Tese
Ensino de administração pública e o desenvolvimento de competências: a contribuição do curso de administração pública da ESAG-UDESC
Publicado em 23/05/2013 - Última modificação em 19/09/2019 às 14h17
- Publicações: Patricia_Vendramini.pdf
- Assunto principal: Assunto 1
- Autor(es): Élvia Mirian Cavalcanti Fadul (orientadora), Patrícia Vendramini
A revalorização da carreira pública ocorrida nos últimos anos no Brasil, a busca pelo reconhecimento das idiossincrasias do campo do saber da Administração Pública pela comunidade científica e a crescente participação social na gestão das políticas públicas colocam em xeque a gestão das organizações que prestam serviços públicos. A pressão por resultados, pela transparência, a necessidade de articulação com diferentes instituições e o controle social exigirão dos gestores públicos uma formação acadêmica condizente com a complexidade da realidade que ora se apresenta. Diante desse universo, esta pesquisa propõe-se a analisar o Curso de Administração Pública da Esag-Udesc à luz da formação e desenvolvimento de competências, segundo a escola francesa de Le Boterf (2003) e Zarifian (2001). O contexto histórico-institucional do ensino de graduação da Administração Pública é resgatado para demonstrar os avanços e os retrocessos da área, que culminam com o aumento da diversidade de cursos que formam profissionais que atuam na área pública, formando o “campo de Públicas”. Discute-se a abordagem da competência em ação que se manifesta diante de um evento crítico e os caminhos para o desenvolvimento das competências dos administradores públicos, segundo a literatura. No campo empírico, definiu-se a amostra aleatória simples a partir dos 363 egressos de Administração Pública formados pela Esag-Udesc até o primeiro semestre de 2012, para descrever as dificuldades e facilidades que passam diante de uma situação complexa e que recursos mobilizam para lidar com tais situações. Esses elementos indicam quais competências são necessárias para o exercício profissional dos administradores públicos. Os resultados demonstram que os egressos têm demandas muito parecidas, mesmo atuando em diferentes contextos, e que o curso de graduação precisa estar mais próximo dos problemas reais dos órgãos públicos, da comunidade e das diferentes organizações em que atuam na interface público-privada, para que eles dominem com mais propriedade os conhecimentos trabalhados durante a formação acadêmica.