PNAD COVID-19 – Divulgação de 17/07/2020 – Principais destaques

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marco Antônio F. de H. Cavalcanti

Os resultados referentes à semana de 21 a 27 de junho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), continuam a refletir o profundo choque da pandemia do SARS-CoV-2 sobre a economia brasileira. No mercado de trabalho, o quadro adverso causado pela pandemia é composto por baixos níveis de ocupação e participação na força de trabalho, elevada taxa de desocupação e grande contingente de pessoas temporariamente afastadas do trabalho devido ao distanciamento social. Os resultados da PNAD Covid-19 referentes às últimas duas semanas de junho sugerem que os efeitos desse choque no mercado de trabalho podem estar arrefecendo. De fato, a maioria dos indicadores mostrou relativa estabilidade nesse período, e alguns indicadores diretamente relacionados aos efeitos da crise sanitária, como os números de trabalhadores afastados do trabalho por causa do distanciamento social e de pessoas que não procuraram emprego por causa da pandemia, têm apresentado tendência de queda, indicando um movimento de retorno gradual a algum tipo de “normalidade” no funcionamento do mercado de trabalho. Ainda é cedo, porém, para afirmar que o pior momento da pandemia no mercado de trabalho ficou para trás – conforme sinalizado pela deterioração, na margem, de alguns indicadores importantes, e do nível de ocupação em particular. É natural que a melhora já observada nos indicadores de atividade econômica comece a ter reflexos positivos também no mercado de trabalho, mas os efeitos adversos da crise neste mercado tendem a persistir durante algum tempo.

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