Integração física
Titulo | Resumo do estudo |
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Corredores Bioceânicos e Agronegócio: o caso do algodão brasileiro | Nos últimos quinze anos, o algodão brasileiro tem se destacado no mercado mundial; sua participação no total das exportações globais passou de 2% para 7%. Como visto por Alcantara, Vedana e Vieira Filho (2023), essa nova dinâmica do algodão está concentrada no estado de Mato Grosso, expandindo-se em direção a Rondônia. Portanto, em direção à Bolívia e voltada ao Peru. Pretende-se com este capítulo reunir, em uma análise conjunta: i) elementos geográficos da expansão agrícola brasileira e seu potencial transbordamento aos países vizinhos; ii) o planejamento da infraestrutura regional sul-americana; e iii) as especificidades do algodão em relação à produção, à logística e ao mercado internacional. Parte-se da hipótese de que o algodão tem todas as características necessárias para liderar o adensamento do fluxo em larga escala de produtos do agronegócio brasileiro, via portos do Chile e Peru, transpondo os Andes, para os mercados da Ásia-Pacífico. |
Redes de actores y su rol en el desarrollo de corredores: diagnóstico y propuesta de gobernanza para el corredor bioceánico vial Mato Grosso do Sul–puertos del norte de Chile | Este Texto para Discussão aborda um desafio-chave: analisar a atual coordenação da iniciativa do Corredor Rodoviário Bioceânico (CRB) para promover a integração em infraestrutura e cooperação entre o estado de Mato Grosso do Sul, o Chaco paraguaio, as regiões do noroeste argentino (NOA) e os portos do norte do Chile, analisando a rede de atores. A análise é fundamental para repensar a forma de governança que pode orientar esta iniciativa no futuro para o cumprimento dos objetivos declarados. O propósito do texto é explicar como a rede de atores do corredor está organizada, bem como propor uma forma potencial de governança que permita melhor coordenação entre os atores participantes, para que o corredor possa se tornar um instrumento de desenvolvimento regional. |
Integração da América do Sul: a infraestrutura como um catalisador da integração | Este artigo apresenta uma abordagem descritiva das organizações internacionais políticas e financeiras que atuam na América do Sul e que visam à integração regional. Faz-se uma revisão bibliográfica dos estudos econômicos que buscam demonstrar a importância do investimento em infraestrutura. Demonstram-se as iniciativas de integração por meio de planejamento de longo prazo e projetos multinacionais com a Iniciativa Cinturão e Rota e a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) e do Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan). Com base nas exposições, propõem-se três maneiras de se realizar a integração sul-americana: trabalho conjunto entre as organizações internacionais; a infraestrutura como propulsor da integração; e a liderança do Brasil nesse processo. Entende-se que temos uma quantidade de organismos internacionais já em atividade na região que deveriam trabalhar em conjunto e investir em projetos de infraestrutura beneficiando os países e populações, integrando as cadeias produtivas e fomentando o intercâmbio comercial ente os países, desenvolvendo as regiões do interior do Brasil. Expõe-se a necessidade de ter mecanismos de compromissos escritos com estratégias macro de longo prazo de integração que não estejam suscetíveis aos ciclos políticos e ideológicos de cada país. Defende-se que o Brasil, por seu tamanho populacional e econômico, amparado por sua tradição de conciliação e negociação reconhecidas internacionalmente e com o mandato constitucional, em seu art. 4o , deve fomentar e liderar o projeto de integração da América do Sul. |
Infraestrutura de Transportes e o papel brasileiro na Amazônia Sul-Americana, uma concertação necessária: Governar, Integrar, Preservar | Tendo como recorte espacial a Amazônia sul-americana, este trabalho objetiva discuti-la como um espaço físico, ambiental e socioeconômico de relevância à rearticulação regional, destacando a questão da infraestrutura dos transportes e a importância do Brasil para impulsionar esse processo na contemporaneidade. Com o fim da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em 2019, vários de seus conselhos foram paralisados e descontinuados, como o Conselho de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan), refletindo no abandono de esforços construídos desde o início do século XXI. Ademais, tensionaram-se relações entre preferências nacionais e a indispensável busca por desenvolvimento, e mecanismos de cooperação e integração regional, instrumentos fundamentais para atender a tais demandas. Por sua vez, um cenário de instituições desacreditadas abriu espaço para maior atuação de múltiplos atores públicos e privados, internos e crescentemente internacionais e multinacionais, que, de maneira desconexa dos arranjos regionais, direcionam obras de infraestrutura focando em seus próprios interesses, ampliando também a vulnerabilidade socioambiental dos/nos territórios amazônicos. Defende-se que é necessário integrar para preservar e desenvolver. A governança e a institucionalidade regionais representam pilares centrais para a retomada de um processo integracionista sul-americano mais resiliente, que vise à proteção e ao desenvolvimento amazônico, no qual o Brasil tem um relevante papel impulsionador a ser exercido e uma liderança diretiva a retomar. |
