Modelos vetoriais de correção de erros trimestrais para os componentes da demanda agregada, para as importações e para a carga tributária bruta

Por Cláudio Hamilton Matos dos Santos

Este texto tem como objetivo apresentar modelos vetoriais de correção de erros (vector
error correction models – VECMs) para as importações, para a carga tributária
bruta e para os componentes da demanda agregada reportados nas contas nacionais
trimestrais (CNTs) brasileiras, com a finalidade de produzir cenários de até quatro
trimestres à frente para as referidas variáveis. Espera-se que alguns desses modelos
possam se mostrar, ao longo do tempo, suficientemente úteis para serem incorporados
à suíte de modelos macroeconômicos ora sendo estimados na Dimac/Ipea e/
ou que contribuam para refinar esforços de modelagem posteriores, provavelmente
envolvendo não linearidades.

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio: primeiro trimestre de 2024

Por Diego Ferreira

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre com superávit acumulado de US$ 32,23 bilhões – crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 36,83 bilhões, enquanto as importações, US$ 4,60 bilhões – valores estes 2,9% e 3,7%, respectivamente, acima dos observados em 2023. Considerando os produtos de todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro trimestre também foi superavitário em US$ 19,08 bilhões – isto é, US$ 3,47 bilhões a mais em relação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior.

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre com superávit acumulado de US$ 32,23 bilhões – crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 36,83 bilhões, enquanto as importações, US$ 4,60 bilhões – valores estes 2,9% e 3,7%, respectivamente, acima dos observados em 2023. Considerando os produtos de todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro trimestre também foi superavitário em US$ 19,08 bilhões – isto é, US$ 3,47 bilhões a mais em relação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior.

Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 7,78% do total importado pelo Brasil no primeiro trimestre de 2024, mantendo-se relativamente estável ante igual período anterior. De modo similar, a participação do setor no total exportado entre janeiro e março deste ano apresentou ligeira queda de 0,13 ponto percentual (p.p.) em comparação com igual período anterior, chegando a 47,06%.

Em relação ao saldo da balança comercial do agronegócio, este apresentou expressiva recuperação em março em comparação à estabilidade observada nos dois primeiros meses do ano. Mais especificamente, enquanto o setor apresentou superávits de US$ 9,83 bilhões e US$ 9,99 bilhões em janeiro e fevereiro, respectivamente, o saldo comercial em março atingiu a marca de US$ 12,42 bilhões. Ainda que esse movimento de alta observado em março represente o início do período de maior comercialização de produtos do agronegócio durante os próximos meses, o superávit mensal auferido foi 13,3% inferior ao observado no mesmo mês de 2023.

240416_cc_63_nota_3_tabela_1

 

240416_cc_63_nota_3_graficos

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Inflação por faixa de renda – março de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Os dados de março do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda indicam que houve uma forte desaceleração da inflação, na margem, para todas as classes de renda pesquisadas. Em que pese essa queda generalizada da inflação, as famílias de renda alta foram as que apresentaram o maior recuo inflacionário, tendo em vista que a taxa apurada de 0,05%, em março, ficou bem abaixo da observada em fevereiro (0,83%). Já para o segmento de renda muito baixa, a queda foi um pouco menos expressiva, dado que a taxa de inflação recuou de 0,78% para 0,22%, entre fevereiro e março. De uma maneira geral, a melhora no comportamento dos preços dos alimentos no domicílio e dos combustíveis explicam grande parte deste alívio inflacionário em março. Adicionalmente, para o segmento de renda alta, a desaceleração do grupo educação, impactado em fevereiro pelo reajuste das mensalidades escolares, também contribuiu para esta descompressão inflacionária em março.

Nota-se, ainda, que mesmo diante de uma maior pressão inflacionária no primeiro trimestre de 2024, no acumulado em 12 meses, as famílias de renda muito baixa seguem apresentando a menor taxa de inflação (3,25%), enquanto a faixa de renda alta aponta a taxa mais elevada (4,77%).

