10/06/2020 11:02 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Junho - Número 22 - Dinte Covid-19 e medidas legais de distanciamento social: isolamento social, gravidade da epidemia e análise do período de 25 de maio a 7 de junho de 2020 (boletim 5) Autor: Rodrigo Fracalossi de Moraes
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05/06/2020 11:08 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio- Número 67- Diest Os Impactos da Pandemia de Covid-19 nas Organizações da Sociedade Civil: Conjuntura, Desafios e Perspectiva Autores:Camila Escudero
Atualmente, são 781.895 organizações formais e ativas exercendo ações em território brasileiro – espalhadas por todos os 5.570 municípios, segundo o Mapa das OSCs (Ipea, 2020). Juntas, elas compõem um setor complexo, desenvolvendo um amplo rol de atividades que compreendem desde o planejamento e a execução de projetos e políticas públicas, o relacionamento e estabelecimento de parcerias com os demais atores das esferas civil e governamental, até o aprimoramento e fortalecimento de mecanismos próprios de atuação (advocacy), como aparato jurídico-legal, prestação de contas (accountability) e transparência. Frente a todos os limites e avanços conquistados pelas OSCs nos últimos anos, a atual conjuntura traz ainda novos desafios sobre a atuação das organizações frente à pandemia de Covid-19 que assola o Brasil e o mundo em 2020. Ao discorrer sobre a atuação de OSCs na área da saúde no Brasil, Ramos (2004) diz que não há dúvidas de que a presença e atuação das organizações não governamentais (ONGs) no contexto da epidemia de Aids no país, saúde da mulher e reforma psiquiátrica (nos anos 1990) contribuíram decisivamente para a construção de políticas públicas e práticas de prevenção e assistência. Para a autora, essa participação se deu, em grande medida, devido às características de especialização, competência técnica, profissionalização de seus membros e tendência à proliferação de iniciativas e de articulações nacionais e internacionais. Nesse sentido, há motivos para se esperar que o mesmo campo de influência possa ser observado no caso da pandemia de Covid-19. Assim, esta nota técnica tem como objetivo principal destacar os impactos imediatos que a crise causada pela Covid-19 têm imposto às OSCs brasileiras, apontar alternativas e refletir sobre perspectivas, em um esforço de contextualização a partir de mapeamentos e descrições de perfis das organizações em atividades no país, usando como fonte, especialmente, o Mapa das OSCs.2 O texto está dividido em duas seções principais, além desta introdução e das considerações finais. A seção 2 tem como proposta traçar um panorama contextual quantitativo das OSCs nas áreas de saúde; assistência social; e desenvolvimento e defesa de direitos e interesses, bem como analisar os casos confirmados e de óbitos decorrentes da Covid-19, de acordo com território, população e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A seção 3 estrutura-se em subseções que discutem: i) movimentações de recursos financeiros; ii) doações e mobilizações para pessoas em situação de vulnerabilidade e hospitais; iii) mudança estratégica nas atividades; iv) atos normativos e impactos jurídicos-legais; e v) comunicação, visibilidade e advocacy. |
04/06/2020 19:45 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio- Número 71- Disoc Uma Análise da MP no 936/2020 Sobre os Rendimentos dos Trabalhadores e a Renda Domiciliar Per Capita Autores:Joana Simões de Melo Costa e Mauricio Cortez Reis
As principais mudanças nas condições de trabalho estão relacionadas às perdas salariais e ao desemprego, o que compromete a renda familiar de diversos trabalhadores, especialmente dos mais vulneráveis, que estão no setor informal. Ainda segundo a OIT (2020), cerca de 38% dos trabalhadores do mundo estão empregados nos setores mais fortemente prejudicados pela crise atual: comércio varejista, serviços de alimentação e hotelaria e indústria manufatureira No entanto, apesar de inevitável, a magnitude da contração da renda das famílias e da elevação do desemprego vai depender também de programas e medidas adotados pelos governos e da celeridade no processo de implementação dessas políticas. Para isso, um dos pilares das políticas defendidas pela OIT (2020) é o apoio a empresas, empregos e rendas. Neste eixo, são consideradas as políticas de expansão da proteção social, de implementação de medidas de proteção ao emprego e de alívio