Integração Física na Amazônia Sul-Americana: a inclusão das órbitas de circulação intrarregionais na agenda pública | O objetivo deste artigo é discutir a questão da infraestrutura de transportes na Amazônia sul-americana com ênfase numa abordagem multiescalar, a partir dos anos 2000, visando integrar a escala nacional/subnacional à agenda pública do subcontinente. Com base em amplo diagnóstico de problemas, possibilidades e múltiplas dependências relacionadas às estratégias de integração física para a Amazônia, debate-se em que medida tais estratégias, aspirando servir à logística internacional, atendem às órbitas de circulação intrarregionais. Consideram-se, primeiramente, dificuldades e demandas intrarregionais com respeito à infraestrutura de transportes em seus vários modais; em segundo lugar, a evolução das estratégias recentes de integração física em nível subcontinental; e, em terceiro, as múltiplas dependências inter-relacionadas aos problemas infraestruturais acumulados e que dizem respeito à escala nacional/subnacional. Como hipótese, afirma-se que boa parte dos problemas, das demandas e das dinâmicas socioeconômicas intrarregionais depende da articulação de três processos, conectividade, acessibilidade e capilaridade, como parte de um esforço efetivo de cooperação e coordenação entre os países amazônicos, para fortalecer a intermodalidade. A metodologia utilizada baseou-se numa revisão abrangente da literatura e em informações secundárias pontuais, separando a Amazônia em três grandes porções: brasileira, andina e caribenha. Nas considerações finais, atenta-se para a construção de uma agenda pública de integração física intermodal que vise o desenvolvimento intrarregional amazônico. |
A Ponte do Abunã e a integração da Amacro ao Pacífico | Em 7 de maio de 2021, foi inaugurada pelo presidente da república a ponte do Abunã, em Rondônia. A obra de 1,9 km sobre o rio Madeira conectou pela primeira vez a capital do Acre a outras capitais do país sem a necessidade de balsa. Esse empreendimento completa a infraestrutura rodoviária entre Rondônia e o Pacífico, um esforço histórico que perpassou várias décadas e diferentes governos. |
Corredor Bioceânico de Mato Grosso do Sul ao Pacífico: Produção e Comércio na Rota da Integração Sul-Americana | Este livro trata da integração de infraestrutura física no centro da América do Sul, entre o sudoeste sul-mato-grossense, o Norte do Paraguai, o Norte da Argentina e a região central chilena. |
El financiamiento de la Integración Infraestructural Sudamericana: las dificultades institucionales de constitución de un nuevo arreglo financiero regional | A Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) - em termos de financiamento - teve como objetivo criar esquemas regionais inovadores na realização de projetos compartilhados de transporte, energia e telecomunicações. Este artigo analisa o financiamento das agendas de projetos prioritários executados e concluídos entre 2005-2018 e a participação das Instituições Multilaterais de Desenvolvimento (IMD) e dos setores público e privado. Para isso, procura identificar quais foram as instituições financeiras mais relevantes e os principais desafios enfrentados para a captação de recursos na região. Argumenta-se que a ideia de um arranjo de financiamento inovador fracassou devido a: alta dependência do investimento público; a permanência de um ciclo vicioso em que projetos com recursos já alocados são aqueles que atraem mais recursos; a baixa participação das IMDs; e o distanciamento do setor privado. |
A Integração Física Sul-Americana no período recente (2000–2020): Situação, Continuidade, Inflexão E Reversão | Diante do processo de globalização econômica e decorrentes investimentos realizados na criação de eixos de conexão para atender à crescente comercialização de produtos e serviços e à circulação de pessoas, ficam evidentes, em tempo e espaço, enormes diferenças entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, acarretando a maior oferta e integração de malhas viárias em favor dos primeiros. A América do Sul apesar de histórica-estruturalmente apresentar expressivos atrasos em termos infraestruturais, com conexões mais voltadas "para fora" que "para dentro", haja vista o acúmulo de carências e desafios, nos últimos anos pareceu avançar no quesito integração física – territorial, em planos e obras. Partindo da inter-relação entre tais aspectos, este artigo propõe debater sobre a questão dos transportes durante o período 2000-2020, com ênfase nas políticas e investimentos efetuados e previstos, em linha a duas grandes iniciativas de integração física regional: a Iniciativa de Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA/2000) e o Conselho de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN/2009). Especificamente, a partir de um diagnóstico da situação recente da infraestrutura sul-americana, a discussão centrará nos pontos de continuidade e inflexão entre tais agendas entre 2000-2016, com maior foco no COSIPLAN. A partir de então, embasado em um cenário político-econômico complexificado na América do Sul, novas conjecturas e prospectivas sobre a integração física no subcontinente são apresentadas, indicando um movimento de considerável reversão da questão infraestrutural no subcontinente. |
La integración en energía eléctrica entre los países de la Comunidad Andina: análisis, obstáculos y desafíos | Este artigo procura analisar as possibilidades que, em matéria de integração de energia elétrica, possuem os países da Comunidade Andina (CAN – Bolívia, Peru, Colômbia e Equador). Por meio do estudo das políticas de investimento e do manejo integral que cada país da CAN impõe à geração, à transmissão, à distribuição e à comercialização da energia elétrica, procura-se identificar os obstáculos e os desafios que se dão em matéria de legislação comum para chegar a uma real integração em energia elétrica. Pode-se identificar que a CAN, apesar do grande avanço institucional e dos amplos recursos naturais que possui, ainda não dispõe de uma normalização nem de um mercado comum para alcançar a integração energética em energia elétrica. Pelo que se pode observar, é mais um processo de interconexão energética do que propriamente de integração. |