240415_cc_63_nota_2_tabela

240415_cc_63_nota_2_graficos

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em março de 2024

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), março de 2024 apresentou um superávit primário de R$ 1,3 bilhão nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 166,5 bilhões nesse mês, um crescimento de 10,1% em termos reais, comparativamente a março de 2023, ao passo que a despesa totalizou R$ 165,2 bilhões, um acréscimo de 4,2% na mesma base de comparação. No acumulado do primeiro trimestre do ano, o resultado primário apresenta um superávit de R$ 22,9 bilhões, a preços constantes de março, ante o superávit de R$ 33,4 bilhões no mesmo período de 2023.

240411_cc_63_nota_conjuntura_1_tabela

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicadores mensais do mercado de trabalho – fevereiro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta nota – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua – indicam que o mercado de trabalho brasileiro continua a surpreender positivamente. Em fevereiro de 2024, na comparação interanual, a taxa de desocupação voltou a desacelerar, mesmo diante de um incremento da força de trabalho, beneficiada por uma nova expansão da população ocupada (PO). Não obstante este aumento da ocupação, o crescimento dos rendimentos médios reais, que vem possibilitando sucessivas acelerações da massa salarial, ratifica este cenário favorável.

Por certo, em fevereiro de 2024, a PO no país somava aproximadamente 99,8 milhões de pessoas, avançando 2,0% na comparação com o mesmo período de 2023. Já em termos dessazonalizados, em fevereiro, a PO atingiu o montante recorde de 100,7 milhões de trabalhadores, o que representa alta de 0,4%, em relação ao observado em janeiro. Nota-se, no entanto, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar da força de trabalho, impedindo uma queda ainda mais significativa da taxa de desocupação. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,6%, passando de 107,2 milhões, em fevereiro de 2023, para 108,9 milhões, em fevereiro de 2024. Em relação a janeiro, a alta apontada é de 0,6%.

Acesse o texto completo

Dados xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Boletim de expectativas – abril de 2024

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas se baseia nas projeções do Sistema Expectativas de Mercado do Banco Central, também conhecido como Focus, para dar uma visão geral das previsões feitas pelos profissionais que contribuem com a pesquisa, abordando inflação, juros, nível de atividade, finanças públicas e setor externo. Além das médias amostrais, apresentam-se também intervalos de projeção com mais e menos um desvio-padrão. Para a meta Selic recorre-se também ao mercado de DI Futuro e, para a inflação, à estrutura a termo da taxa de juros.

240408_cc_62_nota_29_grafico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – fevereiro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Tarsylla da Silva de Godoy Oliveira

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou taxa de variação de 0,81% em fevereiro de 2024, situando-se 0,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2023, a variação foi 0,36 p.p. maior. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 1,71% nos últimos doze meses.

240404_cc_62_nota_28_tabela_1

 

240404_cc_62_nota_28_tabela_2

Acesse o texto completo

Dados Xls



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Visão Geral da Conjuntura

Por Claudio Roberto Amitrano e Mônica Mora Y Araujo

O desempenho da economia brasileira surpreendeu positivamente em 2023. O produto interno bruto (PIB) acumulou alta de 2,9% em 2023, mantendo o ritmo observado em 2022. Concomitantemente, observou-se uma desaceleração da inflação (4,62%). Esse resultado contrariou as expectativas de mercado de dezembro de 2022, que estimavam crescimento do PIB de 0,8% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,31% para 2023. A realidade, assim, suplantou os melhores prognósticos.

Em termos macroeconômicos, o crescimento da economia ocorreu em um cenário de expansão do gasto fiscal, com um déficit primário da ordem de 2,3% do PIB e uma carga tributária em queda (de 33,07%, em 2022, para 32,44%, em 2023), e um tardio processo de flexibilização monetária (iniciado somente em agosto).

O PIB cresceu no primeiro semestre, com altas trimestrais na margem, feitos os devidos ajustes sazonais, de 1,3% e 0,8%. No segundo semestre, a gradual redução da taxa de juros, em um contexto de impulso da demanda agregada por meio de uma política fiscal ativa, e o desempenho positivo das exportações e do consumo das famílias, no terceiro trimestre, tanto na margem quanto em termos de variação interanual, não foram suficientes para impulsionar a economia, que se manteve virtualmente estável após o crescimento observado nos dois primeiros trimestres de 2023. Sob a ótica da oferta, a economia foi impulsionada pela agropecuária, pelos serviços e pela indústria, que cresceram no acumulado do ano 15,1%, 2,4% e 1,6%, respectivamente, perfazendo um aumento do PIB da ordem de 2,9% (tabela 1 ). Posto isso, o carry over, medida utilizada para mensurar o crescimento em caso de estagnação da economia (ou seja, carregamento estatístico), é de 0,2% ponto percentual (p.p.) para 2024.

Acesse o texto completo

 



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicadores de indústria, comércio e serviços

Por Leonardo Mello de Carvalho

A maioria dos indicadores setoriais de atividade econômica registrou crescimento na passagem entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, na comparação dessazonalizada. O bom resultado no começo deste ano contrasta com um desempenho mais modesto ao longo dos últimos três meses do ano passado, como pode ser visto na trajetória das taxas de crescimento em médias móveis trimestrais. Entre os principais setores, o destaque negativo continua sendo a produção industrial, que, segundo a PIM-PF, registrou queda de 1,6% em janeiro, na série ajustada. Com isso, o carry-over ficou ligeiramente negativo para o primeiro trimestre do ano (-0,4%).

Já o comércio varejista (conceito ampliado), de acordo com a PMC, registrou um desempenho mais positivo, com alta de 2,4% na margem. Com isso, o carry-over para o primeiro trimestre ficou em 1,9%. Por fim, segundo a PMS, a receita real de serviços apresentou crescimento de 0,7% na comparação entre janeiro e dezembro, já livre de efeitos sazonais. Assim como os demais setores produtivos, sua trajetória em médias móveis na margem aponta para uma aceleração no começo do ano. Com a alta na margem registrada em janeiro, a terceira consecutiva nessa base de comparação, o setor inicia o primeiro trimestre com um carry-over de 1,3%.

Enquanto o Monitor do PIB da FGV registrou alta de 0,1% em janeiro na série dessazonalizada, o IBC-Br avançou 0,6% na mesma comparação. Já na série em médias móveis, ambos os indicadores apresentaram aceleração no primeiro mês do ano. Ainda em termos agregados, o indicador de difusão calculado pelo Ipea se manteve em um nível acima de sua média histórica, situada em 51,4%. Em janeiro, 53,0% dos segmentos utilizados registraram variação positiva, em comparação com 54,8% no período anterior. Com base na análise em médias móveis de três meses, o indicador de difusão atingiu 56,2% em janeiro, resultado que representou o terceiro aumento consecutivo na margem.

240402_cc_62_nota_26_grafico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Análise e projeções de inflação

Por Maria Andréia Parente Lameiras e Marcelo Lima de Moraes

Ao longo dos últimos meses, a desaceleração dos principais índices de preços ao consumidor revela que o processo de desinflação da economia brasileira vem se consolidando, mesmo diante de uma alta mais acentuada da inflação de alimentos. Em fevereiro, a inflação acumulada em doze meses, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou pelo quinto mês consecutivo, de modo que a taxa apurada de 4,5% não só se situa 1,1 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada nesse mesmo período de 2023, como também já se encontra dentro do intervalo de tolerância da meta de 3,0% estipulada para 2024.

240328_cc_62_nota_25_tabela_1

240328_cc_62_nota_25_tabela_2

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------