financeiro/tributário para as empresas. No Brasil, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, estabelecido pela Medida Provisória (MP) no 936, de 1o de abril de 2020, insere-se nesse contexto, e estabelece uma série de medidas com o objetivo de preservar os vínculos trabalhistas formais e garantir a renda dos trabalhadores em meio à crise da pandemia da Covid-19. A MP no 936/2020 dispõe sobre a possibilidade de redução da jornada de trabalho ou de suspensão temporária do contrato de trabalho, com a previsão de pagamento de um benefício emergencial ao trabalhador em ambos os casos. Embora a intenção seja evitar demissões durante esse período de crise, a principal crítica à MP no 936/2020 refere-se à sua capacidade de garantir os rendimentos dos trabalhadores afetados. O objetivo desta nota técnica, portanto, é caracterizar trabalhadores e famílias que poderão ser potencialmente afetados por esta norma e simular as possíveis variações de salários e rendimentos. Além desta introdução, a nota é composta pela seção 2, que descreve os principais aspectos da MP no 936/2020; pela seção 3, a qual apresenta os dados utilizados; pela seção 4, que sumariza os resultados; e pela seção 5, que expõe as principais conclusões. |
29/05/2020 16:22 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio - Número 10- Gabin Fontes de Dados Para Estudos Sobre a Covid-19 Autores:André Sampaio Zuvanov, Camila Cardoso Pereira, Carlos Enrique Rodrigues Aragon, Eduardo Monteiro de Castro Gomes, Fernanda Santos Amorim, Gustavo Maia Rodrigues Gomes, Jader Martins Camboim de Sá, Luciano Moura Silva e Welligtton Silva Cavedo
Palavras-chave: saúde; pandemia; epidemia; Covid-19; coronavírus; novo coronavírus; Sars-COV-2; coronavirus 2; bases de dados. |
26/05/2020 09:00 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio - Número 20- Dinte Covid-19 e Medidas Legais de Distanciamento Social: Isolamento Social, Descentralização e Análise do Período de 11 A 24 e Maio de 2020 (Boletim 4) Autores: Rodrigo Fracalossi de Moraes
A nota demonstra ainda que: i) políticas de distanciamento social se mantêm descentralizadas no país, variando significativamente conforme o estado ou o município. Essa descentralização possibilitou o protagonismo de governadores e prefeitos no gerenciamento da crise, o que por um lado fragmentou políticas, mas por outro permitiu que elas fossem adaptadas ao contexto local; ii) a estabilidade do rigor das medidas legais e do índice de isolamento social no período 11-24 de maio não altera o fato de que, desde o final de março, o isolamento social diminuiu mais do que o rigor das medidas legais; e iii) o rigor das medidas de distanciamento social está fortemente associado à gravidade da epidemia em uma determinada área geográfica – ou seja, situações graves da epidemia parecem deixar pouca escolha ao gestor, levando-o a optar por medidas rigorosas de distanciamento. Palavras-chave: Covid-19; distanciamento social; estados e municípios; federalismo. |
26/05/2020 15:14 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio - Número 72 - Disoc As Transferências Monetárias Federais de Caráter Assistencial em Resposta à Covid-19: Mudanças e Desafios de Implementação Autores: Letícia Bartholo, Andrea Barreto de Paiva, Marco Natalino, Elaine Cristina Licio e Marina Brito Pinheiro
Para tanto, o texto se divide em quatro seções, além desta apresentação. As seções 2 e 3 dedicam-se, respectivamente, a descrever e debater as mudanças ocorridas no BPC e no Bolsa Família entre a segunda quinzena de março e a segunda semana de maio de 2020, decorrentes da referida pandemia. A seção 4 se volta à descrição e análise da implementação do Auxílio Emergencial. Por fim, são apresentadas as considerações finais, buscando sintetizar os desafios e as oportunidades que podem ser extraídos dessas medidas, de forma a contribuir com o debate sobre possíveis melhorias de curto prazo e, principalmente, de documentar o aprendizado para aprimoramentos futuros. |
22/05/2020 18:18 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio - Número 70 - Disoc Proteção de Crianças e Adolescentes no Contexto da Pandemia da Covid-19: Consequências e Medidas Necessárias Para o Enfrentamento Autores: Enid Rocha Andrade da Silva e Valéria Rezende de Oliveira
O fechamento das escolas afeta de forma direta toda a população em idade escolar. Porém, crianças e adolescentes pobres são mais profundamente acometidas. Grande parte das crianças de baixa renda encontra na merenda escolar, ofertada pelas instituições públicas de ensino da educação básica, sua única fonte de alimentação saudável e, com a interrupção das atividades escolares, podem não conseguir se alimentar de forma adequada com os recursos disponíveis em seus domicílios. A situação pode ser pior ainda. É possível que parte expressiva das crianças e adolescentes que vivem em famílias pobres padeça de fome na ausência da merenda escolar. O agravamento das vulnerabilidades no período da crise sanitária da Covid-19 no Brasil torna imprescindível que sejam implementadas ações voltadas para garantir os direitos das crianças e dos adolescentes. As medidas de combate à pandemia do novo coronavírus repercutem na vida das meninas e dos meninos desde o ambiente doméstico de suas famílias e de suas comunidades até as instituições e os espaços públicos frequentados por esta população. As políticas públicas voltadas para o público infanto-juvenil precisam ser preservadas e adequadas ao momento atual e planejadas para o futuro próximo. Entre as questões mais urgentes estão a proteção contra as consequências da pobreza e da fome, a promoção de ações de cuidados à saúde, a implementação de medidas de compensação à interrupção da frequência à escola e a promoção de assistência e proteção aos grupos de riscos. Essa nota técnica tem o objetivo de chamar atenção para algumas das principais áreas que podem afetar crianças e adolescentes no momento atual e no período pós-pandemia e que demandam respostas por parte das famílias, da sociedade e do Estado. |
21/05/2020 20:40 | ||||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio - Número 16- Dirur Pandemia e Fronteiras Brasileiras: Análise a Evolução da Covid-19 e Proposições Autores: Bolívar Pêgo, Rosa Moura, Maria Nunes, Caroline Krüger, Paula Moreira, Gustavo Ferreira e Líria Nagamine
Além de protocolos clínicos e fortalecimento das infraestruturas de atendimento em saúde, o distanciamento social e o fechamento das fronteiras passaram a ser entendidos como meios necessários para reduzir a circulação de vetores e a proliferação de focos de contágio no território. Com isso, em um mundo globalizado, em grande parte do qual a desfronteirização era a conquista para a realização de uma nova fase de busca de ampliação de mercados e de maior interferência geopolítica, as fronteiras voltaram a adquirir expressão. Esta nota técnica (NT) tem como objetivo analisar a trajetória da pandemia após cruzar as fronteiras do território brasileiro, avaliar as medidas adotadas para sua contenção e encaminhar sugestões. Este estudo terá como grande questão norteadora responder de que forma o Brasil se preparou para enfrentar esse evento global, tendo exemplos de medidas empreendidas por países que já enfrentavam a então epidemia do Sars-COV-2, e que ações desencadeou, com particular atenção ao papel de suas fronteiras. Nesse sentido, serão destacadas as principais medidas adotadas e apontadas aquelas que necessitam de uma maior adequação à realidade local e regional na fronteira brasileira, diante da propagação exponencial do vírus no país. Para tanto, serão consideradas informações sistematizadas pelo Ministério da Saúde (MS), pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em suas análises sobre o processo e na orientação das medidas a serem tomadas em relação ao que se pode chamar de a grande crise humanitária desde o início deste século. Além desta introdução, a NT está estruturada em seis seções que abordam: a pandemia no mundo, sua evolução, as diferentes medidas adotadas e os distintos resultados obtidos entre os países (seção 2); as principais medidas mitigadoras adotadas pelo Brasil a partir da perspectiva de entrada do vírus pelas fronteiras nacionais, e a capacidade das políticas públicas brasileiras em atenderem às exigências para o enfrentamento da pandemia, com ações médicas, sanitárias e socioeconômicas, que impeçam a exposição ao risco dos segmentos vulneráveis da população (seção 3); as decisões anteriores e posteriores tomadas pelo Brasil, os protocolos das relações internacionais, as questões interfederativas e a vulnerabilidade dos municípios no enfrentamento da crise desencadeada, e, no caso do fechamento das fronteiras brasileiras, a sequência dos atos, suas controvérsias, a existência de ações coordenadas e articuladas para a redução dos prejuízos aos brasileiros em trânsito e à mobilidade cotidiana dos cidadãos transfronteiriços (seção 4); a propagação e os casos da Covid-19 nas fronteiras brasileiras, em uma leitura focada na problemática dos municípios situados nas faixas de fronteira litorânea e terrestre (seção 5); e, nas considerações finais e sugestões para políticas públicas, considerando que outras pandemias poderão ser ainda mais recorrentes, a reflexão retomará as questões que motivaram a elaboração desta NT (seção 6). |
21/05/2020 10:21 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio - Número 65- Diset A Proposta de Adoção de Fila Única nas Unidades de Terapia Intensiva e nas Demais Internações Hospitalares, Durante A Pandemia de Covid-19 no Brasil: Considerações Teóricas do Campo da Economia da Saúde Sobre as Alternativas Disponíveis Autores: Alexandre Marinho
De fato, as possíveis interações entre hospitais públicos e hospitais privados que compartilhem, ainda que parcialmente, uma mesma clientela é bastante complexa. As consequências dessas interações podem ser observadas em vários indicadores: nas quantidades totais de pacientes atendidos ou recusados; na qualidade dos desfechos clínicos; e, até mesmo, na situação econômica e financeira dos hospitais (Marinho, 2003; Marinho, 2004b; Marinho et al., 2009). Essas complexidades são muito amplificadas na presença de uma pandemia potencialmente catastrófica, como a de Covid-19. A capacidade de atendimento aos brasileiros contaminados pelo novo coronavírus, em leitos de internação usuais e em UTIs, poderá, em diversas localidades, superar as necessidades da população (CNS, 2020; Costa e Lago 2020; Noronha et al., 2020; Rache et al., 2020). Além de quantitativamente insuficiente, a distribuição de leitos é desigual entre os entes federados (estados, Distrito Federal e municípios) e entre as regiões do país, em desfavor das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Portela et al., 2020). Existem também desigualdades entre a disponibilidade de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS), onde os leitos são insuficientes, e a disponibilidade na rede assistencial da saúde suplementar (planos e seguros de saúde), onde os leitos são relativamente mais abundantes, embora sem grandes excessos. Para tentar minimizar o problema dessas desigualdades surgiu, no decorrer da atual pandemia, a proposta de criação de uma fila única para atendimento em hospitais públicos e nos hospitais privados. Esta proposta foi divulgada em nota técnica elaborada pelo Grupo de Estudos sobre Planos de Saúde da Universidade de São Paulo (GEPS/USP) e pelo Grupo de Pesquisa e Documentação sobre Empresariamento na Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GPDES/UFRJ) e no Manifesto Leitos para Todos + Vidas Iguais. O manifesto foi assinado (até o momento – abril de 2020) por dezenas de entidades da sociedade civil organizada e por mais de 1.100 médicos, profissionais de saúde, pesquisadores e cidadãos com as mais diversas formações profissionais. O referido manifesto está disponível na internet. Em termos bastante gerais, de acordo com a proposta de fila única, a gestão do acesso aos leitos públicos e privados de internações e de UTIs no Brasil seria feita pelo setor público, independentemente de os pacientes terem ou não, preteritamente, direito ao acesso via planos e seguros de saúde, ou da capacidade de pagamento no momento da internação (out-of-pocket). A proposta de fila única suscitou manifestações na imprensa, tanto de apoiadores, como a professora da UFRJ, Dra. Ligia Bahia,3 quanto de detratores, como o Dr. Henrique Neves, vice-presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP),4 ambos no jornal Folha de São Paulo (2020). Outros órgãos da imprensa também publicaram manifestações sobre o tema,5 como o jornal O Globo, em mais de uma ocasião. Voltaremos ao debate em torno da proposta mais adiante, nesta nota técnica. Um ponto interessante a ponderar é que tanto a proposta da nota técnica GEPS e GPDES (2020) como o Manifesto Leitos para Todos + Vidas Iguais (2020) se concentram nas vagas hospitalares contratadas pelos planos de saúde. Nenhum dos documentos menciona os hospitais de clientela fechada (militares, sindicatos, igrejas etc) que, eventualmente, também possam receber, direta ou indiretamente, benefícios, tais como subsídios diversos; empréstimos de bancos oficiais com condições especiais; investimentos públicos federais; e recursos dos erários municipais, estaduais ou federal. Seria importante tornar clara a contribuição que esses hospitais estão dando para a população em geral na presente pandemia, além de sua clientela fechada habitual. Mas essa é uma tarefa que está além do escopo desta nota técnica. Além da presente apresentação, esta nota técnica possui mais seis seções. A seção 2 apresenta uma breve descrição do tratamento dado às filas em saúde pela economia da saúde. A seção 3 descreve, sucintamente, a proposta da fila única geral (FUG), conforme descrita por seus defensores, que abrangeria todos os leitos de internação, inclusive UTIs, no âmbito do SUS, e os leitos dos hospitais contratados por seguros e planos de saúde (assistência suplementar), que não são contratados pelo SUS. A seção 4 apresenta justificativas de caráter legal, ou normativo, para implementação da fila única. A seção 5 explicita um modelo de fila que chamamos de fila única parcial (FUP), que seria menos abrangente do que a FUG. A FUP somente englobaria os leitos hospitalares que estivessem vagos nos hospitais fora do SUS, após a internação dos pacientes beneficiários de planos e seguros de saúde. A seção 6 discute questões operacionais favoráveis, ou desfavoráveis, à implementação da fila única. A seção 7 contém as nossas considerações finais. O apêndice A apresenta um exercício exploratório, muito preliminar, de aplicação de teoria das filas em dados da presente pandemia no Brasil.
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20/05/2020 11:23 | ||||||
Nota Técnica - 2020 - Maio - Número 64 - Diset Políticas públicas para pesquisa e inovação frente à crise da Covid-19
Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, em 30 de janeiro, muitos países adotaram medidas econômicas para responder a essa situação sem precedentes. Embora a maioria delas esteja voltada aos sistemas de saúde e à redução dos impactos sobre o emprego, a renda e as empresas, há, também, um conjunto de medidas específicas para reforçar as pesquisas sobre a Covid-19 e para sustentar a capacidade de inovação das empresas atingidas pela crise. Mais do que nunca, há o reconhecimento de que a saída da crise sanitária, econômica e social provocada Os desafios científicos e tecnológicos colocados pelo vírus vão, contudo, muito além da vacina. Existem muitas perguntas em relação à doença ainda sem respostas, desde questões epidemiológicas3 (efeitos da doença, potencial de transmissão do vírus, parcela da população mais vulnerável, fatores de risco etc.) até protocolos mais eficientes de tratamento e prevenção. Mesmo antes da descoberta de uma vacina, é possível avançar em terapias auxiliares e de suporte, capazes de ajudar os países a lidar melhor com os impactos sociais e econômicos da pandemia. Novos equipamentos de proteção, respiradores, testes mais rápidos e eficientes demandam novos conhecimentos e tecnologias. Uma vez descoberta a vacina, existirá ainda o desafio tecnológico de produzi-la em larga escala e pouco tempo, em um cenário no qual os insumos médicos e farmacêuticos são escassos e produzidos por alguns poucos países. Para os em desenvolvimento, como o Brasil, que dependem fortemente da importação de equipamentos médicos e de insumos farmacêuticos, esses desafios são ainda maiores. Todas essas questões necessitam de um esforço de pesquisa e de inovação muito grande e ágil, para que possam dar respostas em tempo de minimizar os efeitos da crise na sociedade. Por essa razão, muitos governos estão coordenando iniciativas, alocando recursos adicionais para fomentar a pesquisa e a inovação, mobilizando universidades, instituições de pesquisa e empresas, e definindo prioridades de pesquisa adequadas às suas realidades. O auxílio da comunidade científica tem sido essencial, em muitos países, para a definição de políticas de controle e mitigação da pandemia, bem como dos desafios científicos e tecnológicos prioritários. Como este é um problema global, também é possível identificar um movimento de coordenação internacional das pesquisas sobre a Covid-19, capitaneado pela OMS e por instituições multilaterais de pesquisa. Esta nota técnica procura mapear as políticas para pesquisa e inovação que estão sendo adotadas, em alguns países, a fim de se buscarem soluções para a crise. Mais do que recursos disponibilizados pelos governos nacionais para pesquisas sobre a doença, busca-se identificar medidas adotadas para preservar a capacidade de inovação das empresas e de que forma os governos têm articulado suas ações internacionalmente e com a comunidade científica. |