Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou queda de 4,9% na comparação entre os meses de dezembro e novembro, na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, que sucedeu recuo de 3,7% no período anterior, o quarto trimestre de 2019 registrou retração de 1,6% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) cedeu 4% na margem, as importações de bens industriais recuaram 6,2%, conforme mostra a tabela 1.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais recuou 1,6% contra dezembro do ano passado. Apesar disso, o quarto trimestre de 2019 apresentou um crescimento de 1,6% em relação ao verificado no mesmo período do ano passado. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda encerrou 2019 com uma variação ligeiramente negativa (-0,2%), enquanto a produção industrial, conforme mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou baixa de 1,1% no ano, como visto no gráfico 1.
TABELA 1
Consumo aparente de bens industriais versus produção industrial (PIM-PF)
(Em %)
Fonte: Ipea, IBGE e Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).
Elaboração: Grupo de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea.
Nota: 1 Trimestre terminado no mês de referência da divulgação.
GRÁFICO 1
Demanda por bens industriais versus produção industrial
(Taxas de variação acumuladas em doze meses, em %)
Fonte: Ipea e IBGE.
Elaboração: Grupo de Conjuntura da Dimac/Ipea
A análise dos resultados por grandes categorias econômicas, por classes de produção e por segmentos pode ser vista no texto completo do indicador.