áreas de atenção primária e vigilância em saúde para uma resposta eficaz e coordenada, e ofertando cuidados de saúde como um direito universal. As orientações para gestão de risco de desastres destacam a necessidade de uma abordagem integrada entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e a Vigilância em Saúde. Esta integração permite a criação de fluxos de dados e informações que facilitam avaliações rápidas dos riscos, promovendo uma resposta imediata e adequada às necessidades da população afetada.
Em casos de desastres, a APS atua como organizadora da rede de atenção à saúde nos territórios impactados, enquanto a Vigilância em Saúde é responsável por estruturar os fluxos de informações e dados que possibilitam monitorar a situação em tempo real. A intensificação dos fluxos de informações entre APS e Vigilância em Saúde, juntamente com a participação e mobilização comunitária, é essencial para enfrentar emergências e desastres de forma eficaz. Em situações de desastres naturais, epidemias, pandemias ou outros eventos catastróficos, o SUS atua em várias frentes: