Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

América do Sul, Latina e Caribe: por que e como buscar a integração regional

Chamada para artigos para o número 30, 2022/3

Tema: América do Sul, Latina e Caribe: por que e como buscar a integração regional

Período de submissão de artigos: 1º de setembro de 2022 a 31 de outubro de 2022.

Lançamento: dezembro de 2022.

Os países da América do Sul, Latina e Caribe tem como principais desafios conjuntos a recuperação econômica pós-pandemia e a reconstrução dos espaços regionais de cooperação, concertação e integração para fazer frente aos desafios comuns como a disputa comercial, econômica e geopolítica entre China e Estados Unidos, as tensões entre Ocidente e Oriente, os conflitos com repercussões mundiais no leste da Europa e a crescente crise do multilateralismo.

Ainda que denominada como América Latina e Caribe em diversos espaços multilaterais, cada subregião possui dinâmicas e especificidades próprias nas quais foram surgindo distintas organizações. Destaca-se a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) como fórum de concertação regional de escala abrangente. Já nas subregiões, destaca-se o Sistema da Integração Centroamericana (SICA) e o Mercado Comum Centroamericano (MCCA), na América Central; a Comunidade do Caribe (CARICOM) e Organização dos Estados do Caribe Oriental (OECS), no Caribe; o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a Comunidade Andina (CAN) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), na América do Sul. Há, ainda, os mecanismos em que participam países de diferentes subregiões, como a Aliança do Pacífico e a Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA).

A integração latino-americana é um imperativo da Constituição Federal de 1988. O parágrafo único do artigo 4 estabelece que "A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações". Para a Política Nacional de Defesa do Brasil, a América do Sul é o ambiente regional no qual o Brasil se insere, mas buscando aprofundar seus laços de cooperação, o país visualiza um entorno estratégico mais amplo, que inclui o Atlântico Sul e os países lindeiros da África, a Antártica e atenção ao Caribe. No discurso diplomático, prevalecem as menções à América do Sul, sem excluir o debate sobre os “círculos concêntricos”, cuja ação da política externa seria diferente e complementar para cada espaço (Cone Sul, América do Sul e América Latina e Caribe.

Desde os anos 2000, observou-se um crescente protagonismo do Brasil em direção à região sul-americana e latino-americana, que se traduziu positivamente em reuniões multilaterais, na consolidação de projetos de alcance regional, na formação de espaços regionais de cooperação e integração, como a Unasul e a Celac, e no diálogo abrangente e transversal de temas não-comerciais. Na década de 2010, tal protagonismo foi desacelerando e a pandemia da Covid-19 acentuou as tendências prévias de fragmentação e polarização política, tanto dentro como entre os países da região, e desintegração econômica. O Brasil se depara com o desafio de rearticular seu entorno estratégico e de promover o diálogo regional tanto para fomentar a integração como para fortalecer sua projeção nas principais instituições e fóruns de governança global.

Dando continuidade à reflexão proposta pelo número 23 da Revista Tempo do Mundo, que discutiu justamente o fenômeno da fragmentação política e da desintegração econômica, o número 30 será dedicado à reflexão sobre por que e como o Brasil deve retomar seu papel de liderança na promoção da integração e cooperação regional.

Observando as diferentes dinâmicas de cada subregião e, ao mesmo tempo, a América Latina e Caribe como um todo, quais estratégias deverão ser adotadas pelo país? Como elas se complementam? Como enfrentar a crise climática? Quais parcerias bilaterais e espaços regionais serão relevantes no esforço de rearticulação regional? Além da integração comercial, como promover a integração nas áreas de infraestrutura, energia, saúde, defesa, educação, cultura, cidadania, ciência e tecnologia e estabelecer um diálogo transversal entre essas áreas? Como garantir as liberdades democráticas e promover os direitos humanos? Como garantir a soberania dos países amazônicos e fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para preservação da maior reserva de biodiversidade do mundo, o desenvolvimento sustentável e a atuação conjunta da região nos espaços globais de governança ambiental?

Convidamos autores a submeterem os artigos que debatam as questões acima. O número 30 será coordenado por dois professores do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da Universidade de São Paulo (Prolam-USP): Maria Cristina Cacciamali, professora emérita do Prolam-USP e professora titular aposentada do departamento de economia da FEA-USP e Amaury Patrick Gremaud, professor do Prolam-USP e do departamento de economia da FEA-USP Ribeirão Preto. Os manuscritos podem ser submetidos até dia 31 de outubro de 2022.

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Chamadas de Artigos - 2022
Tema: América do Sul, Latina e Caribe: por que e como buscar a integração regional

Tema: Financiamento ao Desenvolvimento

Chamada para artigos para o Número 29, 2022/2

Tema: Financiamento ao Desenvolvimento

Período de submissão de artigos: 1º de março 2022 a 30 de abril de 2022

Lançamento: agosto/2022

Através do financiamento ao desenvolvimento pode-se fortalecer os meios e alcançar os propósitos para a implementação e revitalização de parcerias bilaterais e multilaterais para o desenvolvimento sustentável, tanto em âmbito nacional quanto global. A mobilização de recursos internos para melhorar a capacidade nacional para arrecadação de impostos e receitas é fundamental para impulsionar o financiamento do desenvolvimento em países de menor desenvolvimento relativo a partir de múltiplas fontes. Ajudar os países em desenvolvimento a alcançar a sustentabilidade é responsabilidade global.

Em 2015, o mundo se junto sob a égide da Agenda 2030 e definiu 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. No entanto, no caminho de suas metas vivemos a maior crise de saúde global em décadas. Se a pandemia de Covid-19, por um lado, colocou sob risco este pacto global para o desenvolvimento; por outro lado, explicitou a necessidade de mais ações coordenadas entre os países para enfrentar os flagelos da crise sanitária que se instalou globalmente. Para tanto, é preciso encorajar a cooperação internacional para o desenvolvimento no contexto da crise.

As instituições financeiras de desenvolvimento (IFD) internacionais e nacionais cumprem importante papel para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e viabilizam parte significativa dos fundos destinados a esse propósito. O financiamento dessas instituições a programas e projetos em países em desenvolvimento são importantes para a transformação da sustentabilidade a ser alcançada por meio de reformas de sistemas econômicos e sociais no nível nacional e global.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) têm acordo de cooperação técnica com o objetivo de ampliar as pesquisas e iniciativas para o cumprimento das metas da agenda 2030 de desenvolvimento sustentável.

O número 29 da Revista Tempo do Mundo será coordenado por Carlos Pincemin, economista da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para o Brasil e o Cone Sul. Os interessados na temática podem submeter, entre 1º de março e 30 de abril de 2022, seus manuscritos sobre o financiamento ao desenvolvimento, incluindo governança financeira internacional, instituições de financiamento ao desenvolvimento, financiamento climático, financiamento para a retomada pós-pandemia e acordos sobre desenvolvimento sustentável.​

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Boletim de Análise Político Institucional - Edição Temática - Implementação de Ações Afirmativas para Negros e Negras no Serviço Público: Desafios e Perspectivas
 
Chamada de artigos para a Edição 27 - Boletim de Economia e Política Internacional
 
Chamadas de Artigos - Proposta de Publicação de Livro - “O Papel das Instituições de Ensino Superior na Interiorização do Desenvolvimento Brasileiro”

 
Tema: Políticas Públicas Comparadas para a Retomada Pós-Covid-19
 

Proposta de Publicação de Livro - “O Papel das Instituições de Ensino Superior na Interiorização do Desenvolvimento Brasileiro”

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Secretaria de Desenvolvimento Regional e Urbano (SDRU) do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) têm a satisfação de divulgar a lista dos resumos expandidos aprovados para a proposta de publicação “O Papel das Instituições de Ensino Superior no Interiorização do Desenvolvimento Brasileiro”. São 31 propostas escolhidas para esta primeira etapa, as quais compõem um painel diversificado regional e tematicamente.

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Chamada de Artigos IFES Divulgação dos Trabalhos Finais 23 Junho 2020

 

Datas importantes:

Etapas

Data Original

Nova Data

Envio dos artigos completos

20/DEZ/2019

10/JAN/2020

Lançamento do livro

30/ABR/2020

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Boletim de Economia e Política Internacional

Chamada de artigos para a Edição 27

Tema especial: Impactos da Pandemia de Covid-19 na Economia e na Política Internacional

O ano de 2020 está sendo marcado pela pandemia de Covid-19. A doença, causada por um novo tipo de coronavírus de origem ainda desconhecida, se disseminou primeiramente na China, em fins de 2019, mas já no primeiro trimestre de 2020 havia se disseminado por praticamente todos os países do mundo. A elevada taxa de transmissibilidade do vírus fez com que o número de infectados necessitando de atenção hospitalar escalasse muito rapidamente em diversas localidades, como a Lombardia, na Itália, e Nova Iorque, nos Estados Unidos. No intuito de desacelerar o ritmo de propagação da doença e assim evitar o colapso de seus sistemas de saúde, governos nacionais e subnacionais ao redor do mundo lançaram mão de medidas de isolamento social, com variados graus de restrição. Fronteiras foram temporariamente fechadas. Países ricos, que há muito tempo desconheciam o que é dificuldade de importar, defrontaram-se com grandes dificuldades de importação de insumos hospitalares, cuja produção mundial está hoje bastante concentrada na Ásia, especialmente na China. Estatísticas já divulgadas indicam que a pandemia, assim como as medidas restritivas adotadas em resposta, impactou fortemente as economias nacionais, com reflexos igualmente severos sobre as transações internacionais. Esta edição do Boletim de Economia e Política Internacional tem como objetivo lançar luzes sobre os efeitos temporários e duradouros da pandemia sobre a economia e a política internacional. Em especial:

- Efeitos sobre o comércio internacional
- Efeitos sobre negociações comerciais internacionais
- Efeitos sobre as cadeias internacionais de suprimentos
- Efeitos sobre o turismo internacional
- Efeitos sobre políticas econômicas domésticas dos países afetados, em especial sobre política industrial
- Efeitos sobre as decisões locacionais de investimento das empresas multinacionais
- Efeitos sobre as finanças externas de países em desenvolvimento
- Efeitos sobre os projetos transnacionais de integração de infraestrutura
- Efeitos sobre o sistema financeiro internacional
- Efeitos sobre a cooperação internacional para o desenvolvimento
- Efeitos sobre percepção internacional dos países, incluindo soft power
- Efeitos sobre políticas de imigração e xenofobia
- Efeitos sobre a governança internacional, em especial sobre o financiamento de agências como a Organização Mundial da Saúde (OMS)
- Efeitos sobre a percepção doméstica, nos diversos países atingidos pela pandemia, das agências do sistema de governança internacional, em especial a OMS.

Prazo para a submissão de artigos: até 31 de julho de 2020. Os artigos submetidos serão revisados em um prazo de até dez dias úteis. IMPORTANTE: os artigos serão disponibilizados no site do Ipea assim que aprovados.
Os artigos devem ser enviados para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Os textos devem ter até 20 páginas em espaçamento 1,5 e fonte Times New Roman 12.

Boletim de Análise Político Institucional

Edição Temática - Implementação de Ações Afirmativas para Negros e Negras no Serviço Público: Desafios e Perspectivas

As ações afirmativas para população negra passaram a ser adotadas no Brasil no início dos anos 2000, a partir da repercussão de importantes acontecimentos, como a Marcha Zumbi dos Palmares em 1995, seguida da criação do Grupo de Trabalho Interministerial no âmbito do governo federal; a mobilização preparatória e a participação intensa da delegação brasileira na III Conferência Internacional contra o Racismo, em Durban, África do Sul, em 2001; e a publicação do Programa Nacional de Ações Afirmativas (PNAA), em 2002 (Silva, 2019). Em que pese a limitada efetividade das primeiras medidas governamentais, foram o início de uma agenda sobre o tema. Em 2003, a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), no governo federal, ampliou a visibilidade do tema e estimulou a adoção de iniciativas governamentais voltadas ao enfrentamento das desigualdades raciais. No âmbito subnacional, expandiram-se programas de ação afirmativa para ingresso de negros(as) no ensino superior e no serviço público.

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